Interseccionalidade e lutas por direitos nas trajetórias das atrizes negras, Ruth de Souza, Léa Garcia e Zezé Motta, (1940-1960)

Autores

  • Júlio Cláudio da Silva

DOI:

https://doi.org/10.38047/rct.v14.FC.2022.dg3.p.1.29

Palavras-chave:

Interseccionalidade, atrizes negras, estigmas raciais

Resumo

A luta política de um segmento específico, as mulheres negras, no interior de uma categoria profissional, as artes cênicas, no tempo presente, podem nos remeter aos seus protagonismos e a historicidade de suas existências. Sendo assim, como as investigações histórica das atuações das atrizes negras nos possibilitam identificar a intersecção das variáveis raça, gênero, classe, além de geração, nas relações sociais brasileiras? Ou ainda, como um passado histórico e a interseccionalidade pôde retroalimentar estigmas sociais e profissionais no Pós-Abolição?  O presente artigo tem por objetivo indicar algumas possibilidades de interpretação e problematização histórica sobre as trajetórias de mulheres negras no Pós-Abolição, orientado por categorias como interseccionalidade e geração. Considerando o protagonismo histórico das atrizes Ruth de Souza, Léa Garcia e Zezé Motta e seus pioneirismos na criação de espaço para temáticas e atuação profissional na segunda metade do século XX.

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Publicado

2022-12-19

Como Citar

Silva, J. C. da. (2022). Interseccionalidade e lutas por direitos nas trajetórias das atrizes negras, Ruth de Souza, Léa Garcia e Zezé Motta, (1940-1960) . Canoa Do Tempo, 14, 1–29. https://doi.org/10.38047/rct.v14.FC.2022.dg3.p.1.29

Edição

Seção

Dossiê-Relações de gênero: temas, problemas e perspectivas

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