EDUCAÇÃO ESPECIAL E FORMAÇÃO DOCENTE: VIVÊNCIAS SOBRE DEFICIÊNCIA VISUAL NA FORMAÇÃO INICIAL

Autores

  • Jonathan Fernandes de Aguiar Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
  • Maria Vitória Campos Mamede Maia Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Maria do Socorro Fortes de Oliveira

Palavras-chave:

lúdico, atividade lúdica, formação inicial, educação especial, inclusão, deficiência visual

Resumo

Este texto tem como objetivo apresentar, com base nas narrativas dos estudantes do curso de Pedagogia, os desafios enfrentados pelos deficientes visuais. Para tal compreensão foi realizada uma oficina de sensibilização entre os estudantes, propiciando a vivência de “ser cego”, utilizando atividades lúdicas com a finalidade de alcançar o objetivo já mencionado. Este estudo é um recorte do projeto de pesquisa: “O lúdico no Ensino Superior: uma prática (im)possível?”, vinculada ao grupo de pesquisa Criar e Brincar: o lúdico no processo de ensino-aprendizagem (LUPEA). Os sujeitos participantes desta pesquisa foram 12 estudantes do curso de Pedagogia que frequentavam a disciplina de Jogos e Brincadeira. A coleta de dados aconteceu no segundo semestre de 2016, na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os instrumentos utilizados foram: a) gravação de áudio e vídeo, b) fotografia e, c) diário de campo. Para análise de dados, baseamos na análise de conteúdo do tipo temática na perspectiva de Bardin (2016).  

Biografia do Autor

Maria Vitória Campos Mamede Maia, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professor Associado da UFRJ em Psicologia da Educação, Professora do Programa de Pós-graduação em Educação da UFRJ, Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2005), Mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1986). Graduada em Psicologia pelo Centro Universitário de Brasília (1998) e em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1982). Coordenadora e fundadora do Espaço de Atendimento Psicopedagógico ao aluno da Faculdade de Educação - UFRJ - EAP. Coordenadora do grupo de pesquisa Criar &Brincar: o lúdico no processo de ensino-aprendizagem - LUPEA. Este grupo desenvolve sobre o espaço lúdico como propiciador de criação de um espaço de reelaboração da aprendizagem e de criação de espaços que lidem com problemas de aprendizagem e sofrimento psíquic. Membro associado da ANPED- Região Sudeste - GT - Psicologia da Educação. Membro associado da SBPC. Pesquisadora associada da Universidade Federal do Paraná (Núcleo de pesquisa do Desenvolvimento Humano e Núcleo de Psicanálise) com convênios já estabelecidos com o Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenções Sociais da Puc- Rio e a Uniteé d'ethinopsychiatrie et de Sttress Post-Traumatique, do Service de Consultation de l'École de Psychologie da Universidade de Laval, Quebec, Canadá. Pesquisadora fundadora do Grupo Interdisciplinar de Educação e Inclusão - GIEI - UNIRIO, tendo parceria com UERJ, UFF e UFSCar e internacional como Università degli Studi di Roma ?Foro Italico?, Universidad de La Rioja e Universidad Distrital de Bogotá..Pesquisadora associada da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) ( LIPIS e Núcleo de Pesquisa de Psicanálise , cultura e violência) Consultora "ad hoc" de diversas revistas, como: Arquivos Brasileiros de Psicologia (1809-5267); Revista Mal-Estar e Subjetividade (1518-6148); Interação em Psicologia (1981-8076) e Revista Psicologia Clínica (0103-5665), dentre outras. . Possui experiência na área de Psicopedagogia, Psicanálise, Psicologia, com ênfase em Linguagem e Subjetividade, Pensamento Winnicottiano e freudiano, atuando principalmente nos seguintes temas: Winnicott, tendência anti-social, agressividade, autismo, psicose, Psicanálise, Freud, problemas de aprendizagem e problemas de desenvolvimento da aprendizagem,criatividade, ludicidade, jogos e brinquedos.Autora do livro " Rios sem discurso" : a agressividade da infância na contemporaneidade, São Paulo:Vetor, 2007 e do livro Criar & Brincar: o lúdico no processo de ensino-aprendizagem, Rio de Janeiro:WAK, 2014. Site do grupo de pesquisa : grupocriarebrincar.wix.com/lupea .ORCID https://orcid.org/0000-0002-9697-8243 E RESEARCHER ID http://www.researcherid.com/rid/G-4031-2012

Maria do Socorro Fortes de Oliveira

Doutoranda em Inclusão, Ética e Interculturalidade pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente; Pós-Graduada em Audiologia; Psicopedagogia e Educação a Distância; Especializada em Saúde Mental; Docência em Deficiência Visual e Auditiva; Neurociências aplicada a aprendizagem; Graduada em Fonoaudiologia; Pedagogia Licenciatura e Bacharelado; Com experiência em Educação, Métodos e Técnicas de Ensino e Orientação e Mobilidade. Atualmente é Professora do Ensino Básico Técnico e Tecnológico no Instituto Benjamin Constant; Desenvolve Pesquisa junto ao Grupo de Pesquisa Criar e Brincar: o Lúdico no Processo de Ensino-Aprendizagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2019-06-28

Como Citar

Aguiar, J. F. de, Campos Mamede Maia, M. V., & Fortes de Oliveira, M. do S. (2019). EDUCAÇÃO ESPECIAL E FORMAÇÃO DOCENTE: VIVÊNCIAS SOBRE DEFICIÊNCIA VISUAL NA FORMAÇÃO INICIAL. Pesquisa E Prática Em Educação Inclusiva, 2(3), 117–128. Recuperado de https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/educacaoInclusiva/article/view/4692