A RELAÇÃO DOS INGARIKÓ - TERRA INDÍGENA RAPOSA SERRA DO SOL COM O PARQUE NACIONAL DO MONTE RORAIMA-UIRAMUTÃ/RR/BRASIL

Autores/as

  • Márcia Teixeira Falcão Universidade Estadual de Roraima
  • Marcelo Santos da Silva
  • Dayana Machado Rocha

Palabras clave:

Parque Nacional do Monte Roraima. Ingarikó. Conselho consultivo

Resumen

O presente artigo tem como objetivo demonstrar a relação entre os ingarikó com Parque Nacional do Monte Roraima (PNMR), através da percepção dos índios sobre a implantação do Conselho Consultivo. A área de estudo abrange a Terra Indígena Raposa Serra do Sol (TIRSS), área ingarikó, etnia que está diretamente sobreposta ao PNMR. A metodologia considerou estudos já realizados anteriormente, bem como visitas in loco, produção de etnomapas que demonstram a relação dos índios com o PNMR, e entrevistas com os líderes das comunidades Manalai, Mapaé e Serra do Sol. Os resultados demonstram que a relação dos índios com o PNMR se configura como mística, no qual infere ao povo que vive na região, respeito e proteção, bem como discutem a implantação do conselho consultivo em parceria com o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade - ICMBio, que visa à gestão compartilhada do Parque. Os resultados demonstram que alguns ingarikó, em especial os mais velhos, ainda são resistentes a presença do PNMR e a implantação do conselho consultivo. No entanto, atualmente o ICMBio realizando palestras junto aos índios, participação nas assembleias do povo ingarikó e realizando programas de capacitação de agentes ambientais ingarikó, com objetivo de salvaguardarem a área, que se configura pela riqueza de espécies endêmicas e morada do povo ingarikó.  

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Márcia Teixeira Falcão, Universidade Estadual de Roraima

Docente do Deparatmento de Geografia da UERR

Citas

ALBUQUERQUE, U.P.; LUCENA, R.F.P.; LINS NETO, E.M.F. 2010. Seleção dos participantes da pesquisa. In: Albuquerque, U.P.; Lucena, R.F.P.; Cunha, L.V.F.C. (Org.). Métodos e técnicas na pesquisa etnobiológica e etnoecológica. Recife-PE: NUPEEA. (Col. Estudos & avanços).
AUBRECHT, R.; LÁNCZOS, T.; SCHLÖGL, J.; VLČEK, L.; ŠMÍDA, B. 2013. Arenitic caves In Venezuelan Tepuis: what do they say about tepuis themselves? Karst And Caves In Other Rocks, Pseudokarst. Proceedings ICS. Disponível em: < http://www.fns.uniba.sk/fileadmin/user_upload/editors/geol/aubrecht/Publications/03-Papers/1-Scientific/56-Origin_of_tepuis.pdf >. Acesso em: 22/08/2013.
BARBOSA, R.I.; CAMPOS, C.; PINTO F.; FEARNSIDE, P.M. 2007. The “Lavrados” of Roraima: Biodiversity and Conservation of Brazil’s Amazonian Savannas. Functional Ecosystems and Communities. 1(1). p.29-41.
BRASIL. Constituição .1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico.
COSTA, J.A.; FERNANDES, M.L. 2012. Monte Roraima e Pico da Neblina: pontos culminantes do Brasil. In: Hasui, Y.; Dal Ré Carneiro, C.; Almeida, F.F.M.; Bartorelli, A. (Org.). Geologia do Brasil. São Paulo: Beca. p.190-199.
ICMBio, 1999. Parna do Monte Roraima. Plano de Manejo, Encarte 05. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/amazonia/unidades-de-conservacao-amazonia/1984-parna-do-monte-roraima>. Acesso: 20 abr. 2015.
FALCÃO, M.T. Ambiente e conhecimento tradicional da etnia Ingarikó na terra indígena Raposa Serra do Sol – Roraima: abordagem etnocientífica no estudo do uso da terra. 2016. 105f. Tese. (Doutorado em Biodiversidade e Conservação) – Museu Paraense Emilio Goeldi Belém – PA, 2016.
FERNANDES, B.M. Movimentos socioterritoriais e movimentos socioespaciais. Observatorio Social de América Latina., v. 16, pp. 273-284. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
GOTTMANN, J. A evolução do conceito de território. Boletim Campineiro de Geografia, vol. 2, nº 3, 2012. p. 523-545.
LAURIOLA, V.M. 2003. Ecologia global contra diversidade cultural? Conservação da Natureza e Povos Indígenas no Brasil. O Monte Roraima e Terra Indígena Raposa-Serra do Sol. Ambiente & Sociedade. Vol.1. jan/jul. p. 165-189.
LAURIOLA, V.M. 2011. De quem é o Monte Roraima? Terras indígenas e unidades de conservação entre os dilemas da conservação na Amazônia brasileira. Passages de Paris. 6. p. 53-110.
MUÑOZ, L.E.A.; JAVA, J. Z. 2012. Conocimientos tradicionales Ticuna en la agricultura de chagra y los mecanismos innovadores para su protección. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Hum., Belém, v. 7, n. 2, maio-ago. p. 417-433.
RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. Tradução de Maria Cecília França. São Paulo: Ática, 1993.
REIS, N.J. 2006. Monte Roraima, RR - Sentinela de Macunaíma. SIGEP (série: Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil). CPRM. p. 89-98.
SCARDUA, F.P. 2004. Manejo sustentável no Parna do Monte Roraima e na TI Raposa/Serra do Sol. In: Ricardo, F. (Org.). Terras indígenas & unidades de conservação da natureza – o desafio das sobreposições. São Paulo: Instituto Socioambiental. p. 432-442.
SILVEIRA, E.D. 2010. Meio ambiente, terras indígenas e defesa nacional: direitos fundamentais em tensão nas fronteiras da Amazônia Brasileira. Curitiba: Juruá.

Publicado

2019-02-09

Cómo citar

Falcão, M. T., Santos da Silva, M., & Machado Rocha, D. (2019). A RELAÇÃO DOS INGARIKÓ - TERRA INDÍGENA RAPOSA SERRA DO SOL COM O PARQUE NACIONAL DO MONTE RORAIMA-UIRAMUTÃ/RR/BRASIL. REVISTA GEONORTE, 9(31), 184–194. Recuperado a partir de //periodicos.ufam.edu.br/index.php/revista-geonorte/article/view/4075

Artículos más leídos del mismo autor/a