Políticas Curriculares do Ensino Básico em Moçambique
proposta do modelo curricular de aprendizagem solidária de inspiração progressista
Resumo
A Primeira República preocupou-se com agenda cultural do povo moçambicano através da educação, respeitando sempre o intercâmbio com outros povos, sem perder de vista a identidade nacional. Para isso, ficou discutido e decidido, de forma consensual, que todos deveriam ser responsáveis e vigilantes na construção e implementação de uma filosofia de vida que se pretendia construir em Moçambique e que a educação foi vista como uma prioridade para a materialização desse “sonho”. Portanto, com a modernização do Estado influenciado pela globalização houve crise de valores, hábitos e costumes locais nos centros de formação tanto na sociedade em geral. Assim, com vista revitalização de valores sócio-culturais posto em crise pela globalização, principalmente, no Ensino Básico, propõe-se um modelo curricular baseado em inteligência social, isto é, uma aprendizagem ancorada em saberes, valores, hábitos e costumes locais. A partir da fundamentação teórica de Tapia (2006) propôs-se a aprendizagem solidária, de inspiração progressista, como alternativa ao modelo curricular do Ensino Básico em Moçambique.
Palavras-chave: Cultura; Ensino Básico e Aprendizagem Solidária
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