Políticas Curriculares do Ensino Básico em Moçambique
proposta do modelo curricular de aprendizagem solidária de inspiração progressista
Resumen
A Primeira República preocupou-se com agenda cultural do povo moçambicano através da educação, respeitando sempre o intercâmbio com outros povos, sem perder de vista a identidade nacional. Para isso, ficou discutido e decidido, de forma consensual, que todos deveriam ser responsáveis e vigilantes na construção e implementação de uma filosofia de vida que se pretendia construir em Moçambique e que a educação foi vista como uma prioridade para a materialização desse “sonho”. Portanto, com a modernização do Estado influenciado pela globalização houve crise de valores, hábitos e costumes locais nos centros de formação tanto na sociedade em geral. Assim, com vista revitalização de valores sócio-culturais posto em crise pela globalização, principalmente, no Ensino Básico, propõe-se um modelo curricular baseado em inteligência social, isto é, uma aprendizagem ancorada em saberes, valores, hábitos e costumes locais. A partir da fundamentação teórica de Tapia (2006) propôs-se a aprendizagem solidária, de inspiração progressista, como alternativa ao modelo curricular do Ensino Básico em Moçambique.
Palavras-chave: Cultura; Ensino Básico e Aprendizagem Solidária
Referências
Eisner, E. (1985). The educational imagination. On the design and evaluation of school Programs. New York: Macmillan.
Freire, P. (1985). Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Editora Paz e Terra.
Freire, P. (2000). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.15ª ed.
Kolb, D. A. (1984). Experiential Learning: experience as the source of learning and development.ResearchGate.http://www.learningfromexperience.com/images/uploads/process-of-experiential-learning.pdf
Leyser, K.D. S. (2018). Educação Integral e Educação Comparada.Indaial: UNIASSELVI.
Litsure, H. F. (2020). A identidade Tsonga-Changana no contexto da Identidade Nacional Moçambicana: construção e representação. (tese de doutoramento). Instituto Superior de Ciências Socias e Políticas – Universidade de Lisboa.
Mabota, A. S. (2019). Ubuntu, uma Possibilidade de Alternativa ao Neoliberalismo como Fundamento das Relações Norte-Sul. Tese de Doutoramento. Universidade do Minho, Instituto de Letras e Ciências Humanas.259 pps.
Masolo, D. (2009). Filosofia e Conhecimento Indígena: uma perspectiva africana. In: Souza
Santos, Boaventura; Meneses, Maria Paula (Org.) Epistemologias do Sul. PP. 507-530. Coimbra: edições Almeidas.
Matos, N. (2008). Uma universidade Local, ajustada as realidades e às opções de desenvolvimento do País. In (org). África-Europa: cooperação académica. (pp. 17- 41). Fundação Friedrich Ebert.
Mayembe, N. (2016). Reforma Educativa em Angola: a monodocência no ensino primário em Cabinda. (Tese de doutoramento). Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte.
MINEDH & UNESCO (2019). Revisão de Políticas Educacionais- Moçambique
Niquisse, A. F. (2017). Currículo do Ensino Básico e Educação para a Cidadania: Enfrentando as vicissitudes actuais, garantindo a sobrevivência da sociedade moçambicana. RECH- Revista Ensino de ciências e Humanidade – Cidadania, Diversidade e Bem-Estar. ISSN 0000-0000 ONLINE,p.169-185.Disponívelemwww.dhnet.org.br/direitos/militantes/tosi/tosi_naza_oqe_educ_cidadania.pdf
Resch, K. &Knapp, M. (2020). Aprendizagem em Serviço: um manual para o ensino superior. Resultado do projecto ENGAGE STUDENTS. Disponível via:https://www.engagestudents.eu/wp-content/uploads/2021/12/IO3-Workbook-PT.pdf
São Paulo: editora Paz e Terra.
Tapia, María Nieves. Aprendizaje y Servicio Solidario en el sistema Educativo y las organizaciones juveniles. Buenos Aires, CiudadNueva, 2006.