Uma leitura do discurso de acreanidade nos espaços públicos rio-branquenses (1999 – 2019)

a reading of acreanidade in public spaces (1999 – 2019)

Autores

  • Antonio Maicon Bezerra Universidade Federal do Acre (UFAC)

DOI:

https://doi.org/10.38047/rct.v15.FC.2023.dha1.p.1.24

Palavras-chave:

Cidade; arquitetura; discurso.

Resumo

Em 1999, o engenheiro florestal Jorge Viana, foi eleito governador do Estado do Acre, estabelecendo desde então, uma hegemonia política do Partido dos Trabalhadores no Acre. Essas gestões, foram marcadas por uma forte política patrimonial de intervenção nos espaços públicos. A despeito disso, objetivamos promover uma reflexão sobre os sentidos estéticos, narrativos e discursos, subjacentes as alterações arquitetônicas promovidas pelos governos petistas no Acre. Essa empreitada contou com as contribuições de Sandra Pesavento (2002), Maria de Jesus Morais (2016) e Ana Carla C. Lima (2011), indispensáveis ao estudo e análise do discurso de acreanidade. O conceito de discurso, o concebemos como emergência e descontinuidade, usado com base em Michel Foucault (2008). Tais leituras, juntamente com pesquisa documental e pesquisa de campo. Nos levou a compreender as transformações urbanas, realizadas na cidade de Rio Branco, Acre, como uma tentativa de criar um ecossistema de aceitação das políticas defendidas pelo partido dos trabalhadores, sobretudo, aquelas direcionadas para o extrativismo, a exploração madeireira e o ecoturismo.   

Referências

ACRE. Governo do Estado do Acre. Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Acre, Fase II (Escala 1:250.000): Documento síntese. Rio Branco, Ac: SEMA, 2010. Disponível em: http://www.amazonia.cnptia.embrapa.br/publicacoes_estados/Acre/Fase%202/Documento_Sintese.pdf. Acesso em 05 de março de 2023.

ACRE. LEI Nº 1.972. Dispõe sobre o Plano Plurianual para o quadriênio 2008-2011 e dá outras providências. Plano Plurianual-PPA 2008-2011. Rio Branco: 27 de dezembro de 2007. Disponível em: http://acre.gov.br/wp-content/uploads/2019/02/PPA_2008_2011.pdf. Acesso em: 05 de abril de 23.

ARAÚJO, Damiana Nascimento de. Ambientalismo e acreanidade: Espaços de memória e cultural no Governo da Frente Popular (1999-2017). 2017. Dissertação (Mestrado em Letras: Linguagem e Identidade) – Universidade Federal do Acre – UFAC, Rio Branco, AC, 2017. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5058419. Acesso em: 08 de maio de 2023.

FARIAS, Thais. Museu que homenageia Revolução Acreana está abandonado. AC 24 Horas, Rio Branco, AC, 15 de junh. 2021. Disponível em: https://ac24horas.com/2021/06/15/museu_que-homenageia-heroi-da-revolucao-acreana-esta-abandonado/. Acesso em: 05 de julho de 2021.

GUIMARÃES JÚNIOR, Isac de Souza. A Construção discursiva da Florestania: Comunicação, identidade e política no Acre. 2008. Dissertação (Mestrado em Comunicação e mediação) – Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói-RJ, 2008. Disponível em: https://encurtador.com.br/yMNP6. Acesso em: 05 de março de 2023.

HALL, Stuart. A identidade na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Lamparina, 2020.

LIMA, Ana Carla Clementino de. Palácio Rio Branco: Linguagens de uma arquitetura de poder no Acre. 2011. Dissertação (Mestrado em Letras: Linguagem e Identidade) Universidade Federal do Acre, Rio Branco-Ac, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/download/628/341/1547. Acesso em: 08 de maio de 2023.

MORAIS, Maria de Jesus. “Acreanidade”: Invenção e reinvenção da identidade acreana. Rio Branco: Edufac, 2016.

NORA, Pierre. Entre memória e história: A problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, n. 10, dez. 1993, p.7-28. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/12101/8763. Acesso em: 03 de abril de 2023.

PINTO, Araújo Sardinha. O discurso identitário nos museus de Rio Branco, Acre: Uma análise de narrativas expositiva. 2014. Dissertação (Mestrado em Museologia) – Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 2014. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/103/103131/tde-12012015-105744/publico/AgdaSardinhaREVISADA.pdf. Acesso em: 15 de Abril de 2023.

PINHO, Kelton. Em Rio Branco, museu a céu aberto em homenagem a Plácido de Castro está abandonado. G1 ACRE, Rio Branco, Ac, 05 setembro. 2019. Disponível em: http://glo.bo/3aAqyX7. Acesso em: 05 de junho de 2021.

RICOEUR, Paul. A memória, a história e o esquecimento. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.

SOUZA, João José Veras de. Seringalidade: A Colonialidade no Acre e os Condenados da Floresta. 2016. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) – Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis, SC, 2016. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/173673/344122.pdf?sequence=1&isAllowed=y. acesso em: 10 de maio de 2023.

VIANA, Ana Paula Bousquet. Palácio Rio Branco: O Palácio que virou museu. 2011. Dissertação (Mestrado em Bens Culturais e Projetos Sociais) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: https://encurtador.com.br/boyZ4. Acesso em: 06 de junho de 2023.

Downloads

Publicado

2023-12-30

Como Citar

Bezerra, A. M. (2023). Uma leitura do discurso de acreanidade nos espaços públicos rio-branquenses (1999 – 2019): a reading of acreanidade in public spaces (1999 – 2019). Canoa Do Tempo, 15, 1–24. https://doi.org/10.38047/rct.v15.FC.2023.dha1.p.1.24

Edição

Seção

Dossiê-História Ambiental: interdisciplinaridade, transnacionalidade e desafios