Companhias da Nobreza da terra no Grão-Pará: atuação e privilégios na Câmara de Be´lém (1726-1743)
DOI:
https://doi.org/10.38047/rct.v16.FC.2024.al3.p.1.24Palavras-chave:
Companhias da nobreza, Amazônia colonial, Relações de poder, Administração colonial portuguesaResumo
Este artigo objetiva compreender a constituição da nobreza da terra que atuou na Câmara da cidade de Belém, sede da Capitania do Pará, na primeira metade do século XVIII. Nosso interesse se direciona aos integrantes das ordenanças existentes, as chamadas companhias da nobreza. Apresentaremos alguns caminhos interpretativos que possam responder às hipóteses sobre os privilégios desses sujeitos, além dos conflitos envolvendo esses privilégios existentes aos integrantes dessas companhias nobres com os sujeitos que integravam a administração metropolitana. Os apontamentos destacados aqui evidenciam conflitos envolvendo a ascensão social e a queda desses sujeitos em um período histórico em que a estratificação social estava enraizada no sistema político e administrativo do Estado Lusitano.
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