O USO DE GEOTECNOLOGIAS NA ANÁLISE DE DA ILHA DE CALOR, ÍNDICE DE VEGETAÇÃO E USO DA TERRA
Resumo
O processo de urbanização da Região Metropolitana de São Paulo vem
ocorrendo com tamanha intensidade que deixa marcas profundas na paisagem com sequelas de degradação
ambiental, interferindo na qualidade de vida. Esta pesquisa tem como objetivo identificar o grau de
degradação do espaço tendo como referencial os mapas termais e de uso e ocupação do solo no Município
de São Paulo-SP. O mapeamento foi feito com o uso de imagens multiespectrais orbitais do satélite
LANDSAT 5 e processadas no software TNT Mips 2010 MicroImages. Com tal metodologia foi possível
correlacionar níveis médios de temperatura com o grau de uso e ocupação do solo, estabelecendo padrões
de degradação da paisagem. As temperaturas mais elevadas estão associadas as áreas com alto grau de
poluição do ar e conseqüentemente, com áreas mais ocupadas, como o centro da cidade de São Paulo e em
áreas industriais, mostrando assim menor qualidade ambiental. Nas áreas residenciais, a quantidade de
cobertura vegetal está relacionada com a qualidade de vida de seus habitantes, também diretamente ao
tamanho e nível das edificações presentes nesses espaços. As casas destinadas à moradia da classe alta são
envoltas por grandes jardins em que é dado ao extrato arbóreo um papel de destaque. Contrariamente, é
rara a presença de coberturas vegetais entre conjuntos de moradias construídas em aglomerados e favelas,
assim como áreas industriais. Diante do exposto, as imagens de satélite contribuem para identificar as
áreas mais degradadas do Município de São Paulo.
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