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É com profunda tristeza e imenso pesar que anunciamos para os leitores da Wamon essa partida tão repentina e tão precoce.
Jaider Esbell se autodenominava artivista, ele tinha um olhar profundo e sereno que guardava mistérios jamais revelados. Ontem perdemos um companheiro de luta! Jaider não está mais entre nós, mas continuará presente através de seu magnífico legado, seu espírito há de continuar nos encantando! Não conhecemos os desígnios da vida e diante do seu devir somos convidados aceitar sua impermanência. Jaider fez a capa da Wamon na última edição de 2020.2, somos muito gratos pela parceria e pela honra de tê-lo conosco. Em honra a sua memória fazemos preces para que a energia sagrada da natureza cuide dele com amor! Fica em paz querido Jaider.

  • Chamada para submissão ao dossiê temático Estudos etnográficos sobre finanças climáticas e sociais

    2024-10-28

    Como parte da resposta aos crescentes índices de desmatamento, aumento de gases de efeito estufa da atmosfera, perda de biodiversidade e efeitos das mudanças climáticas nos mais diversos biomas latinoamericanos, uma agenda de “finanças climáticas” tem ganhado força entre governos nacionais, organismos internacionais e organizações não-governamentais, com a emissão de títulos verdes, como créditos de carbono e títulos soberanos sustentáveis. Paralelamente, soluções financeiras também têm sido propostas para questões associadas à desigualdade de gênero e racismo, como é o caso da inclusão de mulheres no mercado de crédito e o investimento em “negócios de impacto”, que preveem retornos tanto sociais quanto financeiros. Trata-se de um processo de financeirização que atravessa diferentes domínios da vida, expandindo-se à medida que se propõe como solução para as desigualdades e efeitos planetários provocados pelo próprio sistema capitalista. Tal expansão é acompanhada de uma dimensão moral, que torna o crescente endividamento um problema individual, a ser resolvido com educação financeira. Aspirações vão moldando noções de pessoas empreendedoras e investidoras, atravessando desejos e imaginações de si.

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  • PRORROGAÇÃO - CHAMADA DE ARTIGOS: POVOS ORIGINÁRIOS, CAPITALISMO E RELAÇÕES DE PODER NA AMÉRICA LATINA V. 7, N. 1 - 2022

    2022-04-13

    Informamos que o prazo final para submissão de artigos para o dossiê "POVOS ORIGINÁRIOS, CAPITALISMO E RELAÇÕES DE PODER NA AMÉRICA LATINA"  foi prorrogado para o dia 30/04/2022.

    NOVO PRAZO FINAL: 30/04/2022.

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  • Confira a edição 2021.1 da Revista Wamon

    2021-11-01

    Um novo mês começa e com ele, partilhamos a grande satisfação em cumprir com nossa proposta editorial e apresentar ao público o mais novo número da Revista Wamon, que traz o Dossiê Temático dedicado aos estudos de Antropologia Urbana na Amazônia, organizado pela pesquisadora e doutoranda em Antropologia Social no PPGAS-Museu Nacional/UFRJ, Telma Bemerguy, e pelo pesquisador e doutorando em Antropologia Social no PPGAS/USP, Thiago Oliveira. Compreendemos que as práticas acadêmicas seguem sendo atravessadas pelos efeitos da Covid-19. Assim, nossos esforços em garantir a publicação de mais um número do periódico em 2021 se somam aos dos organizadores, pareceristas, autores e autoras que participam desta edição, que conta com 2 entrevistas, 5 artigos do Dossiê, 3 artigos livres e 1 ensaio visual. Sintam-se convidades a acessarem o site da Revista Wamon e a baixarem a mais nova edição dedicada às pesquisas no campo da Antropologia Urbana na região amazônica. Agradecemos o seu interesse pelo periódico e em compartilhá-lo em suas redes! Boa leitura!

     

    Confira: https://bityli.com/sVEnaO

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  • PPGAS/UFAM realizará Seminário 10 Anos de Ações Afirmativas

    2021-09-21

    Durante os dias 30/9 e 1/10 o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), realiza o Seminário 10 Anos de Ações Afirmativas, para comemorar e, sobretudo, refletir sobre suas urgências e necessárias expansões, com a participação de discentes, docentes, técnicos, egressos e comunidade em formato online com transmissão pelo canal no YouTube da Revista Wamon https://bityli.com/RevistaWamon.

    A atividade é gratuita e as inscrições estão abertas até o dia 30/9 pelo link https://www.even3.com.br/acoesafirmativasppgasufam

     

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  • PRORROGAÇÃO Chamada de artigos ENTRE AS MÁSCARAS: OLHARES ETNOGRÁFICOS SOBRE O MUNDO EM PANDEMIA

    2021-08-09

    Informamos que o prazo final para submissão de artigos para o dossiê “ENTRE AS MÁSCARAS: OLHARES ETNOGRÁFICOS SOBRE O MUNDO EM PANDEMIA” foi prorrogado para o dia 31/10/2021.

    NOVO PRAZO FINAL: 31/10/2021.



    Chamada de artigos ENTRE AS MÁSCARAS: OLHARES ETNOGRÁFICOS SOBRE O MUNDO EM PANDEMIA

    Márcia Regina Calderipe Farias Rufino (PPGAS-UFAM)

    Camila Garcia Iribarrem (PPGAS-UFAM)

    Carla Pires Vieira da Rocha (NAVI-UFSC)

    Caroline Soares de Almeida (NAVI-UFSC)



    Que reflexões as imagens da pandemia podem trazer, pelo olhar da antropologia, sobre as experiências de viver, estar, coabitar, enclausurar e reintegrar cotidianos reconfigurados pela emergência do coronavírus em diferentes cidades ao redor do mundo? A proposta desse dossiê é uma contribuição sobre o que as subjetividades imagéticas podem revelar sobre as particularidades e modos de enfrentamento dessa crise sanitária em contextos locais. A temática é ampla e dinâmica. Essa mudança acompanha a trajetória das populações na busca de reformulações e adaptações de seus “modos vivendi” atravessado pelo espectro de alcance do vírus. Há um contínuo processo de reconfiguração e ocupação dos espaços, sejam coletivos ou no âmbito dos confinamentos individualizados. A expressividade das máscaras de proteção individual utilizadas durante a pandemia podem sinalizar uma estratégia coletiva de proteção contra a covid 19. Da mesma forma, a simbólica derrubada de monumentos históricos (de heróis colonizadores e protagonistas do tráfico e escravidão africana) por movimentos antirracistas que ascenderam durante a pandemia, devido a morte do norte americano George Floyd, podem incluir reflexões sobre a agência da cultura material. As narrativas imagéticas desse período propiciam análises acerca de rupturas estruturais nos diversos modos de vida e resistências das sociedades em todo planeta, interligando o coletivo ao indivíduo como marca de um processo histórico-social. O formato esperado para contribuições desse dossiê é livre, em uma perspectiva da antropologia visual e urbana em contextos diversos. Grafismos, pinturas, ensaios fotográficos, narrativas de arte-instalações, estudos comparativos de imagens jornalísticas, textos, entre outras abordagens etnográficas fazem parte da proposta dialógica pretendida para esta edição.





    Call for Papers



    BETWEEN PROTECTIVRE MASKS: ETHNOGRAPHIC VIEWS OF A PANDEMIC WORLD



    Márcia Regina Calderipe Farias Rufino (PPGAS-UFAM)

    Camila Garcia Iribarrem (PPGAS-UFAM)

    Carla Pires Vieira da Rocha (NAVI-UFSC)

    Caroline Soares de Almeida (NAVI-UFSC)



    What reflections, from the perspective of anthropology, do the images of the COVID-19 pandemic on the experiences of living, cohabiting, cloistering, and reintegrating everyday life reconfigured by the emergence of the coronavirus in different cities around the world bring us? The proposal of this dossier is a contribution on what the subjectivities produced by the image can reveal about the particularities and the ways of coping with this health crisis in local contexts. The theme is broad and dynamic. This change follows the trajectory of the populations in an attempt to reformulate and adapt their “modus vivendi” affected by the scope of the virus crisis. There is a continuous process of reconfiguration and occupation of spaces, whether collective or within individual confinements. The expressiveness of the individual protection masks, used during the pandemic, may signal a collective strategy of protection against the covid 19. Likewise, the symbolic overthrow of historical monuments (of colonizing heroes and protagonists of African trafficking and slavery) by anti-racist movements that rose during the pandemic, due to the death of the North American George Floyd, may include reflections on the agency of material culture. The imagistic narratives of this period provide analysis of structural disruptions in the different ways of life and resistance of societies across the planet, connecting the collective to the individual as a sign of a historical-social process. The expected format for contributions to this dossier is free, it must contemplate the perspective of visual and urban anthropology, in different contexts. Graphisme, paintings, photographic essays, narratives of art-installations, comparative studies of journalistic images, texts, among other ethnographic methods are part of the dialogic proposal intended for this edition.

     

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  • Prorrogação de chamada para o dossiê temático "Antropologia Urbana na Amazônia: negociando escalas, experiências de cidade e limites de urbano"

    2021-03-31

    O Conselho Editorial e os/as organizadores/as do dossiê temático "Antropologia Urbana na Amazônia: negociando escalas, experiências de cidade e limites de urbano" resolveram prorrogar o prazo para submissão de contribuições a serem publicados no V.5 N1 - 2021. São aceitos, além de artigos para o dossiê, artigos livres, ensaios fotográficos, resenhas, entrevistas e traduções, que serão avaliados previamente por pareceristas indicados pela Editoria deste volume e pela Comissão Editorial da Revista. 

    Novo prazo de Submissão: 10 de abril de 2021.

    Link para o texto da chamada: https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/announcement/view/152

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  • Os conflitos ambientais nas lógicas das alteridades

    2021-02-25

     

    Os chamados conflitos socioambientais são um importante objeto de estudo para o pensamento crítico e a ação social latinoamericanos. De modo geral, e apesar de seus distintos matizes, os esforços de esquadrinhamento desses conflitos partem de uma linguagem analítica determinada por tradições euroamericanas. Ainda que sem discordar dessas análises, existem elementos sobre os conflitos socioambientais que excedem a tradição acadêmica e sua forma de produzir e analisar conceitos. Assim, interessa deslocar parcialmente o olhar analítico da matriz euroamericana para pensar sobre os conceitos e as ênfases reflexivas a partir das quais as organizações, pessoas e povos tradicionais (indígenas, afroamericanos e camponeses, entre outros) pensam e atuam nesses contextos.

