A pseudoqualidade da gestão integrada da escola (GIDE) na SEMED/Manaus
DOI:
https://doi.org/10.29280/rappge.v6i01.10668Resumo
Este artigo faz um convite à leitura da tese denominada Escola não é empresa: a pseudoqualidade da GIDE nas escolas de Manaus, que foi premiada, na área da Educação, pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Amazonas (Propesp/UFAM), no ano de 2021. Problematiza a enunciada qualidade educacional propagada pela GIDE na Semed/Manaus no período de 2014 a 2018, sob a consultoria da Empresa Instituto Áquila. Fundamenta-se em autores clássicos e contemporâneos tanto da tradição marxista quanto empresarial. A pesquisa baseia-se em análise documental, de contratos estabelecidos entre a Semed/Manaus e a Empresa Instituto Áquila, além de questionários e entrevistas semiestruturadas. Conclui que, por meio da GIDE com seus elementos rígidos de monitoramento do trabalho escolar, a Rede Municipal de Ensino colabora para o preparo da barata mão de obra, “certificada” e facilmente substituível do Polo Industrial de Manaus. Deste modo, a tese ora apresentada contribui para o enfrentamento dos inúmeros desafios amazônicos, uma vez que aborda uma temática de inegável relevância que necessita ser integrada a estudos similares tanto no âmbito local quanto em outros países da América Latina que convivem com processos similares de privatização da gestão e pedagógicos. Destaca que a prática empresarial levada a efeito por meio da GIDE replicada nas escolas de Manaus produz uma pseudoqualidade do ensino e resultará na desqualificação do trabalho peculiar da própria escola.
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