ATRIBUTOS FÍSICOS, QUÍMICOS E MINERALÓGICOS DE FORMAÇÕES SUPERFICIAIS OXÍDICAS-ALTO URUGUAI/RS
DOI:
https://doi.org/10.21170/geonorte.2025.V.16.N.53.394.416Palabras clave:
Ambiente Subtropical, Pedogeoquímica, materiais oxídicosResumen
A pesquisa buscou conhecer os atributos químicos, físicos e mineralógicos dos materiais que compõem seção representativa de superfície geomórfica situada em Trindade do Sul/RS. A seção localiza-se na margem esquerda do Rio Uruguai, alto curso, em unidade geomorfológica Planalto das Araucárias. Em campo foi individualizada a seção, descritos os atributos macromorfológicos e coletado os materiais. Em laboratório realizou-se análises físicas (granulometria e descrição dos clastos que compõem linha de pedras), químicas (macronutrientes; ataque sulfúrico da fração argila; teores de ferro - livre, total e amorfo; química quantitativa total -FRX) e mineralógica (mineralogia por difração de raios-X - DRX). A seção corresponde a corte vertical na rodovia RS 324, apresentando 900 cm de material exposto. A macromorfologia, associada aos macronutrientes, permitiu identificar 5 horizontes na seção: Ap, AB, Bw1, Bw2 e BC, além de presença de linha de pedras situada na transição do Bw2 para o BC. Esta é constituída por fragmentos arredondados, cor preta com manchas amareladas, textura lisa a pouco rugosa, com alta concentração de Fe2O3 (77,4%), Al2O3 (5,5%) e SiO2 (2,8%). Os materiais indicam estágio avançado de intemperismo, com presença de minerais secundários do grupo dos Filossilicatos - Caulinita e Vermiculita hidróxi entre camadas, bem como de Óxi-Hidróxidos - Gibsita, Goethita, Hematita, Anatásio e Rutilo. A Caulinita e Gibsita indicam condições de formações pedogeoquímicas do tipo monosialitização. Os atributos analisados dos materiais da seção representativa de Trindade do Sul/RS classificam-se como LATOSSOLO Bruno Distroférrico de caráter alumínico, profundo, além de indicar gênese alóctone dos materiais parentais.
Descargas
Citas
ALMEIDA, F.F.M. O Planalto Basáltico da Bacia do Paraná. Boletim Paulista de Geografia, 24, p. 03-34, 1956.
BECH, J.; RUSTELLET, J.; GARRIGÓ, J.; TOBÍAS, F. J.; MARTÍNEZ, R. The iron contente of some red mediterranean soils Spain and pedogeonic significance. Catena., n. 28, p. 211-229,1997
BIFFI, V. H. R. Evolução de encosta em contexto de paleocabeceira de drenagem da bacia do rio Capão Grande no Quaternário Tardio – Superfície de Punhão/Guarapuava. Dissertação (mestrado em Geografia) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Francisco Beltrão: 2019.
BOUTTON, T. W. Stable carbon isotope ratios of soil organic matter and their use as indicators of vegetation and climate change. In “Mass Spectrometry of Soils” (T. W. Boutton and S. Yamasaki, Eds.), pp. 47–82. Dekker, New York. (1996)
CONSTANTINI, E.A.C. et al. Using the analysis of iron oxides in paleosols (TEM, geochemistry and iron forms) for the assessment of presente and past pedogeneses. Quaternary International, p. 200 – 2011, 2006.
CURI, NILTON. Lithosequence and toposequence of oxisols from Goiás and Minas Gerais States, Brazil. Purdue University, 1983.
CURI, N. & KAMPF, N. Caracterização do solo. In: KER et al. (Editores). Pedologia – Fundamentos. Viçosa, MG: SBCS, 2012.
DEER, W.A.; HOWIE, R.A.; WISE, W.S.; ZUSSMAN, J. Rock-forming minerals. Vol. 4B Framework Silicates-Silica Minerals, Feldspathoids and the Zeolites. 2ª Edição, The Geological Society, London, 2004.
DE PLOEY, Jan. O estudo de processos geomorfológicos e a interpretação dos depósitos quaternários. Revista do Instituto Geológico, v. 6, n. 1-2, p. 7-13, 1985.
DEWOLF, Y. – Intérét et príncipes d’une cartographie des formations superficielles. Assoc. Public. Fac. Lettres Caen, 1965, 183p.
EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2.ed. Rio de Janeiro: EMPRABA, 2006
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa em Solos. Manual de métodos de análises de solo. 2.ed. Rio de Janeiro: Centro Nacional de pesquisa de solos, 1997. 212p.
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisas de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos / Humberto Gonçalves dos Santos [et al.]. – 5. ed., rev. e ampl. − Brasília, DF : Embrapa, 2018. 356
FUMIYA, Marcel Hideyuki; SANTOS, Leonardo José Cordeiro; RIFFEL, Silvana Bressan. Morphostratigraphy of Ferruginous Duricrusts in the Northwest of Paraná. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 20, n. 4, 2019
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual técnico de pedologia. 2.ed. Rio de Janeiro, 2006. 316p. (Manuais técnicos em geociências, n.4).
INDA JUNIOR, Alberto Vasconcellos. Caracterização de goethita e hematita em solos poligenéticos. 2002.
