UM OLHAR SOBRE ATIVIDADES PARA ENSINO DE LEITURA E ESCRITA EM ESCOLAS INDÍGENAS

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Resumo

O trabalho surge da proposta da disciplina Ensino e Aprendizagem da Leitura e da Escrita - EALE, que solicitou a realização de seminário, no qual deveria discutir algum aspecto da Pesquisa de Doutorado em relação ao ensino de leitura e de escrita, articulando-o com a bibliografia apresentada no Plano de Ensino para analisar os dados elencados para realização da atividade. Nesse sentido, elegeu-se atividade proposta como diagnóstica e realizada, nas escolas das aldeias, pelos alunos da Turma Alto Rio Negro do Curso de Licenciatura em Formação de Professores Indígenas, no intervalo entre um módulo e outro vinculando-a ao objetivo específico do Projeto[1] de Doutorado - Mapear as experiências e práticas docentes dos professores indígenas, discentes do Curso de Licenciatura em Formação de Professores Indígenas. No que se refere ao referencial teórico, priorizou-se Belintane (2008), Marcuschi (2001), Possenti (2002), Pécora (2002), Riofi (2013), Auroux (2014), considerando a reflexão sobre oralidade, a natureza das atividades sobre leitura e escrita e a autoria. As atividades de ensino da leitura e da escrita realizadas pelos alunos, nas escolas de suas aldeias, revelam a reprodução de “uma concepção de escrita como um aborrecido exercício de cristalização de formas, uma redução de seu papel ao papel a ser preenchido”.


[1] Título do Projeto: Das Políticas de Línguas à Escola Indígena: O percurso para formação linguística e docência indígena

Biografia do Autor

Jonise Nunes Santos, Universidade Federal do Pará Universidade Federal do Amazonas

Referências

AUROUX, S. A revolução tecnológica da gramatização. 3 ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2014. Tradução: Eni Puccinelli Orlandi.

BELINTANE, C. Vozes da escrita: em tempos de crianças e menestréis. Estilos da Clínica, 2008, vol. XIII, n. 25, p. 36-51.

HAVELOCK, E. A equação oralidade – cultura escrita: uma fórmula para a mente moderna. OLSON, D.; TORRANCE, N. Cultura escrita e oralidade. SP: Ática, 1998.

MARCUSCHI, L. A. Capítulo I – Oralidade e letramento. In: Da fala para a escrita. Atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.

ONG, W. Oralidade e cultura escrita: a tecnologização da palavra. Campinas: Papirus, 1998.

PÉCORA, A. Problemas de Argumentação. In. Problemas de Redação. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

POSSENTI, S. Indícios de autoria. Perspectiva. Florianópolis, vol. 20, n˚ 01, jan/jun.

RIOFI, C. O aluno e o uso das novas tecnologias: A discursividade contemporânea e a Constituição da Subjetividade. BARBOSA, J. B., BARBOSA, M. V. (Org.). Leitura e Medicação: Reflexões sobre a formação do professor. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2013.

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Publicado

2017-09-20

Como Citar

SANTOS, J. N. UM OLHAR SOBRE ATIVIDADES PARA ENSINO DE LEITURA E ESCRITA EM ESCOLAS INDÍGENAS. Revista Amazônida: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas, [S. l.], v. 1, n. 2, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/amazonida/article/view/3550. Acesso em: 24 abr. 2024.