Interseccionalidade e lutas por direitos nas trajetórias das atrizes negras, Ruth de Souza, Léa Garcia e Zezé Motta, (1940-1960)
DOI:
https://doi.org/10.38047/rct.v14.FC.2022.dg3.p.1.29Palavras-chave:
Interseccionalidade, atrizes negras, estigmas raciaisResumo
A luta política de um segmento específico, as mulheres negras, no interior de uma categoria profissional, as artes cênicas, no tempo presente, podem nos remeter aos seus protagonismos e a historicidade de suas existências. Sendo assim, como as investigações histórica das atuações das atrizes negras nos possibilitam identificar a intersecção das variáveis raça, gênero, classe, além de geração, nas relações sociais brasileiras? Ou ainda, como um passado histórico e a interseccionalidade pôde retroalimentar estigmas sociais e profissionais no Pós-Abolição? O presente artigo tem por objetivo indicar algumas possibilidades de interpretação e problematização histórica sobre as trajetórias de mulheres negras no Pós-Abolição, orientado por categorias como interseccionalidade e geração. Considerando o protagonismo histórico das atrizes Ruth de Souza, Léa Garcia e Zezé Motta e seus pioneirismos na criação de espaço para temáticas e atuação profissional na segunda metade do século XX.
Downloads
Referências
ALMADA, Sandra, 1964 – Damas Negras: sucesso, lutas, discriminação: Chica Xavier, Léa Garcia, Ruth de Souza, Zezé Motta/ Sandra Almada Rio de Janeiro: Mauad, 1995.
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o Encontro de Especialistas em Aspectos da Discriminação Racial Relativos ao Gênero. Revista Estudos Feministas. Ano 10 (1). Florianópolis, 2002.
JESUS, Maria Ângela. Ruth de Souza: a estrela negra. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004.
MORAIS, Eneida Costa de. Ao som de atabaques e tambores. Diário Carioca, [Rio de Janeiro], 31 ago. 1952. Teatro. 1 recorte de jornal. Coleção Abdias Nascimento.
MURAT, Rodrigo. Zezé Motta muito prazer, Imprensa Oficia, São Paulo, 2005.
POLLAK, Michel. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v.5, n.10, 1992.
Sem Autor, “RAPSÓDIA NEGRA”, nova atração do Acapulco. Ultima Hora, [s. l.], 25 jul. 1952. Coleção Abdias Nascimento IPEAFRO-RJ/GEHA/UEA.
SILVA, Julio Claudio da, "Narrativas de si, narrativas sobre uma estrela de Orfeu do Carnaval (1950-1960)" In. Bárbara Rebeka Gomes de Lira e Michele Pires Lima (Orgs), Nas malhas da história: relações de gênero, trabalho e lutas sociais no Brasil.1ª ed.Curitiba: CRV, 2021.
SILVA, Julio Claudio da, “Léa Garcia, narrativas sobre uma dama negra do teatro e cinema 1952-1957”. In. Histórias de mulheres negras no pós-abolição, Revista Canoa do Tempo, v. 11, p. 1-5, 2019.
SILVA, Julio Claudio da, ROCHA & SANTOS, Joceneide Cunha dos, "A vida imita a arte: relações raciais e de gênero na história de uma filha do vento". In: SILVA, Julio Claudio da, ROCHA, João Marinho da, SANTOS, Joceneide Cunha dos (Org.). Ensino de história e cultura Afro-Brasileira desafios e perspectivas na Amazônia. 1ªed.Manaus: Editora da UEA, 2019.
SILVA, Júlio Cláudio da. Um estrela negra no teatro brasileiro: relações raciais e de gênero nas memórias de Ruth de Souza. (1945-1952). UEA Edições, Manaus. 2017.
SILVA, Julio Claudio da. Ruth de Souza entre raça e gênero: reflexões sobre a trajetória de uma Dama negra, (1921-1954). Em tempo de História (digital), v. 25, p. 104-118, 2014.
SIRINELLI, Jean-François. A geração. In: FERREIRA, Marieta de Moraes; AMADO, Janaina (Orgs.) Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: FGV, 1996.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Canoa do TempoEsta obra está licenciada com uma Licença <a rel =" license "href =" http: / /creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/ ">