DIFERENTES MODELOS, DIFERENTES CAMINHOS: A BUSCA PELA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE PIRATINI, RS

Autores

  • Jaciele Carine Sell
  • Adriano Severo Figueiró

Palavras-chave:

Paisagem – monoculturas – entropia - sustentabilidade

Resumo

Da insustentabilidade do modelo de progresso e a sua preocupante e desenfreada expansão pelo territóriogaúcho, surge a necessidade de analisá-lo através de uma abordagem sistêmica, considerando sua esferaambiental, até a social e econômica. Opta-se pela paisagem como categoria de análise, principalmente portrazer em sua própria essência a compreensão da transformação e da dinâmica. Independente da escala, apaisagem é composta por elementos que interagem entre si através da troca de matéria e energia.Interesses políticos, econômicos e às vezes sociais interferem na dinâmica das paisagens, tornando-as maissuscetíveis a degradação ou não. Essa degradação pode ser definida como aumento da entropia, ou seja,perda ou dispersão da energia existente nos elementos que compõe o sistema. É sob esta perspectiva queobjetiva-se neste trabalho comparar o fluxo de energia entre dois agroecossistemas inseridos no biomapampa, buscando destacar o sistema que mais perde energia em seu processo produtivo. Um dosagroecossistemas refere-se a uma grande propriedade com uma prática monocultora de árvores exóticas; jáo outro agroecossistema, se trata de uma cooperativa, formada por agricultores assentados do MST quecoletivamente fazem uso dos princípios da agroecologia. Através de trabalhos de campo foi possível aelaboração de dois diagramas comparativos que demonstram a quantidade de input, o (re)aproveitamentoe o (re)investimento da energia e o que efetivamente é exportado/gerado do sistema. Nesta representaçãofica nítido que o agroecossistema que mais sofre perda de energia, que mais necessita de investimentoexterno e que proporciona a maior parcela do desequilíbrio e da degradação ambiental, apesar de seuambicioso rendimento econômico, é o de lavoura de árvores. Além de apresentar uma elevada entropia doponto de vista energético e dos recursos naturais, este modelo monocultor é responsável por uma grande“desorganização” social local.

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Publicado

2012-11-16

Como Citar

Carine Sell, J., & Severo Figueiró, A. (2012). DIFERENTES MODELOS, DIFERENTES CAMINHOS: A BUSCA PELA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE PIRATINI, RS. REVISTA GEONORTE, 3(6), 875–886. Recuperado de https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/revista-geonorte/article/view/2039