    Evocamos a memória de Berta Cárceres, coordenadora do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras, assassinada por liderar a oposição à construção do projeto hidroelétrico de Agua Zarca. Falando sobre o tema, Berta dizia saber, desde sempre, as dificuldades da luta, mas também sabia que venceriam, "o rio me disse", ela contava. Como entender o conflito da perspectiva daqueles que, como Berta, escutam o rio? A própria noção daquilo que faz um rio, ao menos a partir de certa perspectiva moderna, se vê transformada.

    O esforço deste dossiê consiste em repercutir reflexões e mediações outras para conceitos como extrativismo, desenvolvimento, terra, território e conflito. Multiplicar e complexificar o que se entende por conflitos, seus contornos, e as formas particulares de composição de mundos - mundos que se organizam para evitar a sua destruição ou que se recriam em meio à ruínas.

    Prazos: 01/04/2022 a 31/09/2022

    Organizadorxs:

    Diana Gómez (PPGAS/USP)

    Fábio Zuker (PPGAS/USP)

    Lucas da Costa Maciel (PPGAS/USP)

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  • CHAMADA DE ARTIGOS: POVOS ORIGINÁRIOS, CAPITALISMO E RELAÇÕES DE PODER NA AMÉRICA LATINA V. 7, N. 1 - 2022

    2020-12-23

    CHAMADA DE ARTIGOS: POVOS ORIGINÁRIOS, CAPITALISMO E RELAÇÕES DE PODER NA AMÉRICA LATINA

    V. 7, N. 1 - 2022

     

    Clémentine Ismérie Maréchal (PPGAS/UFRGS)

    Vinícius Cosmos Benvegnú (PPGAS/UFAM)

    Submissão: 01/10/2021 a 31/03/2022

    Lançamento: Junho de 2022

    As relações sociais na América Latina estão alicerçadas em assimetrias de poder oriundas do (mal)encontro colonial. A conquista do “novo mundo” tem marcado o surgimento de uma matriz de dominação estruturada pelo racismo e alimentada pelo capitalismo. O racismo surge assim como condição para a exploração dos territórios e das populações que o habitam (Quijano, 2000), dessa maneira, constitui-se como o eixo transversal da reprodução das práticas coloniais que se perpetuam nas sociedades latino-americanas atuais.

    Os povos indígenas ao longo dos 520 anos de espoliação, viram suas terras e territórios transformando-se em mercadoria, seus rios virarem em esgotos (Krenak, 2015) e seus corpos subjugados aos interesses do capitalismo colonial. O Estado brasileiro, desde seus primeiros anos republicanos, caracteriza-se por fomentar e patrocinar frentes de expansão econômica sob a bandeira do desenvolvimento (Velho, 2013). No caminho dessas frentes estavam e estão as populações indígenas que vêm sendo exterminadas, deslocadas e constrangidas a trabalhar sob condições degradantes, inclusive com respaldo das instituições governamentais. Essas populações também elaboraram estratégias para se apropriarem da “arquitetura da dependência” (Turner, 1991) no intuito de afirmar certa autonomia econômica e política.  

    Entretanto, estudos clássicos das ciências sociais têm recorrentemente omitido as relações de poder que atravessam as organizações sociais, econômicas e espirituais dos povos originários, em prol de uma visão a-histórica e um tanto essencialista dessas sociedades, analisando-as sob o espectro da sua “alteridade radical”. Para além do conceito de alteridade, Fabian (2006) aponta a noção de “outridade” (otherness) como mais adequada para encarar a alteridade não como uma visão espelhada de si, mas historizada, enquanto produto de violências, assimetrias de poder, decorrente do colonialismo. A “outridade” reflete nas representações dessas populações, que são vistas, ora como o ícone sublime da simbiose entre homem e natureza, e ora como aculturadas, absorvidas pelas sociedades nacionais e o sistema capitalista. Essas representações permeiam o pensamento nacional, na qual a história dos processos coloniais e as respostas e estratégias políticas e econômicas dessas populações tendem a ser apagadas.

    Dentro dessa perspectiva, este Dossiê pretende receber artigos embasados em trabalhos etnográficos ou históricos que considerem os indígenas “de carne e osso” (Ramos, 1994) e que apreendam as relações de poder que atravessam a formação e afirmação dessas populações. Serão bem-vindos artigos que abordem, tanto perspectivas etnográficas quanto históricas: 1) as relações sociais de trabalho; 2) estratégias políticas e de manejo ambiental; 3) resistências e autonomias territoriais, que digam respeito às populações indígenas do continente americano. Visando a pluralidade de relatos e narrativas, temos especial interesse em trabalhos produzidos por acadêmicos e pesquisadores indígenas. Suas pesquisas são extremamente importantes para entendermos a sociedade brasileira e latino-americana desde uma pluralidade de perspectivas além de contribuir ativamente para a restauração da história (Palermo,2005).

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    FABIAN, Johannes. The other revisited: Critical afterthoughts. Anthropological Theory, San Francisco. 6(2), p.139-152. 2006.

    KRENAK, Ailton. Paisagens, territórios e pressão colonial, Espaço Ameríndio. Porto Alegre, v.9, n.3, p.327-343, jul/dez 2015.

    PALERMO, Zulma. Desde la otra orilla: pensamiento crítico y políticas culturales en América Latina. Córdoba: Alción Editora, 2005, 264 p.

    QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder y clasificación social. Journal of world-system research, 11 (2), Riverside, 2000.

    RAMOS, Alcida Rita. The Hyperreal Indian. Série Antropologia. Brasília,135, 1992.

    TURNER, Terence. Da Cosmologia à História: resitência, adaptação e consciência social entre os Kayapó. Cadernos de Campo, vol.1, nº1, USP, 1991 [1987].

    VELHO, Otávio Guilherme. Frentes de expansão e estrutura agrária: estudo do processo de penetração numa área da Transamazônica. 3. ed. – Manaus: UEA Edições, 2013. 180 p.

     

    CONVOCATÓRIA DE ARTICULOS: PUEBLOS ORIGINÁRIOS, CAPITALISMO Y RELACIONES DE PODER EN AMÉRICA LATINA

    V. 7, N. 1 - 2022

    Clémentine Ismérie Maréchal (PPGAS/UFRGS)

    Vinícius Cosmos Benvegnú (PPGAS/UFAM)

    Envío: 01/10/2021 al 31/03/2022

    Lanzamiento: junio de 2022

     

    Las relaciones sociales en Latinoamérica están cimentadas en asimetrías de poder procedentes del (mal) encuentro colonial. La conquista del “nuevo mundo” ha marcado el surgimiento de una matriz de dominación estructurada por el racismo y alimentada por el capitalismo. El racismo surge así, como condición para la explotación de los territorios y de las poblaciones que lo habitan (Quijano, 2000), de esa forma, se constituye como el eje transversal de la reproducción de las prácticas coloniales que se perpetúan en la sociedad brasileña y latinoamericanas actuales. 

    Los pueblos indígenas a lo largo de los 520 años de expoliación, ven sus tierras y territorios transformarse en mercancía, sus ríos convertirse desagüe (Krenak, 2015) y sus cuerpos subyugados a los intereses del capitalismo colonial. El Estado brasileño, desde los principios de la República, se caracterizó por promover y financiar frentes de expansión económica bajo la bandera del desarrollo  (Velho, 2013). En el camino de esos frentes estaban y están las poblaciones indígenas que vienen siendo exterminadas, desplazadas y constreñidas a trabajar bajo condiciones humillantes, incluso con el respaldo de las instituciones gubernamentales. Otras poblaciones, han elaborado estrategias para apropiarse de la arquitectura de la dependencia (Turner, 1991) con la intención de afirmar cierta autonomía económica y política. 

    Sin embargo, estudios clásicos de las ciencias sociales han omitido, con cierta frecuencia, las relaciones de poder que atraviesan la organizaciones sociales, económicas y espirituales de los pueblos originarios, en favor de una visión a-histórica y algo esencialista de esas sociedades, analizándolas bajo una mirada de su “alteridad radical”. Más allá del concepto de alteridad, Fabian (2006) apunta la noción de “otredad” (otherness) como más apropiada para pensar la alteridad no como una visión reflejada de sí mismo, pero historizada, como producto de violencias y asimetrías de poder, resultado del colonialismo. La “otredad” se refleja en las representaciones de esas poblaciones, que se ven, ahora como icono sublime de la simbiosis entre hombre y naturaleza, o como aculturadas, absorbidas por las sociedades nacionales y el sistema capitalista. Esas representaciones impregnan el pensamiento nacional, en el que la historia de los procesos coloniales y las respuestas y estrategias políticas y económicas de esas poblaciones tienden a ser borradas.

    Desde esta perspectiva, este Dossier pretende recibir artículos basados en trabajos etnográficos o históricos que consideren los indígenas “de carne y hueso” (Ramos, 1994) y que aprehendan las relaciones de poder que atraviesan la formación y afirmación de esas poblaciones. Serán bienvenidos artículos que aborden tanto la perspectiva etnográfica como histórica: 1) las relaciones sociales de trabajo; 2) estrategias políticas y de manejo ambiental; 3) resistencias y autonomías territoriales, que afecten a las poblaciones indígenas del continente americano. Mirando la pluralidad de relatos y narrativas, tenemos especial interés en trabajos producidos por académicos e investigadores indígenas. Sus investigaciones son extremamente importantes para que podamos entender la sociedad brasileña y latinoamericana desde una pluralidad de perspectivas, además de contribuir activamente para la restauración de la historia (Palermo, 2005). 

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    FABIAN, Johannes. The other revisited: Critical afterthoughts. Anthropological Theory, San Francisco. 6(2), p.139-152. 2006.

    KRENAK, Ailton. Paisagens, territórios e pressão colonial, Espaço Ameríndio. Porto Alegre, v.9, n.3, p.327-343, jul/dez 2015.

    PALERMO, Zulma. Desde la otra orilla: pensamiento crítico y políticas culturales en América Latina. Córdoba: Alción Editora, 2005, 264 p.

    QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder y clasificación social. Journal of world-system research, 11 (2), Riverside, 2000.

    RAMOS, Alcida Rita. The Hyperreal Indian. Série Antropologia. Brasília,135, 1992.

    TURNER, Terence. Da Cosmologia à História: resitência, adaptação e consciência social entre os Kayapó. Cadernos de Campo, vol.1, nº1, USP, 1991 [1987].

