Educação Escolar Indígena e seus desafios na comunidade Santa Maria do Rio Urupadi em Maués, no Amazonas, sob a ótica do olhar etnográfico
Resumen
O trabalho de cunho etnográfico reflete sobre a educação escolar indígena e seus desafios na Comunidade Santa Maria do rio Urupadi, Município de Maués/AM Terra Indígena Sateré-Mawé a partir de um olhar específico sobre a estética arquitetônica do lugar e o elemento arquitetônico destoante – a escola, construída a partir do modelo padrão do mundo ocidental. O objetivo do trabalho é refletir a partir das diferenças arquitetônicas do lugar, às diferenças no processo de educar. A metodologia utilizada segue os caminhos da etnografia onde a partir de um olhar especifico sobre a realidade busca-se os nexos necessários para entender questões mais profundas a respeito da educação escolar indígena, suas contradições e resistências. Os resultados mostram, as aporias presentes entre a realidade indígena e seu modo de fazer educação e a educação pensada para os indígenas a partir de um modelo padrão do mundo ‘branco’. Esta pesquisa sinaliza questões pertinentes para se repensar o que se define como educação escolar ‘indígena’ se ela é de fato uma construção a partir de um princípio cultural ou se é uma imposição do modelo ocidental de educar.