Curumins e cunhatãs: por uma possível história das infâncias indígenas no Brasil

Autores

  • Bruno Miranda Braga Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP

DOI:

https://doi.org/10.38047/rct.v16.FC.2024.di9.p.1.25

Palavras-chave:

História Indígena, infâncias, História da Infância, povos indígenas

Resumo

Em terra brasilis, a história da infância não difere muito da escrita pelos europeus, uma vez que esses pequenos sujeitos pouco aparecem nos escritos das diferentes épocas do país. Porém, para o Brasil é importante esclarecer que ao estudar a História da infância compreender a diversidade e as distinções socioculturais que marcam nossa história desde o processo de colonização na qual conviviam crianças indígenas e africanas, as nascidas em solo brasileiro, pobres, livres, as deixadas nas rodas dos desesperados, as dos pais enriquecidos, ou seja, havia e ainda há múltiplas infâncias. O artigo assim apresenta aspectos do cotidiano indígena na história do Brasil destacando a presença das crianças e o contexto em que estavam inseridos, como eram tratados, classificados e viviam. Destaco o século XIX, e a relação do império com os menores e a constituição de uma noção de infância indígena.

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Biografia do Autor

Bruno Miranda Braga, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP

Doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP. Mestre em História Social pela Universidade Federal do Amazonas UFAM. Amazonólogo, Especialista em Estudos Amazônicos (UnB, 2022) e Especialista em Gestão e Produção Cultural (UEA, 2018). Historiador e Geógrafo com ambas licenciaturas. Membro efetivo do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas IGHA. Atualmente sou especialista visitante (CNPq) no Museu da Amazônia MUSA. Temas de pesquisa: história do Amazonas, História Indígena e do Indigenismo, América Latina Colonial, Brasil e Amazonas Imperial. História da arte brasileira. 

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Publicado

2024-12-10

Como Citar

Braga, B. M. (2024). Curumins e cunhatãs: por uma possível história das infâncias indígenas no Brasil. Canoa Do Tempo, 16, 1–25. https://doi.org/10.38047/rct.v16.FC.2024.di9.p.1.25

Edição

Seção

Dossiê - Pensar o presente e futuro da História Indígena

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