As Reflexões do método da Pesquisa Ação Participativa na Saúde Coletiva

Diálogos com os resultados de uma pesquisa na Atenção Primária à Saúde e outros autores

Autores/as

Resumen

O método da Pesquisa Ação Participativa (PAP) busca gerar intervenções para problemas bem delimitados localmente. É aplicado em diversos campos e tipos de organizações, a exemplo na saúde coletiva, aprimorando processos e práticas. Este artigo discute os resultados obtidos em uma pesquisa que buscou desenvolver ações no enfrentamento do aumento do grau da obesidade dos usuários assistidos pela equipe de uma Unidade Básica de Saúde da Família. Realiza, posteriormente, uma breve revisão da literatura com outros autores que utilizaram a PAP em suas pesquisas. Constatou-se quatro áreas em que a PAP vem sendo aplicada: gestão, educação, comunicação e participação popular. Conclui-se que a PAP é uma importante estratégia metodológica de envolvimento e participação de atores na proposição de soluções locais.

Palavras-chave: Atenção primária à saúde; Administração de Serviços de Saúde; Obesidade; Pesquisa-Ação Participativa.

 

Referências

ALVES, Lauanna Malafaia da Silva. Educação Permanente sobre infecção sexualmente transmissível no Instituto Federal Fluminense. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós Graduação da Escola de enfermagem Aurora Afonso Costa, Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2015. Disponível em: < https://app.uff.br/riuff;/handle/1/1685>. Acesso em: 03 mar. 2023.

BALDISSERA, Vanessa Denardi Antoniassi; NOGUEIRA, Iara Sescon. Jogo educativo sobre prevenção de quedas em idosos: nota prévia. Revista de enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco. Artigo extraído do projeto de tese da Universidade Estadual de Maringá, 2020. Disponível em: < https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/244871/37236 >. Acesso em: 04. Mar. 2023.

BEZERRA, Ada Augusta Celestino; TANAJURA, Laudelino Luiz Castro. A Pesquisa-ação sob a ótica de René Barbier e Michel Thiollent: aproximações e especificidades metodológicas. Revista Eletrônica Pesquiseduca. Abordagens Metodológicas da Pesquisa Em Educação E Os Desafios Da Educação Básica, Santos-SP, v. 7, n. 13, 2015. Disponível em: <https://periodicos.unisantos.br/pesquiseduca/article/view/408>. Acesso em: 24 set. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Diretrizes e Recomendações para o Cuidado Integral de Doenças crônicas Não-Transmissíveis: promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. Brasília, DF, 2008. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_recomendacoes_cuidado_doencas_cronicas.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília, DF, 2019. Disponível em: <https://saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45612-brasileiros-atingem-maior-indice-de-obesidade-nos-ultimos-treze-anos>. Acesso em: 26 mar. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Brasília – DF, 2019c. Disponível em:  <https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/>. Acesso em: 10 de abr. de 2020 e em 17 de maio de 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. São Paulo – SP, 2016. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/hiv-e-aids/>. Acesso em: 04 de mar. de 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: obesidade. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília, 2014c. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_doenca_cronica_obesidade_cab38.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília, 04/03/23. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/i/ist>. Acesso em: 04 de mar. de 2023.

BUENO, Sonia Maria Vilela; MULATO-Corral Sabrina. (Des)conhecimento da Síndrome de Bornout  entre acadêmicos de enfermagem. Revista de enfermagem da UERJ. P. 206-2011. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: < https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/viewFile/13600/10405#:~:text=A%20S%C3%ADndrome%20de%20Burnout%20n%C3%A3o,enfermagem%2C%20do%201%C2%BA%20ao%204%C2%BA.>. Acesso em 04 de mar. de 2023.

CORDEIRO, Luciana. Pesquisa- ação na área da saúde: uma proposta marxista a partir de revisão de escopo.  Tese de Doutorado (Escola de Enfermagem da USP) . São Paulo, 2016. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-19062017-174034/publico/Versao_corrigida_tese.pdf >. Acesso em: 12 de fev. 2023.

DASA, Paola Margarita Onate; BELAUNDE, Aline Megume Arakawa; DURAND, Michelle Kuntz. SOUZA, Jeane Barros de Barros; HEIDEMANN, Ivonete Teresinha Schülter. Buss; ANTONINI, Fabiano Oliveira. Práticas de Promoção da Saúde no trabalho do professor. Acta Paulista de Enfermagem. V. 35. São Paulo, 2022. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/ape/a/XQ4mWv5zbPN3L74M3N6y6jS/ >. Acesso em: 03 mar. 2023. 