    VELHO, Otávio Guilherme. Frentes de expansão e estrutura agrária: estudo do processo de penetração numa área da Transamazônica. 3. ed. – Manaus: UEA Edições, 2013. 180 p.

     

     

    APPEL À CONTRIBUTIONS: PEUPLES AMÉRINDIENS, CAPITALISME ET RELATIONS DE POUVOIR EN AMÉRIQUE LATINE

    V7, N. 1 - 2022

     

    Clémentine Ismérie Maréchal (PPGAS/UFRGS)

    Vinícius Cosmos Benvegnú (PPGAS/UFAM)

    Soumission: 10/01/2021 au 31/03/2022

    Sortie: juin 2022

     

    Les relations sociales en Amérique Latine sont enracinées dans des asymétries de pouvoir puisant leur origine dans la rencontre coloniale. La conquête du « nouveau monde » a marqué la naissance d’une matrice de domination structurée par le racisme et alimentée par le capitalisme. De cette manière, le racisme naît en tant que condition d’exploitation des territoires et des populations qui les habitent (Quijano, 2000). Il se constitue ainsi comme fil conducteur de la reproduction des pratiques coloniales qui se perpétuent au sein des sociétés latino-américaines actuelles.

    Les peuples amérindiens ont vu au long des 520 dernières années de spoliation, leurs terres et territoires se transformer en marchandises, leurs fleuves en égouts (Krenak, 2015) et leurs corps subjugués aux intérêts du capitalisme colonial. L’État brésilien, depuis ses premières années républicaines, s'organise pour fomenter et parrainer des fronts d’expansion économiques sous couvert du développement (Velho, 2013). Sur les chemins de ce développement se trouvaient, et se trouvent toujours, les populations amérindiennes - exterminées, délogées et contraintes à travailler dans des conditions dégradantes avec l’accord et le soutien des institutions gouvernementales. Les populations amérindiennes ont élaboré des stratégies pour s’approprier de « l’architecture de la dépendance » (Turner, 1991) dans le but de créer une relative autonomie économique et politique.

    Cependant, les études classiques en sciences sociales ont souvent omis les relations de pouvoir qui traversent les organisations sociales, économiques et spirituelles des peuples amérindiens. Elles ont favorisé une vision a-historique et quelque peu essentialiste de ces sociétés, en les analysant sous le spectre d’une soi-disant “altérité radicale”. Au-delà du concept d’altérité, Fabian (2006) pointe la notion d’ “autreté” (otherness) qu’il analyse comme plus adéquate pour affronter l’altérité non pas comme une vision miroitée de soi, mais historicisée, en tant que produit de violences et des asymétries de pouvoir qui découlent du colonialisme. L’ “autreté” se reflète dans les représentations de ces populations qui sont vues alors comme l’icône sublime de la symbiose entre l’Homme et la nature ou bien comme acculturées, absorbées par les sociétés nationales et par le système capitaliste. Ces représentations sont au cœur de la pensée nationale, au travers de laquelle l’histoire des processus coloniaux et les réponses et stratégies politiques et économiques de ces populations ont tendance a être effacées.

    Au cœur de cette perspective, ce dossier prétend recevoir des articles basés sur des travaux ethnographiques ou historiques qui prennent en compte les amérindiens “de chair et d’os” (Ramos, 1994) et qui appréhendent les relations de pouvoir traversant la formation et l’affirmation de ces populations. Seront bienvenus les articles qui abordent à partir de perspectives ethnographiques autant qu’historiques: 1) les relations sociales du travail; 2) les stratégies politiques et de manutention environnementale; 3) les résistances et exemples d’autonomies territoriales des populations amérindiennes du continent américain. Visant la pluralité des narratives, nous sommes particulièrement intéressés par les travaux réalisés par des académiques et chercheurs amérindiens. Leurs recherches sont extrêmement importantes pour comprendre la société brésilienne et latino-américaine à partir d’une pluralité de perspective en plus de contribuer activement pour la restauration de l’histoire (Palermo, 2005).

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     FABIAN, Johannes. The other revisited: Critical afterthoughts. Anthropological Theory, San Francisco. 6(2), p.139-152. 2006.

    KRENAK, Ailton. Paisagens, territórios e pressão colonial, Espaço Ameríndio. Porto Alegre, v.9, n.3, p.327-343, jul/dez 2015.

    PALERMO, Zulma. Desde la otra orilla: pensamiento crítico y políticas culturales en América Latina. Córdoba: Alción Editora, 2005, 264 p.

    QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder y clasificación social. Journal of world-system research, 11 (2), Riverside, 2000.

    RAMOS, Alcida Rita. The Hyperreal Indian. Série Antropologia. Brasília,135, 1992.

    TURNER, Terence. Da Cosmologia à História: resitência, adaptação e consciência social entre os Kayapó. Cadernos de Campo, vol.1, nº1, USP, 1991 [1987].

    VELHO, Otávio Guilherme. Frentes de expansão e estrutura agrária: estudo do processo de penetração numa área da Transamazônica. 3. ed. – Manaus: UEA Edições, 2013. 180 p.

     

    Saiba mais sobre CHAMADA DE ARTIGOS: POVOS ORIGINÁRIOS, CAPITALISMO E RELAÇÕES DE PODER NA AMÉRICA LATINA V. 7, N. 1 - 2022
  • Chamada de artigos ENTRE AS MÁSCARAS: OLHARES ETNOGRÁFICOS SOBRE O MUNDO EM PANDEMIA

    2020-10-02

    Chamada de artigos

    ENTRE AS MÁSCARAS: OLHARES ETNOGRÁFICOS SOBRE O MUNDO EM PANDEMIA

    Submissão de artigos:

    De: 01/04/2021

    Até: 30/09/2021

    Previsão de Lançamento: dezembro de 2021.

    Chamada de artigos

     

    Márcia Regina Calderipe Farias Rufino (PPGAS-UFAM)

    Camila Garcia Iribarrem (PPGAS-UFAM)

    Carla Pires Vieira da Rocha (NAVI-UFSC)

    Caroline Soares de Almeida (NAVI-UFSC)

     

    Que reflexões as imagens da pandemia podem trazer, pelo olhar da antropologia, sobre as experiências de viver, estar, coabitar, enclausurar e reintegrar cotidianos reconfigurados pela emergência do coronavírus em diferentes cidades ao redor do mundo? A proposta desse dossiê é uma contribuição sobre o que as subjetividades imagéticas podem revelar sobre as particularidades e modos de enfrentamento dessa crise sanitária em contextos locais. A temática é ampla e dinâmica. Essa mudança acompanha a trajetória das populações na busca de reformulações e adaptações de seus “modos vivendi” atravessado pelo espectro de alcance do vírus.  Há um contínuo processo de reconfiguração e ocupação dos espaços, sejam coletivos ou no âmbito dos confinamentos individualizados. A expressividade das máscaras de proteção individual utilizadas durante a pandemia podem sinalizar uma estratégia coletiva de proteção contra a covid 19. Da mesma forma, a simbólica derrubada de monumentos históricos (de heróis colonizadores e protagonistas do tráfico e escravidão africana) por movimentos antirracistas que ascenderam durante a pandemia, devido a morte do norte americano George Floyd, podem incluir reflexões sobre a agência  da cultura material.  As narrativas imagéticas desse período propiciam análises acerca de rupturas estruturais nos diversos modos de vida e resistências das sociedades em todo planeta, interligando o coletivo ao indivíduo como marca de um processo histórico-social. O formato esperado para contribuições desse dossiê é livre, em uma perspectiva da antropologia visual e urbana em contextos diversos. Grafismos, pinturas, ensaios fotográficos, narrativas de arte-instalações, estudos comparativos de imagens jornalísticas, textos, entre outras abordagens etnográficas fazem parte da proposta dialógica pretendida para esta edição.

     

     

    Call for Papers

     

    BETWEEN PROTECTIVRE MASKS: ETHNOGRAPHIC VIEWS OF A PANDEMIC WORLD

     

    Márcia Regina Calderipe Farias Rufino (PPGAS-UFAM)

    Camila Garcia Iribarrem (PPGAS-UFAM)

    Carla Pires Vieira da Rocha (NAVI-UFSC)

    Caroline Soares de Almeida (NAVI-UFSC)

     

              What reflections, from the perspective of anthropology, do the images of the COVID-19 pandemic on the experiences of living, cohabiting, cloistering, and reintegrating everyday life reconfigured by the emergence of the coronavirus in different cities around the world bring us? The proposal of this dossier is a contribution on what the subjectivities produced by the image can reveal about the particularities and the ways of coping with this health crisis in local contexts. The theme is broad and dynamic. This change follows the trajectory of the populations in an attempt to reformulate and adapt their “modus vivendi” affected by the scope of the virus crisis. There is a continuous process of reconfiguration and occupation of spaces, whether collective or within individual confinements. The expressiveness of the individual protection masks, used during the pandemic, may signal a collective strategy of protection against the covid 19. Likewise, the symbolic overthrow of historical monuments (of colonizing heroes and protagonists of African trafficking and slavery) by anti-racist movements that rose during the pandemic, due to the death of the North American George Floyd, may include reflections on the agency of material culture. The imagistic narratives of this period provide analysis of structural disruptions in the different ways of life and resistance of societies across the planet, connecting the collective to the individual as a sign of a historical-social process. The expected format for contributions to this dossier is free, it must contemplate the perspective of visual and urban anthropology, in different contexts. Graphisme, paintings, photographic essays, narratives of art-installations, comparative studies of journalistic images, texts, among other ethnographic methods are part of the dialogic proposal intended for this edition.

