TRANSFORMAÇÕES ESPACIAIS NA CIDADE DE VITÓRIA DO XINGU-PA A PARTIR DA CONSTRUÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE
DOI:
https://doi.org/10.21170/geonorte.2024.V.15.N.50.258.274Palavras-chave:
Paisagens urbanas, Especificidades, Amazônia, Cidades ribeirinhasResumo
Na Amazônia, a implantação dos grandes projetos de investimentos tem ocasionado um conjunto de desdobramentos nos espaços onde são inseridos, antes, durante e depois da construção, portanto, torna-se importante compreender essas alterações. Este trabalho faz uma análise das especificidades da cidade de Vitória do Xingu, no estado do Pará, cidade que foi inserida no contexto dos Grandes Projetos de Investimentos a partir da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no território municipal desde 2011. A pesquisa baseou-se na percepção da população em relação as particularidades e as especificidades urbanas do município, por meio de entrevistas semiestruturadas, com diferentes sujeitos locais, utilizou-se de mapeamentos, registros fotográficos, pesquisas bibliográficas e documentais. Verificou-se que a construção da Usina é a principal responsável pelas transformações espaciais na cidade de Vitória do Xingu em função do emprego dos royalties, particularizando-a de outras cidades ribeirinhas no contexto regional. A julgar pelos entrevistados, o estudo aqui discorrido explicita o agrado pelos investimentos, principalmente na área de lazer, bem como, a população denuncia, a imposição de novas formas de organização e relação entre si mesmos e com o espaço reestruturado. A construção da usina foi determinante no cenário de mudanças na estrutura da cidade, haja visto que a cidade não apresentava mudanças significativas nos períodos que antecederam a chegada do empreendimento.
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