SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) APLICADO AO ESTUDO DA COVID-19 NO MUNICÍPIO DE TERESINA, PIAUÍ

Autores

  • Sammya Vanessa Vieira Chaves Instituto Federal do Piauí
  • Francilio de Amorim dos Santos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
  • Lúcia Maria Silveira Mendes Universidade Estadual do Ceará
  • Francisco Pereira da Silva Junior Instituto Federal do Maranhão

DOI:

https://doi.org/10.21170/geonorte.2024.V.15.N.52.47.71

Palavras-chave:

Pandemia, Vulnerabilidade, Teresina

Resumo

A pandemia da COVID-19, considerada como desastre biológico, segundo órgãos internacionais de classificação de desastres, provocou milhares de mortes em todo o mundo e passou a ser objeto de investigação da comunidade científica por se tratar de uma doença desconhecida com alto poder de letalidade e transmissibilidade. Desse modo, objetiva-se com esse estudo, analisar a vulnerabilidade à ocorrência da covid-19 nos bairros de Teresina, capital do estado do Piauí, considerando os índices de contaminados e óbitos. Para tanto, foi realizada uma análise espacial e multivariada, correlacionando variáveis como presença de estabelecimentos de saúde, rendimento mensal, quantidade de idosos e população residente. Concluiu-se ao final da pesquisa que os bairros teresinenses que apresentam vulnerabilidade muito alta à doença apresentam condições favoráveis à transmissão da doença e pertinência dos óbitos. São eles: Santo Antônio, Angelim, Mocambinho. Distrito Industrial e Itararé. São bairros populosos, com grande quantidade de idosos, apresentam baixo rendimento médio mensal e contam com deficiência quanto à oferta de estabelecimentos de saúde. Estudos dessa natureza são importantes para o auxílio na tomada de decisões e subsidiam ações institucionais que visam a mitigação dos problemas gerados, conferindo importância aos aspectos sociais e aqueles relativos a saúde e economia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sammya Vanessa Vieira Chaves, Instituto Federal do Piauí

Licenciada em Geografia pela Universidade Federal do Piauí, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo PRODEMA/UFPI e Doutora em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP/Rio Claro). Docente do Programa de Mestrado Profissional em Análise e Planejamento Espacial (MAPEPROF) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, com trabalhos publicados na área de Geografia Urbana, Climatologia Urbana, Desastres Naturais e Vulnerabilidade.

Lúcia Maria Silveira Mendes, Universidade Estadual do Ceará

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará (1981), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal do Ceará (1988) e doutorado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Escola Superior de Agricultura "Luis de Queiroz" / Universidade de São Paulo (2005) conceito CAPES 7. Atualmente é pesquisadora do Laboratório de Geoprocessamento e Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Ceará. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Solos e Nutrição de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: Geoprocessamento, Sistema de Informações Geográfica, Banco de Dados, Estatística Espacial e geoestatística. É Editora-Gerente da Revista eletrônica CC&T da UECE e Editora da GeoUECE.

Francisco Pereira da Silva Junior, Instituto Federal do Maranhão

Possui graduação em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Federal do Piauí (2010), pós graduação em Docência do Ensino Superior concluída. Atua como professor de Educação Básica, Técnica e Tecnológica desde 2015 pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão Tem experiência nas áreas de Geografia, Educação e Meio Ambiente, com ênfase em Geografia.

Referências

CARDOSO, T. A. de O.; COSTA, F. G. da; NAVARRO, M. B. M. de. A. Biossegurança e desastres: conceitos, prevenção, saúde pública e manejo de cadáveres. Revista de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro 22, 2012, p. 1523 – 1542.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS (CNM). Brasil perdeu 23.091 leitos hospitalares em dez anos. Estudo Técnico. 2018. Disponível em: https://www.cnm.org.br/biblioteca/exibe/3622 Acesso em: 21 de abr. de 2021.

EM-DATA/CRED. The International Disaster Database. Centre for Research on The Epidemiology of Disasters. General Classification, 2021. Disponível em: http://www.emdat.be/classification Acesso em: 16. abr. de 2021.