    Saiba mais sobre Chamada de artigos ENTRE AS MÁSCARAS: OLHARES ETNOGRÁFICOS SOBRE O MUNDO EM PANDEMIA
  • Bate-Papo da Wamon - Entrevista com pesquisadora Drª Deise Lucy Oliveira Montardo

    2020-09-30

    Bate-Papo da Wamon - Entrevista com Drª Deise Lucy Oliveira Montardo

    É com satisfação que a Wamon recebe a professora e pesquisadora Drª Deise Lucy Oliveira Montardo para um bate-papo com nossos editores e com um dos organizadores do dossiê temático “Arte: Poder e Política na Amazônia. A entrevista com a professora Deise tratará sobre sua trajetória de pesquisa, bem como as temáticas sobre Antropologia e Arte, com ênfase em Etnomusicologia, e ainda sobre sua atuação nas áreas de antropologia da arte, etnologia indígena, etnomusicologia, música e xamanismo. O Bate-papo será no dia 08 de outubro de 2020 às 15h:00 (Manaus) e 16h:00 (Brasília) pelo nosso canal do YouTube. A mediação será por conta de: Luiza Câmpera (Editora da Wamon – PPGAS/UFAM); Agenor Vasconcelos (PPGAS/UFAM); e Marcos Alan C. Farias (Editor da Wamon – PPGAS/UFAM). Segue o Link: https://www.youtube.com/watch?v=DfNqKSPeZUE Saiba mais sobre Bate-Papo da Wamon - Entrevista com pesquisadora Drª Deise Lucy Oliveira Montardo
  • Chamada de artigos ANTROPOLOGIA URBANA NA AMAZÔNIA: NEGOCIANDO ESCALAS, EXPERIÊNCIAS DE CIDADE E LIMITES DO URBANO

    2020-09-14

    Chamada de artigos

    ANTROPOLOGIA URBANA NA AMAZÔNIA: NEGOCIANDO ESCALAS, EXPERIÊNCIAS DE CIDADE E LIMITES DO URBANO

    Vol. 6 N. 1 – 2021

    Submissão de artigos de 01/10/2020 a 31/03/2021

    Organizadores:

    Telma Bemerguy (PPGAS/ UFRJ-MN)

    Thiago Oliveira (PPGAS/FFLCH- USP)

    A antropologia urbana no Brasil tem se caracterizado pelo esforço de pensar as dinâmicas de sociabilidade, desigualdade e estratificação a partir da relação que as pessoas estabelecem com o espaço da cidade e da configuração de estilos de vida urbanos. Caracterizada como uma produção de longa duração, dentro da antropologia, esse subcampo disciplinar encontra seus antepassados mais distantes nos estudos de comunidade e mudança social iniciados na década de 1930, tendo como um de seus marcos as análises realizadas pela Escola de Manchester sobre as relações políticas e culturais resultantes da mobilidade laboral e da reorganização do mundo colonial em sociedades africanas (GLUCKMAN, 1987; VINCENT, 1987). Em alguma medida, essas tensões encontravam-se também nas sociedades euroamericanas, que experimentavam um intenso processo de expansão e urbanização como efeito de processos de industrialização. Nesse caso, a partir das contribuições da Escola de Chicago, autores como Park (1979) apresentaram um modelo de estudo das configurações da sociedade urbana centrado em um diálogo com disciplinas próximas, como a psicologia social e a história e propuseram o urbanismo como elemento central de análise social, em estreito diálogo com a produção de língua alemã de autores como Weber e Simmel. Nessa proposição havia a ideia de que a cidade era um elemento de libertação da vida humana a partir da conflagração de novas possibilidades, ainda que essas possibilidades coocorressem em um ambiente caótico. Esse ambiente era usualmente descrito a partir do modelo de ecologia humana, pautado pelo modo como indivíduos particulares se posicionavam e eram posicionados no espaço da cidade, marcando também o aparecimento de certos “desvios”, “problemas” ou “patologias sociais”.

    Se por um lado os métodos empregados pelos estudiosos de Chicago provocaram uma discussão sobre os limites disciplinares entre antropologia e sociologia para o estudo urbano e sobre as dificuldades dessa aproximação, por outro, os conceitos pouco objetivos das pesquisas de Manchester trouxeram dificuldades à apropriação dos trabalhos pelo debate antropológico sobre experiências do urbano. No primeiro caso, a ênfase na adoção de métodos quantitativos abstratos da sociologia parecia denunciar a pouca densidade etnográfica de alguns trabalhos. No segundo, a cidade aparecia como um cenário, poucas vezes refletido em suas dimensões conceituais e rendimento analítico.

    Ainda que apresentassem problemas, essas tradições repercutiram na conformação de uma tradição de estudos urbanos no Brasil. É ao longo da década de 1970 que os estudos urbanos começam a ganhar espaço no debate antropológico, não tanto pelo interesse em analisar de maneira abstrata os efeitos e significados de se viver na cidade, mas, em grande medida, pelo desejo em refletir sobre sujeitos e populações marginais urbanas que, naquele contexto, assumiram posição de destaque como atores políticos e da visibilização da ação de formas políticas organizadas, como movimentos sociais urbanos (CARDOSO; 1978; DURHAM, 1986). Esse momento também foi marcado por um intenso debate sobre os objetivos e projetos do campo de estudos urbanos, o qual se refletiu em tentativas várias de nomeação do projeto epistemológico do campo e em tentativas de circunscrição de seu objeto de pesquisa: antropologia das sociedades complexas, antropologia da cidade, antropologia na cidade, antropologia urbana. Um campo de disputas por definições que, tal como nos demonstra Low (2014) e Pardo e Prato (2012), permanece sendo atualizado no cenário contemporâneo.

    No contexto brasileiro, os debates deste momento inicial levaram ao surgimento de duas grandes linhagens, as quais caracterizaram a formação da subdisciplina ao longo das décadas seguintes. As abordagens centradas em camadas médias, indivíduo e sociabilidade no contexto carioca (VELHO, 1973; 1974; 1981), e aquelas centradas em grupos populares a partir do estudo de experiências de sociabilidade e lazer na metrópole paulistana (MAGNANI, 1984; 1996). Não se pode dizer que haja uma unidade temática na constituição de ambos os trabalhos e aqueles que partiram deles. Ao contrário, melhor seria dizer que, apesar das diferenças, existe algo de similar na forma como ambas linhagens têm chegado às cidades, ao urbano e aos seus enquadramentos, os quais refletem, em grande medida, os grandes cenários urbanos onde a maior parte dos pesquisadores do campo têm atuado para a construção de suas análises. Nesse cenário, a noção de escala tem sido produzida em função da grandeza das metrópoles, produzindo uma espécie de consenso não dito que marca profundamente as análises de relações, processos, redes e dinâmicas cotidianas etnografadas, os quais não raras vezes parecem ser apresentados como elementos micro sociológicos de uma unidade de análise maior.

    A questão que se coloca, no entanto, é: dada a centralidade que ambas as correntes dão para o estudo de grandes centros urbanos, o que acontece com outras realidades empíricas que não se adequam ao modelo interpretativo produzido? Quais os limites e possibilidades do instrumental produzido para lidar com experiências de cidade de pequena escala? Em última instância, quais contextos têm sua configuração de urbano e experiência de cidade analiticamente ocultados em favor de tais recursos? Que cidades é possível fazer aparecer quando atendemos à sugestão metodológica básica de abdicar das noções pré-estabelecidas do que seja a cidade e o urbano, tal como preconizada por Agier (2011)? E mais que isso, que instrumentos temos a disposição para descrevê-las e interpretá-las etnograficamente?

    Em última instância, é preciso restabelecer a prerrogativa óbvia que um tema não é mais ou menos complexo a despeito da dimensão da escala em que se apresenta. Sendo assim, cidades pequenas podem apresentar experiências sociais sofisticadas e complexas que devem ser interpretadas à luz de instrumentos adequados a suas particularidades, através de um diálogo crítico com aspectos teóricos e metodológicos que consagram a disciplina e o campo da Antropologia urbana em particular. É importante lembrar que investigações realizadas em cidades de menor escala fora do eixo centro-sul não necessariamente promovem uma ruptura com as tradições hegemônicas disponíveis, seja sobre a cidade, seja sobre os conteúdos que se vislumbra a partir dela (BEMERGUY, 2019). De todo modo, só passaremos a avançar sobre as obliterações destacadas quando nos movimentarmos a tentar e a experimentar novos enquadramentos e essa proposta de dossiê é um convite a uma reflexão nessa direção.

    Ao considerarmos tais questões é possível reconstituir uma extensa trajetória disciplinar que tem apresentado as cidades pequenas e aquelas fora dos grandes eixos urbanos como elemento de discussão e análise. É digno de nota a etnografia de Charles Wagley (1957) sobre comunidades urbanizadas na Amazônia e as correlações entre a presença de homens e mulheres em sua relação com o ambiente e produção de mecanismos de hierarquização social. A dinamização dessa produção, contudo, só foi possível a partir dos projetos de expansão do ensino universitário e descentralização dos centros acadêmicos, tendo como efeito também uma distribuição mais ampla de recursos para realização de pesquisas e de formação de pesquisadoras e pesquisadores (COSTA, 2009a; BEMERGUY, 2019).

    A partir desse tensionamento - que é tanto epistemológico quanto político - nos espaços institucionais de produção de conhecimento, ao longo das décadas recentes tem se identificado um aumento na produção de reflexões no campo da antropologia urbana que se centram sobre experiências de cidades interioranas ou longe dos grandes centros urbanos nacionais. Na Amazônia, essa produção tem dialogado com aspectos mais amplos da experiência urbana e das dinâmicas culturais, com etnografias que tematizam gênero e sexualidade (NASCIMENTO, 2019; OLIVEIRA e NASCIMENTO, 2017; GONTIJO e ERICK, 2017; REIS, 2018), experiências transfronteiriças (CUNHA, 2019; OLIVAR, 2019), festas (COSTA, 2009b; NOLETO, 2018), religião (MAUÉS e VILLACORTA, 2008; FIGUEIREDO, 2008; PEREIRA, 2017; MOURA, 2017), etnicidade (LASMAR, 2008; ANDRELLO, 2006; ANDRADE e MAGNANI, 2013), Estado, política e mobilizações sociais (LACERDA, 2014; LACERDA, 2015); entre outros trabalhos da grande área das ciências sociais que têm tratado das particularidades das cidades amazônicas, abordando a relação rural/urbano, cidade/floresta, cidade/rio, estrada/rio (CASTRO, 2009; TRINDADE JÚNIOR e TAVARES 2008; SCHMINK e WOOD, 2012; PEREIRAb, 2012) para refletir - muitas vezes indiretamente - sobre a constituição da malha urbana da região.

    A partir de tais questões, o presente dossiê tem como proposta reunir reflexões de natureza etnográfica ou teórica que se dediquem a pensar as configurações do urbano e experiências de cidade na Amazônia, seja em perspectiva histórica ou contemporânea. Interessa-nos trabalhos que tematizem (a) processos de urbanização da Amazônia, (b) a avaliação do instrumental metodológico clássico para análises em tais contextos, (c) a relação entre Estado e produção de cidade, d) o lugar dos processos coloniais e dos grandes projetos contemporâneos de infraestrutura na conformação das cidades amazônicas, e) o impacto desses processos na conformação da vida em pequenas e médias cidades da região (d) a correlação entre marcadores sociais da diferença e segregação urbana na Amazônia contemporânea, (e) os dispositivos políticos de produção de territórios (região, comunidade, territórios da cidadania, distritos, etc.) no contexto das cidades amazônicas f) experiências de sociabilidade, lazer, trabalho e religiosidade em pequenas e médias cidades da região.

