Gênero e infâncias: das construções identitárias às imposições sociais
DOI:
https://doi.org/10.29280/rappge.v6i01.8618Resumo
O termo gênero tem sido incluído nos discursos religiosos como “ideologia de gênero”, uma perspectiva equivocada, pois não se trata de ideologia, mas sim de uma categoria que diferencia os modos de ser de homens e mulheres. Dessa forma, por meio de uma pesquisa bibliográfica, o presente trabalho objetiva uma discussão acerca do significado do termo gênero como uma construção sociocultural, política e histórica, criado para caracterizar as diferenças entre homens e mulheres. Portanto, ao compreendermos a fase da infância como sendo propícia para o desenvolvimento infantil, buscamos também discutir como que o mundo dos/as adultos/as se insere nas brincadeiras, nos brinquedos, nos trajes e nos papéis que as crianças desempenham desde cedo, como premissa para mais tarde seguirem as padronizações sociais. Desde antes mesmo do nascimento, somos levados/as a construir identidades de gênero que histórico e culturalmente foram atribuídas e relacionadas ao sexo biológico, o que muitas vezes acaba naturalizando papéis, segregar desejos e promover o preconceito e a discriminação, principalmente, quando se rompe com as práticas e os modelos impostos pela sociedade – macho e homem, fêmea e mulher.