FREITAS, Carlos Machado de (Coord.). Gestão local de desastres naturais para a atenção básica. São Paulo: UNIFESP, 2016. 122 p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). População estimada: 2020. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/teresina/panorama Acesso em: 20 de abr. de 2021.

___________. Malha municipal digital do Brasil: situação em 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/malhas_digitais/>. Acesso em: 01 abr. 2021.

LANA, R. et al. Emergência do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e o papel de uma vigilância nacional em saúde oportuna e efetiva. Cadernos de Saúde Pública. 36. 2020.

MARANHÃO, T. A. et al. Distribuição Espacial dos Casos e óbitos por COVID-19 no Piauí três meses após o início da Pandemia no Estado. Boletim do Observatório de Vigilância Sanitária e Epidemiológica – UESPI. Edição 4. Julho/2020.

MARCHEZIN, V. Dos Desastres da Natureza à Natureza dos Desastres. In: VALENCIO, N. et al. (Orgs). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: RiMa, 2009. p.48-57.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Cumulative COVID-19 Cases, 2020. Disponível em: https://www.paho.org/pt/covid19. Acesso em: 16 de abr. de 2021.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) Painel do Coronavírus da OMS (COVID – 19), 2021. Disponível em: <https://covid19.who.int/> Acesso em: 16 de abr. de 2021.

__________. Ministério da Saúde. Desastres Naturais e Saúde no Brasil. Brasília, DF: OPAS, Ministério da Saúde, 2015. 56p.

PIAUÍ. Governo do Estado do Piauí. Painel Epidemiológico COVID-19 Piauí, 2020. Disponível em: <https://datastudio.google.com/reporting/a6dc07e9- 4161-4b5a-9f2a-6f9be486e8f9/page/2itOB>. Acesso em: 17 de abr. de 2021.

____________. Painel Covid-19 Teresina. Disponível em: https://datastudio.google.com/u/0/reporting/bc29048d-463b-4f02-914e-79aa7754cd55/page/ip5uB. Acesso em: 29 mar. 2021.

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA. Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLAN). Perfil dos Bairros. Teresina, 2018. Disponível em: https://semplan.pmt.pi.gov.br/ Acesso em: 21 de abr. de 2021.

___________. Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLAN). Teresina: panorama municipal – Junho, 2020. Teresina, 2020. Disponível em: : https://semplan.pmt.pi.gov.br/ Acesso em: 21 de abr. de 2021.

___________. SEMPLAN - Secretaria Municipal de Planejamento de Teresina. Divisão de bairros: 2013. Disponível em: https://semplan.pmt.pi.gov.br/mapas-interativos/. Acesso em: 01 abr. 2021.

QUARANTELLI, E. L. et al. A heuristic approach to future disasters and crises: new, old, and in-between types. In.: H. Rodriguez, E. L. Quarantelli, R. Dynes (Eds.), Handbook of disaster research New York, NY: Springer, 2007, p. 16-41.

RODRIGUES, K. F. CARPES, M. M. RAFFAGNATO, C.G. Preparação e respostas a desastres do Brasil na pandemia da COVID-19. Revista da Administração Pública. Rio de Janeiro, 54, jul.-ago., 2020, p.614-634.

SEGUR, Philippe. La catastrophe et les risques naturels, essai de définition juridique. Revue de Droit Public, 1997, p. 1694.

UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME (UNEP) Report: Emerging Issues of Environmental Concern. Nirobi: UNEP, 2016. p. 04.

VALENCIO, N. et al. (Orgs). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: RiMa, 2009a. p.3-18.

Downloads

Publicado

2024-12-13

Como Citar

Vieira Chaves, S. V., de Amorim dos Santos, F., Silveira Mendes, L. M., & Pereira da Silva Junior, F. (2024). SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) APLICADO AO ESTUDO DA COVID-19 NO MUNICÍPIO DE TERESINA, PIAUÍ. REVISTA GEONORTE, 15(52). https://doi.org/10.21170/geonorte.2024.V.15.N.52.47.71

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)