     

     

    CONVOCATÓRIA DE ARTICULOS

     

    ANTROPOLOGÍA URBANA EN LA AMAZONÍA: ESCALAS, EXPERIENCIAS DE LA CIUDAD Y LÍMITES DEL URBANO

    Vol. 6 N. 1 – 2021

    Submissão de artigos de 01/10/2020 a 31/03/2021

    Organizadores:

    Telma Bemerguy (PPGAS/ UFRJ-MN)

    Thiago Oliveira (PPGAS/FFLCH- USP)

     

    La antropología urbana en Brasil se ha definido por el empeño en pensar las dinámicas de la sociabilidad, la desigualdad y la estratificación en el país basándose en estudios sobre la configuración de los estilos de vida urbanos y sobre la relación que las personas establecen con el espacio de la ciudad. Con reflexiones de pasado longevo, el subcampo de la antropología urbana tiene antepasados lejanos, manteniendo como uno de sus puntos de referencia los estudios sobre comunidades y cambio social realizados por los antropólogos de la Escuela de Manchester en la década de 1930, en la ocasión en que realizaron investigaciones acerca de las relaciones políticas y de los factores culturales resultantes de la movilidad laboral y la reorganización del mundo colonial en las sociedades africanas (GLUCKMAN, 1987; VINCENT, 1987). Hasta cierto punto, las tensiones tratadas en este contexto también se presentaron en las sociedades euroamericanas, que estaban experimentando un intenso proceso de expansión y urbanización como efecto de los procesos de industrialización. En ese entonces, autores como Park (1979), de la Escuela de Chicago, apuntaron un modelo para el estudio de las configuraciones de la sociedad urbana basado en un diálogo con disciplinas cercanas, como la psicología y la historia, por lo cual presentaron el urbanismo como un concepto central del análisis social, acercándose de las reflexiones de investigadores alemanes, como Weber y Simmel.  En la formulación propuesta, se planteó la idea de que la ciudad sería un elemento de la emancipación de la vida humana puesto que se la entendía como un espacio que permitía la conflagración de nuevas posibilidades de experiencia para los individuos. Esta representación de la ciudad se sustentaba, aunque se considerase que estas nuevas posibilidades suelen se sucederían en un ambiente caótico. Así que a los investigadores de la Escuela de Chicago, les atañía describir el ambiente urbano según el modelo de la ecología humana, tratando sobre el modo como los sujetos se posicionan y eran localizados en el espacio de la ciudad de modo a también reflexionar sobre el proceso de surgimiento de ciertas "desviaciones", "problemas" o "patologías sociales".

    Si, por un lado, los métodos utilizados por los académicos de Chicago provocaron una discusión sobre los límites disciplinarios entre la antropología y la sociología en los estudios urbanos y sobre las dificultades de esta aproximación; por otro lado, los conceptos poco objetivos de los estudios de Manchester se los tornan de difícil apropiación para el debate antropológico sobre experiencias urbanas en general. En el primer caso, el énfasis en la adopción de métodos cuantitativos abstractos de la sociología parecía denunciar la poca densidad etnográfica de muchos trabajos. En el segundo, a la ciudad se la presentaba más como un escenario, excusándose de tratarla en sus dimensiones conceptuales o de reflexionar sobre su rendimiento analítico como concepto.

    Pese a esas limitaciones, los trabajos de estas dos Escuelas tuvieron gran influencia en la configuración de una tradición de estudios urbanos en Brasil. A lo largo de la década de 1970, los estudios urbanos comenzaron a ganar espacio en la Antropología brasileña. Y esto sucedió no tanto por pretensiones de los antropólogos de ese entonces en reflexionar abstractamente sobre los efectos y los significados de vivir en la ciudad, sino en gran medida por el interés de ellos en pensar sobre sujetos y poblaciones urbanas marginales quienes comenzaron a tomar una posición prominente como actores políticos en ese período, lo que contribuyó a dar visibilidad a la acción en formas políticas organizadas, como a de los movimientos sociales urbanos (CARDOSO; 1978; DURHAM, 1986). Este momento también estuvo marcado por un intenso debate sobre los objetivos y proyectos del campo de los estudios urbanos, por lo que se presentaron diversos intentos de nombrar el proyecto epistemológico del campo y variadas tentativas de circunscribir su objeto de investigación: antropología de las sociedades complejas, antropología de la ciudad, antropología en la ciudad, antropología urbana. Un campo de disputas sobre definiciones que, como lo muestran Low (2014) y Pardo y Prato (2012), sigue siendo actualizado en el escenario contemporáneo.

    En el contexto brasileño, los debates de este momento inicial condujeron a la definición de los dos grandes linajes que han caracterizado a la formación de la subdisciplina en las décadas siguientes. Con el antropólogo Gilberto Velho como principal referencia, el primer empezó en la ciudad de Rio de Janeiro, donde este autor se distinguió por análisis acerca del individuo y de la sociabilidad desde etnografías sobre las experiencias de las camadas medias locales (VELHO, 1973; 1974; 1981). El otro empezó orientado a la metrópoli São Paulo con investigaciones dirigidas a las experiencias de diversión y sociabilidad de grupos populares. En este contexto, los trabajos de José Carlos Magnani han sido una grande referencia (MAGNANI, 1984; 1996). No se puede decir que haya una unidad temática en la constitución de ambas obras y de las que partieron de ellas. Por el contrario, sería mejor decir que, a pesar de las diferencias, hay algo similar en la forma en que ambos linajes han inquirido a las ciudades, lo urbano y sus alrededores mientras que esto en gran medida tiene que ver con los grandes entornos urbanos donde la mayoría de los investigadores del campo ha estado trabajando para construir sus análisis. En este escenario, la noción de escala se ha producido según la grandeza de las metrópolis, engendrando una especie de consenso tácito que marca profundamente el análisis de las relaciones, procesos, redes y dinámicas cotidianas que se registra en las etnografías, a los cuales suelen describir cómo se fueran elementos microsociológicos de una unidad de análisis más grande.

    Históricamente, la antropología urbana brasileña ha formulado sus conceptos desde los grandes centros urbanos. Así, las preguntas que planteamos son: ¿Qué pasa con otras realidades empíricas que no se ajustan al modelo interpretativo producido desde la metrópoli? ¿Cuáles las limitaciones y las posibilidades para el uso de las formulaciones planteadas desde ahí en investigaciones acerca de las experiencias de la ciudad a pequeña escala? Además, estamos interesados en preguntar, ¿Qué configuraciones urbanas y cuáles experiencias de ciudad son dejadas de lado analíticamente para que se conserven los supuestos de este modelo basado en la metrópoli? ¿Qué ciudades podemos poner a la vista si seguimos la sugerencia metodológica básica de renunciar a las nociones preestablecidas de lo que son la ciudad y lo urbano, como plantea Agier (2011)? Y más que eso, ¿de qué instrumentos disponemos para describir e interpretar etnográficamente las ciudades y urbanos que surgirán de este ejercicio analítico?

    En última instancia, es necesario restablecer la prerrogativa obvia de que un tema no es más o menos complejo según la amplitud de la escala en la que se presenta. Así, las ciudades pequeñas pueden presentar experiencias sociales complejas y sofisticadas que deben interpretarse a la luz de instrumentos conceptuales apropiados para sus particularidades, a través de un diálogo crítico con aspectos teóricos y metodológicos que consagran la Antropología y el campo de la antropología urbana en particular. Es importante recordar que las investigaciones realizadas en ciudades de menor escala, allá de los centros hegemónicos de la antropología brasileña ubicados en las regiones más ricas del país, no necesariamente promueven una ruptura con las tradiciones de investigación forjadas por ellos, ya sea sobre los debates acerca de la ciudad o sobre los contenidos que se pueden ver desde ella (BEMERGUY, 2019). No obstante, nuevos planteamientos acerca del urbano solo podrán surgir por el intento de producirlos de modo que esta propuesta de dossier es una invitación a un experimento en esa dirección.

    Con estas preguntas en mente, es importante retomar la forma como la antropología ha analizado y discutido el caso de las ciudades de menor escala.  Es de destacar, por ejemplo, la etnografía de Charles Wagley (1957) sobre las comunidades urbanizadas en la Amazonía brasileña y las formulaciones del autor sobre la correlación entre las relaciones establecidas por hombres y mujeres con el medio ambiente y la producción de mecanismos para la jerarquía social. Sin embargo, hay que mencionar que la dinamización de esta producción sólo fue posible sobre la base de los proyectos de expansión de la enseñanza universitaria y de descentralización geográfica de los centros académicos en Brasil conducidos a partir de la década de 2000, los cuales permitieron una distribución más amplia de recursos para realizar investigaciones e impulsaron la capacitación de investigadores por todo el país (COSTA, 2009a; BEMERGUY, 2019).

    A partir de las tensiones forjadas desde ahí - que son tanto epistemológicas como políticas -, si tenemos en cuenta la producción de la antropología urbana brasileña de las últimas décadas, podemos notar un aumento de investigaciones basadas en ciudades periféricas o alejadas de grandes centros urbanos nacionales. En la Amazonía, esta producción dialoga con aspectos más amplios de la experiencia urbana y la dinámica cultural, mediante etnografías dirigidas a los temas del género y la sexualidad (NASCIMENTO, 2019; OLIVEIRA y NASCIMENTO, 2017; GONTIJO y ERICK, 2017; REIS, 2018), experiencias transfronterizas (CUNHA, 2019; NIETO OLIVAR, 2017), fiestas (COSTA, 2009b; NOLETO, 2018), religión (MAUÉS y VILLACORTA, 2008; FIGUEIREDO, 2008; PEREIRA, 2017; MOURA, 2017), etnia (LASMAR, 2008; ANDRELLO, 2006; ANDRADE y MAGNANI, 2013), Estado, política y movilizaciones sociales (LACERDA, 2014; LACERDA, 2015); entre otros trabajos de la gran área de las ciencias sociales que se ocuparon de las particularidades de las ciudades amazónicas, abordando la relación rural/urbano, ciudad/selva, ciudad/río, carretera/río (CASTRO, 2009; TRINDADE JÚNIOR y TAVARES 2008; SCHMINK y WOOD , 2012; PEREIRAb, 2012) para reflexionar, a menudo indirectamente, sobre la constitución del tejido urbano de la región.