KAMPF, N; CURI, N. & MARQUES, J.J. Intemperismo e Ocorrência de minerais no ambiente do solo. In: MELO, V de F.; ALLEONI, L.R.F. (Editores). Química e Mineralogia do Solo: parteI – conceitos básicos. Viçosa, MG: SBCS, 2009.
KAUL, et. al. Geologia. In: Levantamento de recursos naturais, v. 35 - Folha SG.22 Curitiba, parte da Folha SG.21 Asunción e Folha SG.23 Iguape. Rio de Janeiro: IBGE, 2018.
KARIN, A. The pedological significance of titanium. J. Soil Sci., V. 4, n.1, pag. 56 – 58, 1953.
MELFI, A. J.; PEDRO, G. Estudo geoquímico dos solos e formações superficiais do Brasil: considerações sobre os mecanismos geoquímicos envolvidos na alteração - superficial e repartição no Brasil. Revista Brasileira de Geociências. n.8, p. 11-22, 1978
MOORE, D.M. & REYNOLDS, R.C. X-Ray diffraction and the identification and analysis of clay minerals. New York, Oxford University Press, 1997, 378p.
NARDY, A. J. R et al. Geologia e Estratigrafia da Formação Serra Geral. São Paulo, UNESP, Geociências, v.21, n 1 e 2, p.15-32, 2002
PACHECO, Fernando Estevão Rodrigues Crincoli et al. Basaltic ring structures of the Serra Geral Formation at the southern Triângulo Mineiro, Água Vermelha region, Brazil. Journal of Volcanology and Geothermal Research, v. 355, p. 136-148, 2018
PAISANI, J.C.; PONTELLI, M.E.; MANFREDINI, L.; RIBEIRO, F.J.; LIMA, S. Identificação de superfícies geomórficas entre Abelardo Luz (SC) e Erechim (RS) – Bases para compreender a evolução do relevo no vale do rio Uruguai, sul do Brasil. Revista Geonorte, Edição Especial 4, v.10, N.4, p.79-85, 2014.
PAISANI, J. C.; PONTELLI, M. E; ANDRES, J. Superfícies aplainadas em zona morfoclimática subtropical úmida no Planalto Basáltico da Bacia do Paraná (SW Paraná/ NW Santa Catarina): primeira aproximação. Geociências, São Paulo, v.27, n.4, p.541-553, 2008.
PAISANI, Julio Cesar et al. Pedogeochemistry and micromorphology of oxisols–a basis for understanding etchplanation in the Araucárias Plateau (Southern Brazil) in the Late Quaternary. Journal of South American Earth Sciences, v. 48, p. 1-12, 2013.
PAISANI, J. C. et al. Subtropical Araucaria Plateaus. In: SALGADO, A. A. R.; SANTOS, L. J. C.; PAISANI, J. C. The Physical Geography of Brazil: Environment, Vegetation and Landscape. Springer Nature Switzerland: 2019.
PEDRO, G. A Alteração das rochas em condições superficiais (perimorfismo) - Caracterização Geoquimíca dos processos fundamentais. Notícia Geomorfológica. Campinas, v.9, n. 17, p. 1-90, jun.,1969.
PETTIJOHN, F. J. Sedimentary rocks: Harper andBrothers. 1957.
QUEIROZ NETO, José Pereira. Relações entre as vertentes e os solos: revisão de conceitos. Revista Brasileira de Geomorfologia, 2011.
RESENDE, M.; CURI, N.; KER, J. C.; REZENDE, S. B. Mineralogia de solos brasileiros: interpretação e aplicações. Lavras: Editora UFLA, 2005.
RIBEIRO, Simone Cardoso; DE LIMA, Flavia Jorge. Depósitos de encostas em regiões tropicais: uma abordagem sobre a formação de colúvios. Revista Geonorte, v. 3, n. 5, p. 334-342, 2012.
ROSSATO, Maíra Suertegaray. Os climas do Rio Grande do Sul: variabilidade, tendências e tipologia. 2011.
ROSSETTI, Lucas et al. Lithostratigraphy and volcanology of the Serra Geral Group, Paraná-Etendeka Igneous Province in southern Brazil: Towards a formal stratigraphical framework. Journal of Volcanology and Geothermal Research, v. 355, p. 98-114, 2018.
SANTOS, et al.. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 5. ed., rev. e ampl. − Brasília, DF : Embrapa, 2018
SANTOS, João Cláudio Alcantara dos. Paleogeografia e paleoambientes do baixo curso do rio Ivaí-PR. 2013. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Maringá.
SCHENEIDER, R.L.; MÜHLMANN, H., TOMMASI, E., MEDEIROS, R.A., DAEMON, R.F.; NOGUEIRA, A.A. Revisão estratigráfica da Bacia do Paraná. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 28, 1974, Porto Alegre. Anais..Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Geologia, 1974, p. 41-65.
SUGUIO, K. Geologia sedimentar. Editora: Blucher, São Paulo, 2003.
THOMAS, Michael Frederic et al. Geomorphology in the tropics: a study of weathering and denudation in low latitudes. John Wiley & Sons, 1994
TSAI, H. et al. Pedogenic correlation of lateritic river terraces in central Taiwan. Geomorphology. Science Direct, p. 201-213, 2007.
WEBER, R. S. The importance of Cr horizons in soil classification and interpretations. Soil Science Society of America Journal, v. 45, p. 596-599, 1981.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 REVISTA GEONORTE

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
