A Agenda política brasileira e paranaense para a educação escolar indígena

Autores

  • Keros Mileski Centro Universitário Ingá - Uningá
  • Rosângela Célia Faustino Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.29280/rappge.v7i01.10383

Resumo

O artigo analisa a política para a educação escolar indígena (EEI) brasileira e do estado do Paraná, em específico as principais legislações paranaenses que orientam a organização da EEI no território estadual. Para tanto apresenta o panorama da escola intercultural como expressão da política educacional alinhada às orientações dos organismos internacionais que fundamentou a política educacional brasileira em todas as modalidades. Fundamentados na concepção materialista histórica das categorias Estado, políticas internacionais e reestruturação neoliberal, foram analisados documentos nacionais e estaduais, evidenciando-se que o projeto de educação intercultural permitido pelo Estado brasileiro aos povos indígenas, no momento de grandes movimentos sociais nos anos de 1980, alinhou-se a uma agenda conduzida e propagada por agências e organismos internacionais como uma estratégia de consenso para a implantação das reformas neoliberais. Esta política educacional elaborou e aprovou um extenso volume de leis possibilitando mudanças em todos os âmbitos das escolas indígenas, para negociar o consenso, porém, que não se viabilizam na prática, pois escolas indígenas permanecem com espaços físicos inadequados, ausência de concursos públicos para contratação de professores e técnicos indígenas, ausência de materiais específicos e formação inicial e continuada de professores. Na gestão escolar são poucos os diretores e pedagogos indígenas nas escolas.

Biografia do Autor

Keros Mileski, Centro Universitário Ingá - Uningá

Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação (PPE/UEM) com Bolsa CNPq com intercâmbio realizado na Graduate School of Arts & Sciences of Washington University in St. Louis - EUA (bolsa Washu e bolsa Programa Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior PDSE/CAPES), sob a supervisão do Professor Ph.D. Bret Gustafson, no ano de 2015. Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (2013 com Bolsa CNPq). Especialista em Atendimento Educacional Especializado pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), Educação a Distância (EaD) pela Universidade Estadual de Maringá (2012). Graduado em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá (2009). Atualmente Professor no Departamento de Educação Física do Centro Universitário Ingá - Uningá

Rosângela Célia Faustino, Universidade Estadual de Maringá

Pós-Doutora em Conhecimento e Inclusão Social em Educação (FAE/UFMG-MG). Doutora em Educação (PPGE/UFSC). Mestre em Fundamentos da Educação (PPE/UEM). Graduada em Historia (UEM) e Pedagogia (FAINSEP). É Professora das licenciaturas de Pedagogia (UEM/PR) e Pedagogia Indígena (UNICENTRO/PR). Atua no Programa de Pós-Graduação em Educação PPE/UEM-PR (Mestrado e Doutorado), Linha: História, Politicas e Práticas Pedagógicas. É chefe do Departamento de Teoria e Prática da Educação - DTP/UEM (Gestão 2020/2022), coordenadora do GEPEI - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Escolar e Superior Indígena no Paraná, coordenadora do Programa Saberes Indígenas na Escola/SIE (MEC/SEMESP) - Rede (UFES, UFMG, USP, UEM, UFSC, UFRGS). Tem experiência em Formação de Professores, Currículo Intercultural, Gestão Escolar, Política Educacional, Inclusão e Diversidade

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Publicado

06-04-2023

Como Citar

MILESKI, K.; FAUSTINO, R. C. A Agenda política brasileira e paranaense para a educação escolar indígena. Revista Amazônida: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas, [S. l.], v. 7, n. 01, 2023. DOI: 10.29280/rappge.v7i01.10383. Disponível em: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/amazonida/article/view/10383. Acesso em: 22 dez. 2024.