    En base a estos argumentos, el presente dossier propone reunir reflexiones de naturaleza etnográfica o teórica que se dediquen a pensar en las configuraciones de las experiencias urbanas y de ciudades en la Amazonía, ya sea en una perspectiva histórica o contemporánea. Estamos interesados ​​en estudios que aborden (a) los procesos de urbanización en la Amazonía, (b) la evaluación de las herramientas metodológicas clásicas para el análisis en/de tales contextos, (c) la relación entre la producción del Estado y la ciudad, d) el lugar de los procesos coloniales y de grandes proyectos de infraestructura contemporáneos en la configuración de ciudades amazónicas, e) el impacto de estos procesos en la configuración de la vida en ciudades pequeñas y medianas de la región (d) la correlación entre los marcadores sociales de la diferencia y la segregación urbana en la Amazonía contemporánea, (e) los dispositivos políticos accionados para producir territorios (región, comunidad, territorios de ciudadanía, distritos, etc.) en el contexto de ciudades amazónicas f) experiencias de sociabilidad, diversión, trabajo y religiosidad en ciudades pequeñas y medianas de la región.

     

     

    CALL FOR PAPERS

     

    URBAN ANTHROPOLOGY IN THE AMAZON: ON SCALES, CITIES AND URBAN BOUNDARIES

    Vol. 6 N. 1 – 2021

    Submissão de artigos de 01/10/2020 a 31/03/2021

    Organizadores:

    Telma Bemerguy (PPGAS/ UFRJ-MN)

    Thiago Oliveira (PPGAS/FFLCH- USP)

     

    Urban anthropology in Brazil has been characterized by the effort to think about the dynamics of sociability, inequality, and stratification. Such studies start from the relationship that people establish with the city space and the configuration of urban lifestyles. It is characterized as a long-duration production, and in relation to community studies and studies on social change that which begun in the 1930s. Scholars from Manchester School have analyzed the political and cultural relations resulting from labor mobility and the reorganization of the colonial world in African societies (Gluckman, 1987; Vincent, 1987). These relations were also found in Euro-American societies, which were experiencing an intense process of expansion and urbanization as effects of industrialization processes.

    Contributions from the Chicago School, namely authors such as Park (1979) presented a model for the study of the configurations of urban society. The perspective of the Chicago School was related to nearby disciplines, such as social psychology and history. In addition, it proposed the centralization of urbanism as an element of social analysis in close dialogue with the German language production of authors such as Weber and Simmel. In this proposition there was the idea that the city was an element of liberation from human life from the conflagration of new possibilities, even if these possibilities co-occurred in a chaotic environment. The urban experience was described from the model of human ecology, guided by the way particular individuals positioned themselves and were positioned in the city space, also marking the appearance of certain "deviations", "problems" or "social pathologies".

    On the one hand, the methods employed by Chicago school resulted in discussion about the disciplinary boundaries between anthropology and sociology for urban study. On the other hand, the lack of objectivity of Manchester's studies set a difficulty when translated to anthropological debate on urban experiences. In the first case, the emphasis on adopting abstract quantitative methods suggested ethnographic emptying. In the second case, the city appeared as a scenario, rarely reflected in its conceptual dimensions and analytical performance.

    Although Chicago and Manchester perspectives were problematic, both traditions shaped the urban studies in Brazil. It is during the 1970s that urban studies began to gain space in the anthropological debate. It is because of the way in which marginal urban subjects and populations have assumed a prominent position as political actors and the visibility of the action of organized political forms, such as urban social movements (Cardoso; 1978; Durham, 1986). This moment also marked an intense debate on the objectives and projects in the field of urban studies. As a result, there was various attempts to name the epistemological project of the field and circumscribe its object: anthropology of complex societies, anthropology of the city, anthropology in the city, urban anthropology. As Low (2014) and Pardo & Prato (2012) argue, these disputes remain in the contemporary context.

    In Brazil, the debates on urban experiences led to the emergence of two disciplinary traditions. The first tradition is centered on the study of middle-class groups, individual and sociability in the context of Rio de Janeiro (Velho, 1973; 1974; 1981). The second tradition is centered on popular groups and based in the study of the life in the metropolis of São Paulo (Magnani, 1984; 1996). There is no thematic unity in the constitution of both traditions. Despite the differences, there is something similar in the way both lineages have reached the cities, the urban and their frameworks. The urban scenarios where scholars came from used to reflected in both the context the anthropologist have worked and in her/his analyses. In this scenario, the notion of scale has been produced as a function of the greatness of the metropolises. There is a subtle consensus deeply marking the ethnographic analyses of relations, processes, networks, and everyday dynamics.

    Then, the questions are: given the centrality that both traditions give to the study of large urban centers, what happens to other empirical realities that do not fit the interpretative model of metropolitan life? What are the limits and possibilities of these tools to deal with small-scale city experiences? Ultimately, what contexts have their urban configuration and city experience analytically hidden? Following Agier (2011), we ask which phenomena can emerge if give up the pre-established notions of what the city and the urban are? And, finally, what tools do we have at our disposal to ethnographically describe and interpret them?

    An issue is not more or less complex despite the spatial scale in which it is presented. Thus, small cities can present sophisticated and complex social experiences that must be interpreted using tools appropriated to their particularities. We should address this based on critical dialogue with theoretical and methodological aspects of the discipline. It is important to remember that research carried out in smaller cities outside the center-south axis do not necessarily promote a break with the available hegemonic traditions, either about the city or about the contents that are glimpsed from it (BEMERGUY, 2019). In any case, we will not know until try, and this dossier proposal is an invitation to reflect in this direction.

    Considering how scale is part of theoretical and methodological construction of urban ethnography is possible to bring back a disciplinary trajectory that has placed small cities and those outside large urban centers as an element of discussion and analysis. Charles Wagley (1957), for example, studied urbanized communities in the Amazon and the correlations between the presence of men and women in their relationship with the environment. However, the growth on scholarly production was only possible through investments on higher education, the decentralization of research centers, and funding for research and training of researchers (COSTA, 2009a; BEMERGUY, 2019).

    The increasing production of anthropological knowledge from and in the Amazon throughout the last decade is also in the field of urban anthropology. It is remarkable the focus on experiences of inner cities or far from large national urban centers. In the Amazon, this production is related to a broader aspects of urban experience and cultural dynamics: gender and sexuality (NASCIMENTO, 2019; OLIVEIRA & NASCIMENTO, 2017; GONTIJO & ERICK, 2017; Kings, 2018), cross-border experiences (CUNHA, 2019; NIETO OLIVAR, 2017), celebratory rituals (COSTA, 2009b; NOLETO, 2018), religion (MAUÉS & VILLACORTA, 2008; FIGUEIREDO, 2008; PEREIRA, 2017; MOURA, 2017), ethnicity (LASMAR, 2008; ANDRELLO, 2006; ANDRADE & MAGNANI, 2013), the state, politics and social mobilizations (LACERDA, 2014; LACERDA, 2015). These works deal with the particularities of Amazonian cities. They address the rural/urban, city/forest, city/river, road/river relationship (CASTRO, 2009; TRINDADE JÚNIOR & TAVARES 2008; SCHMINK & WOOD, 2012; PEREIRAb, 2012) to reflect - often indirectly - on the constitution of the urban network of the region.

    Based on the questions and aspects previously presented, the dossier aims to gather ethnographic or theoretical reflections dedicated to think about the configurations of the urban and city experiences in the Amazon, whether from a historical or contemporary perspective. We are interested in works on (a) processes of urbanization in the Amazon, (b) the evaluation of classical methodological tools for analysis in such contexts, (c) the relationship between the state and city production, (d) colonial processes and large contemporary infrastructure projects in the formation of Amazonian cities, (e) the impact of urbanization processes on the conformation of life in small and medium size cities (d) the correlation between categories of differentiation and urban segregation in the contemporary Amazon, (e) the political devices for the production of territories (region, community, citizenship territories, districts, etc.), (f) experiences of sociability, leisure, work and religiosity in Amazonian small and medium cities.

     

    REFERÊNCIAS

     

    AGIER, Michel. Antropologia da cidade: lugares, situações, movimentos. São Paulo: Terceiro Nome, 2011.

     

    ANDRADE, José. Agnello A. D.; MAGNANI, José Guilherme C. 2013. “Uma experiência de etnologia urbana: a presença indígena em cidades da Amazônia”. In: M. R. Amoroso; G. Mendes dos Santos (orgs). Paisagens Ameríndias: Lugares, circuitos e modos de vida na Amazônia. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2013. pp 45-74.

     

    ANDRELLO, Geraldo. A cidade do índio: transformações e cotidiano em Iauaretê. Rio de Janeiro/São Paulo: ISA/EdUNESP, 2006.

     

    BEMERGUY, Telma de Sousa. “Antropologia em qual cidade? Ou por que a ‘Amazônia’ não é lugar de ‘antropologia urbana’”. In: Porto.Urbe, vol.24. São Paulo: LabNAU-USP, 2019, p.1-19.

     

    CARDOSO, Ruth. “Sociedade e poder: as representações dos favelados em São Paulo”. In: Ensaios de Opinião, vol.2. São Paulo, 1978.

     

    COSTA, Antonio Maurício. “Pesquisas antropológicas urbanas no ‘paraíso dos naturalistas’”. Revista de Antropologia, vol. 52, n.2. São Paulo: PPGAS/USP, 2009a, p.735-761.

     

    COSTA, Antonio Maurício. Festa na cidade: o circuito bregueiro em Belém do Pará. Belém: UFPA, 2009b.

     

    CUNHA, Flávia. “Mover-se nas fronteiras: percursos, políticas e saberes fronteiriços”. In: R@U, vol. 11, n.1. São Carlos: UFSCAR, 2019.

     

    DURHAM, Eunice. “A pesquisa antropológica em populações urbanas: problemas e perspectivas”. In. CARDOSO, Ruth. (Org). A Aventura antropológica: teoria e pesquisa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

     

    FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. A Cidade dos Encantados: pajelanças, feitiçarias e religiões afro-brasileiras na Amazônia (1870-1950). Belém: EDUFPA, 2008.

     

    GONTIJO, Fabiano; ERICK, Igor. “Experiências da Diversidade Sexual e de Gênero e Sociabilidades na Amazônia: convite para se pensar as relações sociais como atos históricos singulares”. In: Aceno, vol.4,n.7. Cuiabá: UFMT, 2017.

