CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA DOS MINERAIS PESADOS DA UNIDADE SEDIMENTAR NEÓGENA AFLORANTE NA ZONA DE CONFLUÊNCIA DOS RIOS NEGRO E SOLIMÕES, AMAZÔNIA CENTRAL
DOI:
https://doi.org/10.21170/geonorte.2024.V.15.N.48.82.98Resumo
O presente estudo tem como objetivo a caracterização mineralógica de minerais pesados na caracterização mineralógica da unidade sedimentar neógena, informalmente denominada de Formação Novo Remanso, aflorante nas margens dos rios Negro, Solimões e Uatumã (Amazônia Central). Na última década, essa formação foi individualizada por meio de estudos de fácies sedimentares e palinologia, sendo posicionada discordantemente sobre a unidade cretácea (Formação Alter do Chão) do Grupo Purus, Bacia do Amazonas. A metodologia dos minerais pesados tem se mostrado uma ferramenta eficaz na diferenciação dessas formações que sustentam grande parte do relevo desta porção da Amazônia, principalmente em locais onde a relação de contato não é evidente e\ou encontra-se encoberto. Além disso, outro fator primordial que dificulta a individualização das formações nos afloramentos é a semelhança de fácies sedimentares, as quais são indicativas de paleoambiente deposicional fluvial, que por vezes, mostram-se ainda modificadas por processos pedogenéticos superimpostos. Os dados mineralógicos obtidos nesse estudo mostram que a unidade sedimentar neógena apresenta uma assembleia ultraestável a instável de minerais pesados, com uma diversidade de grãos de ZTR (zircão, turmalina e rutilo), além de silimanita, estaurolita, cianita, epídoto, apatita, topázio, anfibólio (hornblenda) e, menos frequentemente, granada. Essa assinatura mineralógica pode servir de padrão para estudos paleogeográficos e de proveniência sedimentar, que associam a deposição da Formação Novo Remanso à implantação do paleosistema de drenagem da Bacia do Amazonas, que migrava de oeste para leste, no Neógeno.
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