Soraia André: a luta dentro e fora dos tatames para a (re)construção de si

Autores

  • Cláudia Maria de Farias Universidade Estácio de Sá

DOI:

https://doi.org/10.38047/rct.v14.FC.2022.dg1.p.1.18

Palavras-chave:

Soraia André; judô feminino; relações raciais e de gênero

Resumo

O trabalho, ao incorporar o gênero como categoria de análise histórica, sem desconsiderar a importância dos conflitos de classe e raça, examina como se processou a construção da trajetória esportiva de Soraia André - judoca negra, ex-atleta da seleção olímpica do Brasil - até sua despedida dos tatames no início dos anos de 1990. Assim, entendendo a prática esportiva como campo de poder, tramas, conflitos, tensões e investimentos, a história de vida da atleta protagoniza uma conquista para o judô feminino brasileiro, para além de revelar a luta de Soraia pela reconstrução de si e afirmação da sua negritude.

Biografia do Autor

Cláudia Maria de Farias, Universidade Estácio de Sá

Professora da graduação e da pós-graduação em História da Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro. Mestre e Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense, onde defendeu a tese “Sonhos, lutas e conquistas: projeção e emancipação social das mulheres brasileiras nos esportes, 1932-1979”, com auxílio da bolsa nota 10 da FAPERJ.  Premiada com “Menção Honrosa” no I Concurso de Monografias do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, com a dissertação “Febre esportiva: esporte náutico e modernidade no Rio de Janeiro, 1895-1914”. Autora de artigos e capítulos de livros sobre a história do esporte e das relações de gênero no Brasil.   

 

Referências

ANSART, Pierre. “História e memória dos ressentimentos”. In: BRESCIANI, Stella e NAXARA, Márcia (orgs.). Memória e (res)sentimento: indagações sobre uma questão sensível. Campinas: Editora Unicamp, 2004

BOURDIEU, Pierre. A ilusão biográfica. In: FERREIRA, Marieta de Moraes e AMADO, Janaína(orgs.). Usos e abusos da História Oral. Rio de Janeiro: FGV, 1996.

FARIAS, Claudia Maria de. Sonhos, lutas e conquistas: projeção e emancipação brasileiras das mulheres brasileiras nos esportes, 1932-1979. Tese de doutorado. Niterói, Programa de Pós-graduação em História, UFF, 2012.

FRICKE, Gabriel. “Do ferro para alisar o cabelo ao quimono preto: a luta de Soraia André dentro e fora do tatame”. ge Olimpíadas, 20 de novembro de 2020. Disponível em https://interativos.ge.globo.com

GOMES, Euza Maria de Paiva. A participação das mulheres na gestão do esporte brasileiro: desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: Ed. Quartet/FAPERJ, 2008

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990

LORIGA, Sabrina. “A biografia como problema”. In: REVEL, Jacques. Jogos de escala: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: FGV, 1998

POLLAK, Michael. “Memória e identidade social”. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992

SALVATICI, Silvia. Memórias de gênero: reflexões sobre a história oral de mulheres. História Oral – Revista da Associação Brasileira de História Oral, Rio de Janeiro, vol. 8, n. 1, jan-jun de 2006.

VELHO, Gilberto. Memória, identidade e projeto. Uma visão antropológica. Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, vol. 95, out-dez 1988.

Downloads

Publicado

2022-12-14

Como Citar

Farias, C. M. de. (2022). Soraia André: a luta dentro e fora dos tatames para a (re)construção de si. Canoa Do Tempo, 14, 1–18. https://doi.org/10.38047/rct.v14.FC.2022.dg1.p.1.18

Edição

Seção

Dossiê-Relações de gênero: temas, problemas e perspectivas

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)