Antropoceno e Educação Ambiental

percepções de estudantes acerca da relação entre ser humano e natureza

Autores

Resumo

A Educação Ambiental tem sido considerada como um ato político capaz de mobilizar processos de reconhecimento e de modificação do mundo que habitamos. É uma questão em aberto como se dão esses processos com os estudantes do Ensino Médio de uma escola pública localizada no interior da Bahia. A proposta deste artigo é investigar acerca das percepções desses estudantes quanto aos impactos de seus hábitos cotidianos no ambiente e quais mudanças eles propõem. Para isso, um questionário foi aplicado para 76 estudantes. Em suas percepções se destacaram as expressões: Planeta... Futuro...... Produzir... Consumismo... Água... Qualidade... Industrializados... Alimentos ... Proteger.... A partir delas é possível pensar estratégias educativas para auxiliar os estudantes no entendimento de problemas ambientais e na formulação de soluções para a manutenção das condições de sobrevivência no planeta.

Palavras-Chave: Antropoceno; Educação Ambiental; Mudança social; Pegada Ecológica.

 

Referências

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

CAPRA, F. et al. Alfabetização Ecológica: a educação das crianças para um mundo sustentável. São Paulo: Editora Cultrix. 2006.

CARVALHO, I. C. de M. “A Questão Ambiental e a emergência de um campo de ação Político-Pedagógica”. In: SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM DEBATE. LOUREIRO, Caros F. B.; LAYRARGUES, Philippe P.; CASTRO, Ronaldo Souza, (orgs.) – 5. ed. – São Paulo: Cortez, 2008.

CARVALHO, I. C. de M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2012.

DIAS, G. F. Pegada Ecológica e sustentabilidade humana. São Paulo: Gaia, 2002.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GRUN, M. Ética e educação ambiental: a conexão necessária. 2. ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 1996

GUIMARÃES, M. "Armadilha paradigmática na educação ambiental". In: LOUREIRO. C. Frederico et al. Pensamento Complexo, dialética e educação ambiental. 2. ed. São Paulo: Cortez, p.15-29, 2011

IPCC; 2023. Disponível em: https://www.ipcc.ch/report/ar6/syr/. Acesso em 27 abr. 2023

KRENAK, A. Ideias para adiar o mundo. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019

LATOUR, B. Onde aterrar? Como se orientar politicamente no Antropoceno. 1. ed. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020

LATOUR, Bruno; WOOLGAR, Steven. A Vida de Laboratório: a produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará. 1997.

LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 8 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

LIMA, G. F. C. Questão ambiental e educação: contribuições para o debate. Ambiente & Sociedade, NEPAM/UNICAMP, Campinas, ano II, nº 5, 135-153, 1999.

LOUREIRO, C. F. B. M. "Teoria social e questão ambiental: pressupostos para uma práxis crítica em educação ambiental". In: SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE: a educação ambiental em debate, LOUREIRO, Carlos Frederico et al. 5. ed. - São Paulo: Cortez, p. 13-51, 2008.

LOUREIRO, C. F. B. M. "Educação ambiental e movimentos sociais na construção da cidadania ecológica e planetária". In: EDUCAÇÃO AMBIETAL: repensando o espaço da cidadania. LOUREIRO, Carlos Frederico et al. 3. ed. São Paulo: Cortez, p.69-98, 2005.

MACNEILL, John Robert. Something new under the sun: an environmental history of the twentieth-century world. New York: W.W. Norton & Company, 2000.

MALDONADO, Manuel Arias. Antropoceno: La política en la era humana, Barcelona: Taurus/Penguin Random House, 2018, 256p.

MARQUES, L. Capitalismo e colapso ambiental. 3 ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2018

REIGOTA, M. A Educação Ambiental frente aos desafios apresentados pelos discursos contemporâneos sobre natureza. Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 36, n.2, p. 539-553, maio/ago. 2010.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. 32. ed., Campinas, SP: Autores Associados, 1999, 105p

SOUZA, G. D. Aplicação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo: O Caso Novagerar. Dissertação (Pós-Graduação em Geografia Humana) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariá Pereira da Silva Santos, Colégio Estadual José Aloísio Dias e Colégio Municipal Dr. Julival Rebouças

Pós-graduada em Políticas do Planejamento Pedagógico: Didática, Avaliação e Currículo (UNEB) e Educação Ambiental (FACE), graduada em Pedagogia (UNEB) e Biologia (UESC), professora de Biologia do Colégio Estadual José Aloísio Dias/BA e professora de Ciências do Colégio Municipal Dr. Julival Rebouças/BA.

Geraldo Barbosa Neto, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PU-CSP

Possui graduação em História, mestrado em História Social pelo Programa de Pós Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutorado em História Social pelo Programa de Pós Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi duas vezes bolsista pesquisador tanto pela CAPES como pelo CNPQ. Atuou como Professor Doutor na Faculdade Uninassau (UNINASSAU) nos cursos de Pedagogia, Serviço Social, Direito, Tecnólogos e na Pós-Graduação Lato Sensu, na área de Docência no Ensino Superior. Também atuou na área de Educação à Distância da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) como tutor presencial das disciplinas de História, Filosofia, Sociologia, Antropologia e Pedagogia, bem como na produção de material escrito, visual e sonoro. Tem experiência docente na graduação presencial nas áreas de História, Pedagogia, Serviço Social, Direito e Tecnólogos, e na Pós-Graduação Lato Sensu. Pesquisa o tema da ciência em uma perspectiva interdisciplinar, abrangendo os campos da Filosofia, da História e da Sociologia das Ciências e das Tecnologias. Também pesquisa nas áreas de História Intelectual, História Moderna e Ensino de História.

Michele Bortolai, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB

Doutora e Mestra em Ensino de Ciências (modalidade Química) pelo PIEC/USP - Programa de Pós Graduação Interunidades em Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo, com trabalhos de pesquisa intitulados "Percepções escolares sobre água na perspectiva da Teoria das Representações Sociais" e "PROQUIM em ação: ressignificando o conceito de transformação no Ensino Médio"; Especialista em Química, pela Universidade Oswaldo Cruz; Licenciada em Pedagogia - Administração e Supervisão Escolar, pela Universidade de Guarulhos; Bacharel e Licenciada em Química pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; Membro dos grupos de pesquisa LiEQui - Linguagens no Ensino de Química e RESSONAR - Coletivo Universitário de Pesquisa em Representação Social, Narrativas [auto(bio)gráficas] e Cartografias Inventivas na Educação em Ciências. Em ambos os grupos têm seus estudos voltados à formação de professores e processos de ensino e aprendizagem em Química. Possui experiência como coordenadora pedagógica e como professora em escolas de Educação Básica.. Vice-coordenadora e professora orientado do curso de Pós-Graduação Ciência é 10! (2020-2021). Atualmente é professora de Ensino de Química da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB, no Centro de Formação de Professores (CFP), Amargosa, Bahia.

 

Publicado

2023-10-04

Como Citar

Santos, M. P. da S., Neto, G. B., & Bortolai, M. (2023). Antropoceno e Educação Ambiental: percepções de estudantes acerca da relação entre ser humano e natureza. Revista Eletrônica Mutações, 16(26), 102–117. Recuperado de //periodicos.ufam.edu.br/index.php/relem/article/view/12303