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 23 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GENEVA - Organização Mundial da Saúde. Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Relatório do Comitê de Especialistas da Organização Mundial da Saúde - OMS para o uso e interpretação atuais e futuros da antropometria, 1995. Disponível em: <https://www.who.int/childgrowth/publications/physical_status/en/>. Acesso em: 20 jan. 2021.

HAGUETTE, Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 1987.

LAPERRIÈRE, Hélène. O caso de uma comunidade avaliativa emergente: re-apropriação pelos pares-multiplicadores da apreciação de suas próprias ações preventivas contra DST/HIV/AIDS, Amazonas, Brasil. Interface: comunicação, saúde e educação. V. 12. N. 26, p. 527-540. Amazonas, 2008. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/icse/a/mfkbGjY9Cb54fcHMVWTgLLm/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em 15/02/23.

MASH, Robert J.; CAIRNCROSS, Joleen. Comprehensive patient education and counselling for non-communicable diseases in primary care, Western Cape. South African Family Practice, v. 65, n.1, p. 1-11, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.4102/safp.v65i1.5634 Acesso em:10 mar 2023.

MURAKAMI, Juliana Keli; FILHO, José Fernando Petrilli; FILHO, Paulo Celso Prado Telles; ACORINTE, Ana Carolina; NAPOLEÃO, Anamaria Alves. Planejando, desenvolvendo e avaliando uma intervenção grupal junto a adolescentes: uma perspectiva sistêmica. Revista Eletrônica de Enfermagem. Universidade Federal de São Carlos. São Paulo, 2007. Disponível em: < https://revistas.ufg.br/fen/article/view/7503/5321> Acesso em: 04 de mar. 2023.

OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. Modelo de Perfil Nutricional da Organização Pan-Americana da Saúde. Washington, DC, 2016. Disponível em: <https://www.paho.org/pt/documents/pan-american-health-organization-nutrient-profile-model>.  Acesso em: 20 mar. 2020.

PERUZZO, Cicilia M. Krohling. Epistemologia e método da pesquisa-ação. Uma aproximação aos movimentos sociais e à comunicação. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação XXV Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 7 a 10 de junho de 2016. Disponível em: <file:///C:/Users/lucia/Downloads/galoa-proceedings--compos-2016--.pdf>. Acesso em: 10 de fev. 2023.

REIS, Marília Freitas de Campos Tozoni. Pesquisa em Educação Ambiental. Instituto de Biociências em Botucatu. Departamento de Educação- UNESP. Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/108279/ISSN2177-580X-2008-3-1-155-169.pdf?sequence=1>. Acesso em: 10 de fev. 2023.

REIS, José Roberto Tozoni; DEMO, Pedro; LOUREIRO, Carlos Frederico B.; REIS, Marília Freitas de Campos Tozoni. A Pesquisa- ação- participativa em Educação Ambiental. Reflexões Teóricas. Annablume Fapesp Editora. 1 Edição. São Paulo, Botucatu, 2007. Disponível em: <https://www.google.com.br/books/edition/A_pesquisa_a%C3%A7%C3%A3o_participativa_em_educa/uEQ4ZBrOHL4C?hl=pt-BR&gbpv=1&pg=PP1&printsec=frontcover>. Acesso em: 11 fe fev. 2023.

SMEKE, Elizabeth de L. M. Descobrindo percursos para a pesquisa em saúde no trato com o movimento social. Cadernos de Saúde Pública. V.9; N. 1. Rio de Janeiro, 1993. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/csp/a/Kq6kDGFdpmrFM4RMwkSX7Mn/?lang=pt>. Acesso em: 08 de fev. 2023.

SILVA, Erika Monteiro.  Promoção da saúde: o autocuidado no contexto de grupos de pessoas que vivem com doenças crônicas não transmissíveis. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós Graduação da Escola de enfermagem Aurora Afonso Costa, Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2018. Disponível em: < https://app.uff.br/riuff/handle/1/9477 >. Acesso em: 04 mar. 2023.

SILVA, Vera; PRADO, Sandra; EVANS, Dabiney. P.; ROCHA, Raiza W. G.; SIGNORELLI, Marcos; SOUZA, Jackeline Maria de Almeida. A casa da mulher brasileira: uma rede intersetorial no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR.  II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR, 2020. Disponível em: <https://eventos.ufpr.br/csc/csc20/paper/view/4040 >. Acesso em: 09 de fev. 2023.