     

    GLUCKMAN, Max. “Análise de uma situação social na Zululândia moderna”. In: FELDMAN-BIANCO, Bela. (Org). Antropologia das sociedades contemporâneas. São Paulo: Global: 1987.

    HANNERZ, Ulf. Explorando a cidade: em busca de uma antropologia urbana. Petrópolis: Vozes, 2015.

     

    LACERDAa, Paula (org). Mobilização social na Amazônia: a ‘luta’ por justiça e por educação. Rio de Janeiro: E-papers, 2014.

     

    LACERDAb, Renata Barbosa. Fazer movimentos: mobilidade, família e Estado no Sudoeste Paranaense. Dissertação (Mestrado em Sociologia e Antropologia). Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro-PPGSA/UFRJ, 2015.

     

    LASMAR, Cristiane. De volta ao lago do leite: gênero e transformação social no Alto Rio Negro. Rio de Janeiro/São Paulo: ISA/Ed.UNESP, 2006.

     

    MAUÉS, Raymundo Heraldo; VILLACORTA, Gisela Macambira (orgs). 2008. Pajelanças e religiões africanas na Amazônia. Belém: Editora Universitária UFPA.

     

    MAGNANI, José Guilherme Cantor. Festa no pedaço: cultura popular e lazer na cidade. Sâo Paulo: HUCITEC/Editora Unesp, 1984.

     

    MAGNANI, José Guilherme Cantor. “quando o campo é a cidade: fazendo antropologia na metrópole. In: ____; TORRES, Lilian de Lucca (Orgs). Na metrópole: textos de antropologia urbana. São Paulo: EdUSP/FAPESP, 1996, p.15-53.

     

    MOURA, Beatriz Martins. "Aqui a gente tem folha": terreiros de religião de matriz africana como espaços de articulação de saberes. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

     

    NASCIMENTO, Silvana. “Fugas e contrapontos na fronteira: reflexões etnográficas sobre transitividades corporais e de gênero no Alto Solimões/AM”. R@U - revista de antropologia.

     

    NOLETO, Rafael. “Cor de jambo e outros matizes amazônicos: sobre a abolição da mulata e o advento da morena cheirosa nas festas juninas de Belém”. In: Mana, vol. 24, n.2. Rio de Janeiro, p. 132-173, 2018.

     

    NIETO OLIVAR, José Miguel. “Género, dinero y fronteras amazónicas: la ‘prostitución’ en la ciudad transfronteriza de Brasil, Colombia y Perú”. Cadernos Pagu, v. 51. Campinas, 2017. ogia da UFSCAR. vol.11. n.1. p.524-551, 2019.

     

    NOLETO, Rafael. “Cor de jambo e outros matizes amazônicos: sobre a abolição da mulata e o advento da morena cheirosa nas festas juninas de Belém”. In: Mana, vol. 24, n.2. Rio de Janeiro, p. 132-173, 2018.

     

    OLIVEIRA, Thiago de Lima; NASCIMENTO, Silvana de Souza. “O (outro) lugar do desejo: notas iniciais sobre sexualidades, cidade e diferença na tríplice fronteira amazônica”.In. Amazônica-revista de antropologia, v. 8, n. 1, p. 118-141, 2017.

     

    PEREIRA, Anderson Lucas da Costa. A Cabocla Mariana e a sua Corte Ajuremada: modos de pensar e fazer festa em um Terreiro de Umbanda em Santarém, Pará. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) –Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2017.

     

    PEREIRA, José Carlos Matos. Os modos de vida na cidade: Belterra, um estudo de caso na Amazônia brasileira. Tese - Doutorado em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: IFCH/URFJ, 2012.

     

    PARK, Robert Ezra. “A cidade: sugestões para a investigação do comportamento humano no meio urbano”. In: VELHO, Otávio Guilherme. (Org). O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

     

    REIS, Marla Elizabeth Almeida. “Mulheres que botam banca”: gênero e venda de comida em bairros populares de Santarém/PA. 2018, 128f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) -Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2018.

     

    SCHMINK, Marianne; WOOD, Charles H. Conflitos sociais e a formação da Amazônia. Tradução de Noemi Miyasaka Porro e Raimundo Moura. Belém: EDUFPA, 2012.

     

    TRINDADE JUNIOR, Saint-Clair Cordeiro da; TAVARES, Maria Goretti da Costa. Cidades ribeirinhas na Amazônia: mudanças e permanências. Belém: EDUFPA, 2008.

    VELHO, Gilberto. A utopia urbana: um estudo de antropologia social. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

     

    VELHO, Gilberto. “O estudo do comportamento desviante:  a contribuição da antropologia social”. In: ____. (Org) Desvio e divergência: uma crítica da patologia social. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.

     

    VELHO, Gilberto. Individualismo e cultura: notas para uma antropologia das sociedades contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.

     

    VINCENT, Joan. “A sociedade agrária como fluxo organizado: processos de desenvolvimento passados e presente”. In: FELDMAN-BIANCO, Bela. (Org). Antropologia das sociedades contemporâneas. São Paulo: Global: 1987.

     

    WAGLEY, Charles. Uma comunidade amazônica: estudo do homem nos trópicos, São Paulo, Editora Nacional, 1957.

    Saiba mais sobre Chamada de artigos ANTROPOLOGIA URBANA NA AMAZÔNIA: NEGOCIANDO ESCALAS, EXPERIÊNCIAS DE CIDADE E LIMITES DO URBANO
  • Bate-Papo sobre o Dossiê Temático “Arte: Poder e Política na Amazônia”

    2020-08-14
    Oi pessoal, tudo bem? É com muita alegria que estamos iniciando mais um projeto da revista Wamon que consiste em construir debates referentes às temáticas dos dossiês com seus respectivos organizadores. Então para iniciar o primeiro bate-papo, convidamos a Professora Drª. Socorro Batalha e o Professor Dr. Agenor Vasconcelos, que são os organizadores do dossiê “Arte: Poder e Política na Amazônia” e que estarão conversando conosco. A mesa será mediada por um dos nossos editores, o Doutorando do PPGAS/UFAM Marcos Alan. O bate-papo, a princípio, será pelo YouTube que será disponibilizado na bio do Instagram. O evento será cerificado pela revista, e todos e todas poderão marcar presença pelo formulário que será disponibilizado durante o evento. No mais, contamos com sua participação.   Até lá. Saiba mais sobre Bate-Papo sobre o Dossiê Temático “Arte: Poder e Política na Amazônia”
  • O VOLUME 5 n.1 (2020): WAMON 2020 ESTÁ NO AR

    2020-07-11

    É com muita alegria que apresentamos o quinto volume da Wamon – Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM – que traz o dossiê temático: " COSMOLOGIA, PESSOA E GÊNERO ", organizado pelxs antropólogxs Antônio Augusto Oliveira Gonçalves, do PPGAS/UFG, e Daniella Santos Alves, do PPGAS/UFSCar

    Nesta edição além dos 8 artigos que compõem o dossiê, trazemos também 3 artigos livres que versam sobre os mais diversos temas, 1 entrevistas e 2 ensaios fotográficos. Desejamos a todos os/as nossos/as leitores/as uma experiência construtiva e instigante e os convidamos a se somarem na tarefa de construir conosco o futuro da Wamon, ajudando na divulgação da Revista, propondo e colaborando com os nossos dossiês, bem como com entrevistas, artigos livres, ensaios fotográficos e resenhas. As chamadas e demais informações sobre datas e normas estão disponíveis em nosso site: https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/issue/view/341

    Saiba mais sobre O VOLUME 5 n.1 (2020): WAMON 2020 ESTÁ NO AR
  • Chamada para o dossiê temático: Arte: poder e política na Amazônia Vol. 5. N. 2 – 2020

    2020-05-13

    Jaider_Cartaz_Wamon_2020_NOVO@0,3x3.pngChamada para o dossiê temático: Arte: poder e política na Amazônia

    Vol. 5. N. 2 – 2020

    Organizadores: Socorro de Souza Batalha (PPGAS/UFAM) e Agenor Cavalcanti de Vasconcelos Neto (PPGAS/UFAM)

    A Revista Wamon, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas, convida pesquisadores e pesquisadoras a submeter trabalhos para o dossiê temático intitulado “Arte: poder e política na Amazônia”.  Pretendemos focar em trabalhos que pensem a arte a partir de sua dimensão política, destacando os seus distintos enfrentamentos nos cenários contemporâneos da Amazônia. Dentro dessa perspectiva, interessa-nos receber pesquisas etnográficas e teóricas que se debruçam em estudos variados sobre a temática, tais como:

    1) no campo da antropologia da arte, artisticidade, xamanismo, música, dança, performance, imagens, corpo, estilo e coreografia;

    2) no campo da antropologia política e poder, esfera pública, diferenciação e mudança social, formação de liderança, construção de identidade, simbolismo, ritualização, patrimônio cultural imaterial, cultura popular, memória, resgate e reconhecimento.

    O dossiê busca reunir diversificados campos de pesquisa para refletir os vários aspectos políticos da arte, em especial no amplo contexto sócio-político-ambiental Amazônico. Incentiva-se também a reflexão sobre a situação de artistas e agentes culturais da Amazônia frente à pandemia mundial da COVID-19.

    A submissão de artigos e entrevistas do dossiê “Arte: poder e política na Amazônia”, assim como temas livres, resenhas, entrevistas, ensaios fotográficos do fluxo contínuo, devem ser enviados por meio do site da Wamon http://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/about/submissions até o dia 31 de outubro.

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  • CHAMADA DE PUBLICAÇÃO: DOSSIÊ TEMÁTICO – 2021.1 e 2021.2

    2020-05-04

    A Wamon – Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas convida pesquisadores(as), vinculados a programas de pós-graduações, a núcleos e grupos de pesquisas, de instituições de ensino superior, a submeter propostas para publicação de dossiês temáticos inéditos sobre temas relevantes no campo da antropologia, até o dia 30/06/2020.

    A organização ficará a cargo de no mínimo dois (duas) e, no máximo, quatro pesquisadores(as), todos com titulação mínima de mestre(a)/doutorando(a); pesquisadores(as) com título de mestre sem estar cursando doutorados poderão se inscrever acompanhado(a) de outros(as) organizadores(as) doutorandos(as).

