Entre partidas e partilhas
um poema-homenagem a Carlos Rodrigues Brandão
Resumo
Brandão...
Tecer versos sobre partidas
nunca foi meu forte.
Gosto mesmo é de escrever sobre as partilhas:
não daquelas que dividem,
mas das que buscam pelo com,
o com dos compartilhamentos.
Brandão...
Seja em versos ou em prosas,
suas escrevivências sempre nos ensinam muito:
a importância da escuta,
o valor do diálogo,
o papel da luta,
o sentido do estar com.
Brandão...
Entre palavras-ações,
você integrava saberes, práticas e utopias.
Sempre lembraremos da sua paixão pela cultura do povo,
da sua vocação literária,
da sua antropologia militante,
do seu projeto de educação popular.
Brandão...
Sua partida me enche de ambivalências.
Anoitece e fico fitando o céu,
imaginando qual das estrelas você se tornou.
Lido com as lágrimas,
com o luto de saber que nunca mais te encontrarei
pelos cantos e recantos dos nossos Brasis.
Brandão...
Ao mesmo tempo, memórias me invadem:
relembro o quanto você está entre nós,
o quanto seu legado semeou
e continua semeando
tantas bonitezas, alegrimias, bem-viveres.
Sorrio, pela sensação de gratidão por continuar conosco.
Brandão...
Saiba que muitos pássaros,
por aqui, por ali, por acolá,
continuarão praticando o que aprendemos com você:
plantaremos palavras-sementes,
construiremos uma educação popular,
brandaremos por uma sociedade justa!
Obrigado, eterno Carlos Rodrigues Brandão!
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