THIOLLENT, Michel, 1981. Crítica Metodológica, Investigação Social & Enquete Operária. 2 ed., São Paulo: Polis.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 6 ed.  São Paulo: Cortez, 1994.

WALLERSTEIN, Nina. Prefácio. In: TOLEDO, Renata Ferraz de (org.), et al. Pesquisa participativa em saúde: vertentes e veredas. São Paulo; Instituto de Saúde; 2018. p. 566. Disponível em: <http://www.tramas.ufc.br/wp-content/uploads/2020/01/metodologias_participativas_final.pdf>. Acesso em: 04 mar. 2021

WALLERSTEIN, Nina. Empoderamento e participação da Comunidade na efetividade da Promoção da Saúde. São Paulo; B. Téc. Senac: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 35, n.2, maio/ago. 2009. Entrevista concedida a Vera Lucia Góes Pereira Lima. Disponível em: < https://www.bts.senac.br › bts › article › download>. Acesso em: 28 maio 2021.

VIANA, Verônica Pinheiro. Abordagens teóricas da pesquisa-ação participativa em saúde: uma revisão de escopo. Tese de Doutorado (Universidade do Estado do Rio de Janeiro- Faculdade de Enfermagem). Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: <https://www.bdtd.uerj.br:8443/bitstream/1/18032/2/Tese%20-%20Ver%C3%B4nica%20Pinheiro%20Viana%20-%202019%20-%20Completa.pdf >. Acesso em: 09 de fev. 2023.

 

Apreciação aprovado: CONEP Plataforma Brasil:

CAAE: 45606621.5.0000.5284

Número do Parecer: 4.844. 483

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Luciana Bachetti Cestari, Universidade Estácio de Sá - Unesa

Possui graduação em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo- ES (2009). Mestre em Saúde da Família (Universidade Estácio de Sá-UNESA-RJ). Especialista em Terapia Nutricional (Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória- EMESCAM); Especialista em Gestão em Saúde (Universidade Federal do Espírito Santo- UFES); Especialista em Obesidade e Transtornos Alimentares (Faculdades Integradas de Jacarepaguá- FIJ). Atualmente atua como Nutricionista na Atenção Primária à Saúde no município de Presidente Kennedy-ES (desenvolvendo e monitorando ações de Vigilância Alimentar e Nutricional, promoção e prevenção em saúde); bolsista do Ciclo Saúde (Centro de Promoção da Saúde- CEDAPS- como facilitadora e sistematizadora de oficinas de formação profissional utilizando metodologia participativa- para o fortalecimento da Atenção Básica- SUS, uma parceria entre as Secretarias Municipais de Saúde dos municípios que contemplam o programa, a Vale, o CEDAPS e a UNESA-RJ- acompanhamento e suporte no desenvolvimento e realização das frentes dos projetos do programa: apoio à Gestão, as equipes de APS, com atividades (on-line e presencial) de Promoção/Educação em Saúde. Tendo como áreas de interesse: Saúde Coletiva, Saúde da Família, Vigilância Alimentar e Nutricional, Segurança Alimentar e Nutricional, Promoção e Prevenção em saúde.

Catalina Kiss, Universidade Estácio de Sá - UNESA

Farmacêutica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e através do exercício profissional em hospitais públicos, privados e na gestão da assistência farmacêutica pela vida. Títulos de Especialista em Gestão Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública, Gestão Pública Municipal de Saúde pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e de Farmacêutica Hospitalar em Oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer. Mestre em Saúde da Família pela Universidade Estácio de Sá e Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professora do Programa de Pós-graduação em Saúde da Família pela Universidade Estácio de Sá. Gosta de dialogar sobre: análise de políticas públicas, especialmente, do campo da Assistência Farmacêutica, incluindo a política industrial, se atreve com a história e a área da economia da saúde.

Publicado

2023-10-06

Cómo citar

Cestari, L. B. ., & Kiss, C. (2023). As Reflexões do método da Pesquisa Ação Participativa na Saúde Coletiva : Diálogos com os resultados de uma pesquisa na Atenção Primária à Saúde e outros autores. Revista Eletrônica Mutações, 16(26), 135–146. Recuperado a partir de //periodicos.ufam.edu.br/index.php/relem/article/view/12219