PROBLEMATIZANDO A HISTÓRIA DOS SOLDADOS DA BORRACHA
O ENSINO DA AMAZÔNIA A PARTIR DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO COMPONENTE DE ESTUDOS AMAZÔNICOS
DOI:
https://doi.org/10.21170/geonorte.2023.V.14.N.46.244.267Palabras clave:
Batalha da Borracha, Educação Básica, Ensino Fundamental, Práticas de EnsinoResumen
Este trabalho tem como foco problematizar a história dos Soldados da Borracha diante das práticas pedagógicas relacionadas ao ensino da Amazônia, em especial, a importância dos sujeitos históricos, inseridos em um evento com objetivos de esforço de guerra. A Batalha da Borracha, nome dado ao evento que ocorreu em grande parte na Amazônia, impulsionado pela conjuntura política externa, ou seja, a Segunda Guerra Mundial, acarretou para a região a migração de aproximadamente 35 mil pessoas, em sua maioria, nordestinos. Um processo migratório induzido e “organizado” pelo Governo Federal com o apoio de uma junta de órgãos públicos e privados, criados com um único objetivo: levar mão de obra para a Amazônia. O objetivo desse trabalho é propor novos métodos de ensino da Amazônia em âmbito escolar, utilizando-os com alunos da Educação Básica, em especial, os inseridos na etapa que corresponde aos anos finais do Ensino Fundamental, através da disciplina de Estudos Amazônicos. Portanto, parte deste propósito o interesse de apresentar de uma forma mais didática a história da Amazônia, dos seringueiros e os Soldados da Borracha. A prática que norteia esse trabalho foi executada em uma turma do 6º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint Clair Passarinho, no município de Altamira.
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