Retomada Gãh Ré

esforços para uma etnografia do particular

Autores/as

  • Eduarda Heineck Fernandes PPGAS-UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.29327/2702935.10.1-12

Palabras clave:

Retomada Gãh Ré; Kaingang; Morro Santana; Teoría Antropológica.

Resumen

Este artículo tiene como objetivo explorar las acciones de un colectivo Kaingang territorializada en Morro Santana, Porto Alegre, a partir del proceso de recuperación territorial, considerando tres inflexiones significativas en la antropología: (1) las críticas a la autoridad etnográfica, (2) las críticas feministas y decoloniales, y (3) las críticas más-que-humanas. Para ello, propongo una postura reflexiva y experimental en relación con las teorías mencionadas, basada en un trabajo de campo que comenzó en 2022 y que aún está en curso. Los Kaingang de la Retomada Gãh Ré se relacionan con Morro Santana de múltiples maneras, ya que el territorio evoca la memoria ancestral de los pueblos indígenas. Guiados por Gah Té, una mujer Kanherú, cacica (jefa) y kujà (líder espiritual), los indígenas luchan por preservar su tierra ancestral, que estaba a punto de ser entregada a la especulación inmobiliaria para la construcción de un condominio de lujo.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Eduarda Heineck Fernandes, PPGAS-UFRGS

Mestranda em Antropologia Social pelo PPGAS/UFRGS, Cientista Social pela UFRGS e bacharela em Relações Internacionais pela ESPM-Sul. É pesquisadora integrante do Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas e Tradicionais (NIT/PPGAS-UFRGS) e do Núcleo de Antropologia e Cidadania (NACi/PPGAS-UFRGS). Possui experiência de estágio em Antropologia na Secretaria de Justiça do Rio Grande do Sul, nas pautas de regularização fundiária para assentamento indígena, em apoio ao Conselho Estadual dos Povos Indígenas (CEPI-RS) e ao Comitê de Atenção a Migrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas de Tráfico de Pessoas do Rio Grande do Sul (COMIRAT-RS). Áreas de interesse: etnologia indígena, relações interétnicas, reprodução social, antropologia econômica, antropologia histórica, antropologia política, conflitos fundiários e retomada de terras.

Citas

Alarcon, Daniela Fernandes. O retorno da terra: as retomadas na aldeia Tupinambá da Serra do Padeiro, sul da Bahia. Editora Elefante, 2019.

Asad, Talal; Reinhardt, Bruno. Introdução a "Anthropology and the Colonial Encounter", Talal Asad. Ilha, Revista de Antropologia, v. 19, n. 2, p. 313-327, 2017.

Clifford, James. Sobre a autoridade etnográfica. In: Clifford, James. A Experiência Etnográfica. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2008.

Krenak Ailton. “A Potência do Sujeito Coletivo”. Entrevista concedida a Jailson de Souza e Silva. Revista Periferia, vol. 1, n. 1, 2018.

Pratt, Mary Louise. “Ciência, consciência planetária, interiores” e “Narrando a anticonquista”. In: Pratt, Mary Louise. Os olhos do império: relatos de viagem e transculturação. Bauru: Edusc, 1999, p. 41-125.

Wynter, Sylvia. Unsettling the coloniality of being/power/truth/freedom: towards the human, after man, its overrepresentation - an argument. CR: The New Centennial Review v. 3, n. 3, 2003, 257-337.

Geertz, Clifford. Obras e vidas: o antropólogo como autor. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002.

Haraway, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos pagu, n. 5, p. 7-41, 1995.

Overing, Joanna. O xamã como construtor de mundos: Nelson Goodman na Amazônia. Idéias: revista do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, ano 1, n. 2, 1994, 81-118.

Wagner, Roy. “A presunção da cultura” e “A cultura como criatividade”. In: Wagner, Roy. A

invenção da cultura. São Paulo: Cosac & Naify, 2010, p. 27-73.

Abu-Lughod, Lila. A escrita contra a cultura. Equatorial, v. 5, n. 8, 2018, 193-226.

Comaroff, Jean; Comaroff, John. Etnografia e imaginação histórica. Revista Proa, v. 2, n. 1, 2010, 1-72.

Oyěwùmí, Oyèrónké. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Rio de Janeiro: Bazar do Tempos, 2021.

MacClintock, Anne. Couro imperial: raça, gênero e sexualidade no embate colonial. Campinas: Editora da Unicamp, 2010.

Krenak, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

Quijano, Aníbal. Colonialidad del poder y classificación social. Castro-Gomez, S.; Grosfoguel, R. El Giro Decolonial. Bogotá: Siglo de Hombre Editores, 2007. pp. 93-125.

Quintero, Pablo. Mito-lógicas del diablo en el Chaco argentino. Espaço Ameríndio. v. 9, n. 1, 2015.

Maréchal, Clémentine; Gah Té, Iracema. Sonhar, curar, lutar: Colonialidade, xamanismo e cosmopolítca kaingang no Rio Grande do Sul. Curitiba: Editora Primas, 2017.

Maréchal, Clementine, Heineck, Eduarda; Brandalise, Guilherme; Rodrigues, Milena; Quintero, Pablo; Magalhães, Alexandre; Silva, Gustavo; Valdez, Ramiro. Nota Técnica acerca da ancestralidade indígena Kaingang e Xokleng no território denominado Gãh Ré no Morro Santana em Porto Alegre. 2022.

Maréchal, Clémentine; Quintero, Pablo. Populações kaingang, processos de territorialização e capitalismo colonial/moderno no Alto Uruguai (1941-1977). Horizontes Antropológicos, v. 26, n. 58, 2020.

Gonzalez, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Revista Tempo Brasileiro, n. 92-93, 1988, p. 69-82.

Federici, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Editora Elefante, 2017, p. 377-418.

Tsing, Anna. Viver nas ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno. Brasília: IEB Mil Folhas, 2019.

Cadeña, Marisol de la. Natureza incomum: histórias do antropo-cego. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 69: 95-117, 2018.

Ferdinand, Malcom. Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho. São Paulo: Ubu, 2022, p. 45-94.

Publicado

2025-10-31