    Quanto às propostas, elas devem conter título, resumo da temática (em pelo menos em dois idiomas – sendo obrigatório um deles em português) com breve justificativa, nome, afiliações institucionais e minicurrículo dos(as) proponentes/organizadores(as), lista de possíveis artigos com nomes dos(as) pesquisadores(as) convidados(as), bem como de suas afiliações institucionais. As propostas ainda, devem sinalizar o interesse para 2021.1 ou 2021.2 (podendo ser estendida para próximos números, dependendo do número de inscrição e acordo entre organizadores(as). Bem como devem apresentar a data para lançamento da chamada e a data limite para submissão dos textos observando as datas abaixo:

     

    2021.1

    Publicação da chamada até outubro de 2020.

    Data limite para submissão dos textos até março de 2021.

    Publicação em junho de 2021.

     

    2021.2

    Publicação da chamada até abril de 2021.

    Data limite para submissão dos textos até setembro de 2021.

    Publicação em dezembro de 2021.

     

    Os(as) organizadores(as) do dossiê são responsáveis por redigir a chamada do dossiê, convidar autores(as), ajuda-los na submissão dos artigos no sistema da revista, sugerir pareceristas para avaliação e escrever a apresentação do dossiê. Os(as) organizadores(as) não receberão qualquer compensação monetária pelo trabalho associado à publicação do dossiê. É também responsabilidade dos(as) organizadores(as) entregar os artigos encomendados à revista dentro do cronograma acordado, assim com devem garantir que os(as) autores(as) cumpram os prazos de envio e revisão do manuscrito.

    Cada dossiê é composto de pelo menos 5 (cinco) artigos, podendo conter resenhas, entrevistas, ensaios fotográficos. As exceções serão analisadas pelos editores.

    As propostas deverão ser encaminhadas para o e-mail revistawamon@gmail.com até o dia 30/06/2010.

    Textos eventualmente aprovados e não enquadrados em um dossiê temático poderão ser publicados em edições posteriores na seção de artigos livres.

    Independente dos dossiês temáticos, os autores podem submeter contribuições em qualquer outra seção, atentando para o prazo de 12 meses de sua última colaboração.

    As normas para submissão dos textos encontram-se disponíveis em: https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/about/submissions

    A Editoria reserva-se o direito de convidar docentes-pesquisadores(as) vinculados a diferentes instituições de ensino e de grupos de pesquisas situados no Brasil ou em outros países, de modo a garantir o estreitamente e os laços interinstitucionais e a colaboração científica nacional e internacional.

    Agradecemos a atenção e nos colocamos à disposição para mais esclarecimentos por meio das redes sociais (Instagram: @revistawamon) ou no nosso e-mail revistawamon@gmail.comIMG-20200502-WA0018.jpg

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  • CHAMADAS DE PARECERISTAS

    2020-04-29

    A Wamon – Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas convida professores/as e pesquisadores/as interessados/as em compor nosso corpo de avaliadores/as a se cadastrarem no formulário: https://docs.google.com/forms/u/2/d/e/1FAIpQLSdgNzY3cuWVyYkesFtIuFLchLBBz1bMyGV8Q6eIxlDCo328GA/viewform?vc=0&c=0&w=1&usp=mail_form_link.

    Para se credenciar como parecerista, o/a interessado/a deve ser, no mínimo, doutor, doutorando ou mestre em Antropologia ou áreas correlatas e que tenham interesse com temas de interesse em específico (Antropologia da Amazônia Indígena, povos e comunidades tradicionais; organização social, parentesco, cosmologia, ritual; etnologia, linguística; política e conflitos fundiários e socioambientais; territorialidade; mobilização social, emergência de identidades sociais; antropologia do Estado; antropologia da arte, etnomusicologia, antropologia da dança, arte, performance; cidades, patrimônio, imaginário e cultura popular, práticas culturais em meio urbano; migrações; redes indígenas urbanas; gênero, família, Teoria Queer; entre outros).

    Solicitamos que procurem ser objetivos/as ao delimitar suas áreas de interesse para avaliação. Se possível, indicando a área que estão inicialmente vinculados e, dentro delas, seus temas específicos de interesse.

    Agradecemos a atenção e nos colocamos à disposição para mais esclarecimentos por meio das redes sociais (Instagram: @revistawamon) ou no nosso e-mail revistawamon@gmail.com

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  • PRORROGAÇÃO DO PRAZO PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS | 24-04-2020 | DOSSIÊ TEMÁTICO: COSMOLOGIA, PESSOA E GÊNERO Vol. 5. N. 1 - 2020

    2020-03-26

    A Revista Wamon, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazona comunica a todos os interessados e interessadas a prorrogação do prazo de submissão de trabalhos para o atual dossiê: COSMOLOGIA, PESSOA E GÊNERO. O novo prazo é no dia 24 de abril de 2020.

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  • O VOLUME 4 n. 2 (2019): WAMON 2019 ESTÁ NO AR

    2019-12-27

    É com muita alegria que apresentamos o quarto volume da Wamon – Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM – que traz o dossiê temático: " ANTROPOLOGIA DAS RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADES ". Nesta edição além dos 5 artigos que compõem o dossiê, trazemos também 2 artigos livres que versam sobre os mais diversos temas, 2 entrevistas e 2 ensaios fotográficos relacionados à temática do dossiê. Desejamos a todos os nossos leitores uma experiência construtiva e instigante e os convidamos a se somarem na tarefa de construir conosco o futuro da Wamon, ajudando na divulgação da Revista, propondo e colaborando com os nossos dossiês, bem como com entrevistas, artigos livres, ensaios fotográficos e resenhas. As chamadas e demais informações sobre datas e normas estão disponíveis em nosso site: http://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/issue/view/317

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  • Chamada para resenhas 2019/2020

    2019-11-13
    A Revista Wamon, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas, torna pública a chamada para interessadas e interessados em contribuir com a publicação de resenhas de títulos selecionados pela Organização do DOSSIÊ TEMÁTICO: COSMOLOGIA, PESSOA E GÊNERO Vol. 6. N. 1 - 2020.

    As submissões podem ser feitas através do site da Revista: http://www.periodicos.ufam.edu.br/wamon/about/submissions até o dia 30 de março de 2020.  A previsão de publicação é junto ao Dossiê Temático.

     

    Títulos disponíveis:

     

    DANOWSKI, Déborah; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há mundo por vir?: Ensaio sobre os medos e os fins. Instituto SocioAmbiental, 2015.

     

    STENGERS, Isabelle. No tempo das catástrofes: resistir à barbárie que se aproxima. Tradução Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Cosac Naify, 2015. (Coleção Exit).

     

    LATOUR, Bruno. Facing Gaia: eight lectures on the new climatic regime. Cambridge, UK ; Malden, MA : Polity, 2017.

     

    VALENTIM, Marco Antonio. 2018. Extramundanidade e sobrenatureza: ensaios de ontologia infundamental. Desterro [Florianópolis]: Cultura e Barbárie.

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  • CHAMADA PARA DOSSIÊ TEMÁTICO: COSMOLOGIA, PESSOA E GÊNERO Vol. 5. N. 1 - 2020

    2019-10-18

    Organizadores: Antônio Augusto Oliveira Gonçalves (PPGAS/UFG) e Daniella Santos Alves (PPGAS/UFSCar)

     Prazo para submissão: até 30 de março de 2020

    A Revista Wamon, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas, convida pesquisadorxs a submeterem trabalhos para compor o Dossiê Temático “Cosmologia, pessoa e gênero". Propomos reunir textos que falem ou deixem falar através de sua própria economia de imagens/conceitos êmicos sobre a noção de pessoa em diálogo com as formulações de gênero. Aqui se vinculam não apenas trabalhos no campo da etnologia indígena, mas também buscamos navegar nas/pelas experiências de transformação da pessoa e do gênero em contextos urbanos, indígenas e quilombolas, nas suas mais diversas manifestações: desde atos de captura pelo outro, transformação humano/animal, predação da diferença até as práticas rituais de diferentes religiosidades e do xamanismo ameríndio. Interessa-nos compreender como o corpo/pessoa é construído e refeito mediante certas práticas e em contextos relacionais distintos, seja no campo das alteridades humanas, seja no amplo espectro de relações entre seres humanos e não humanos. Assim, pessoa e cosmologia em conjugação com as gramáticas de gênero sintetizam os caminhos que pretendemos percorrer através deste dossiê. Esperamos que ele permita aos/às autorxs situar as particularidades de suas tramas etnográficas e ao mesmo tempo ensejar um certo campo de interlocuções, de torções conceituais/metodológicas possíveis (cf. VIVEIROS DE CASTRO, 2015), sobretudo no exercício de reaver autorias e aprofundar nas vicissitudes do trabalho de campo. Inspirados na crítica aos binarismos e às transcendências abstratas e em favor dos aprendizados em campo, esperamos proporcionar um âmbito de leitura e reflexão entre pesquisadorxs e leitorxs de diferentes filiações institucionais e correntes teóricas. Também estarão abertas submissões de artigos de temas livres, entrevistas, ensaios fotográficos e resenhas, em fluxo contínuo. As normas estão disponíveis no site da Wamon: http://www.periodicos.ufam.edu.br/wamon/about/submissions. Em caso de dúvidas ou para mais informações, favor entrar em contato por e-mail: revistawamon@gmail.com

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  • O volume 4 da Wamon está no ar

    2019-06-30

     

    É com muita alegria que apresentamos o quarto volume da Wamon – Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM – que traz o dossiê temático: "Narrativas de Povos e Comunidades Tradicionais em diferentes contextos". Nesta edição além dos 7 artigos e 2 ensaios fotográficos que compõem o dossiê, trazemos também 5 artigos livres que versam sobre os mais diversos temas: cidade, educação, viajantes, sexualidade e memórias.
    Desejamos a todos os nossos leitores uma experiência construtiva e instigante e os convidamos a se somarem na tarefa de construir conosco o futuro da Wamon, ajudando na divulgação da Revista, propondo e colaborando com os nossos dossiês, bem como com entrevistas, artigos livres, ensaios fotográficos e resenhas. As chamadas e demais informações sobre datas e normas estão disponíveis em nosso site: www.periodicos.ufam.edu.br/wamon.

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  • O volume 3 da Wamon está no ar

    2019-01-12

    Apresentamos o terceiro volume da Wamon – Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM – que em seus seis artigos busca refletir questões como identidade étnica entre indígenas e quilombolas no Brasil, pescadores e mulheres em trabalho de parto e seus “acompanhantes”, temas estes transpassados também por musicalidade, danças, direitos e conflitos.

    Confira!

     

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