CONTROLE TECTÔNICO PÓS-RIFT EM ESCARPAS DE PLANALTO DA BORDA MERIDIONAL DA BACIA DO JATOBÁ
DOI:
https://doi.org/10.21170/geonorte.2023.V.14.N.46.26.46Palabras clave:
Evolução de margens passiva, geomorfometria, Escarpa Sedimentar, Borda Meridional da Bacia do JatobáResumen
Considerando o Nordeste Oriental como um vasto cenário de domínios morfoestruturais ligados à evolução pós-rifte da abertura do atlântico sul e a pulsos tectônicos recentes, tem-se como um conspícuo exemplo a borda meridional da Bacia Sedimentar do Jatobá, onde consta-se a presença de blocos alçados acima da superfície de cimeira regional e anomalias ligadas à padrões fluviais locais. Assim, este trabalho propôs a investigação dos mecanismos da evolução topográfica pós-rifte atuantes na área, a partir de condicionantes morfoestruturais e evidências na drenagem, utilizando de parâmetros morfológicos e morfométricos. A partir da aplicação dos índices de sinuosidade de frente de montanha (sfm), índice de declividade do canal normalizado (ksn) e pela extração de lineamentos do relevo, constou-se anomalias em padrões de drenagem (como kinicpoints e padrões retilíneos) e compartimentos do relevo (como rupturas de patamares e alinhamento aos principais trends estruturais regionais de direção preferencial NW-SE), corroborando com a hipótese de que movimentações tectônicas cenozoicas, pela manutenção de escarpas erosivas em planaltos sedimentares de que possuem cotas topográficas semelhantes aos planaltos cristalinos, numa mesma superfície alçada num contexto de margem passiva.
Descargas
Citas
ARRUDA, M. G. C.; CORRÊA, A. C. B. Compartimentação Morfoestrutural como Instrumento para Reconstrução da Evolução Geomorfológica da Borda Sudeste da Bacia do Jatobá, Pernambuco. VII SINAGEO, 2008
BRITO NEVES, B.B., VAN SCHMUS, W.R., SANTOS, E.J., NETO, M., KOZUCH, M. 1995. O evento Cariris Velhos na Província Borborema: integração de dados, implicações e perspectivas. Rev. Bras.de Geoc., v. 25, n. 4, p. 279- 296.
BULL, W. B.; MCFADDEN, Leslie D. Tectonic geomorphology north and south of the Garlock fault, California. In: Geomorphology in arid regions. Routledge, 1977. p. 115-138.
CHRISTOFOLETTI, A. Some recent Brazilian studies in fluvial geomorphology. Progress in Physical Geography, v. 4, n. 3, p. 414-420, 1980.
CORRÊA, A. C. B. et al. Megamorfologia e morfoestrutura do Planalto de Borborema. Revista do Instituto Geológico, v. 31, n. 1-2, p. 35-52, 2010.
DEMEK, J. (Ed) Manual of detailed geomorphological mapping. Praga: Comm. Goomorph. Surv. Mapping. IGU, 1972. 368p.
FLINT, J. J. Stream gradient as a function of order, magnitude, and discharge. Water Resources Research, v. 10, n. 5, p. 969-973, 1974.
GONTIJO, A. H. F. Morfotectônica do médio vale do rio Paraíba do Sul, leste do Estado de São Paulo. Tese de Doutorado. Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1999. 265 p.
GUZMÁN, J. et al. Estratigrafia da Bacia de Jatobá: estado da arte. Estudos Geológicos, v. 25, n. 1, p. 53-76, 2015.
HIRUMA, S.T. Neotectônica no Planalto de Campos de Jordão, SP. Dissertação (Mestrado em Geologia Sedimentar). Instituto de Geociências – USP. São Paulo. 1999. 102p.
HIRUMA, S.T. Significado tectônico dos planaltos isolados da Bocaina. Universidade de São Paulo, Tese de doutorado. São Paulo, 2007, 205p
GURGEL, S. P. P.; BEZERRA, F. H. R.; CORRÊA, A. C.B.; MARQUES, F O.; MAIA, R. P. Cenozoic uplift and erosion of structural landforms in NE Brazil. Geomorphology, Amsterdam, v. 186, n. 1, p. 68 - 84, 2013.
HACK, J. T. Stream-profile analysis and stream-gradient index. Journal of Research of the us Geological Survey, v. 1, n. 4, p. 421-429, 1973.
HOWARD, A. D.; KERBY, G. Channel changes in badlands. Geological Society of America Bulletin, v. 94, n. 6, p. 739-752, 1983.
JELINEK, A. R.; GOMES, L. C. C.; BICCA, M. M. Evolução termotectônica fanerozoica da margem continental na área do Rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá. Pesquisas em Geociências. Vol. 47, n. 1 (2020), e0823, 2020.
MAIA; R. P. BEZERRA, F. H. R. Potiguar Basin: Diversity of Landscapes in the Brazilian Equatorial Margin. In: VIEIRA, B. C.; SALGADO, A. A. R.; SANTOS, L. J. C. Landscapes and landforms of Brazil. Dordrecht: Springer, 2015. p. 147-156.
MAGNAVITA, L. P.; CUPERTINO, J. A. Concepção atual sobre as bacias de Tucano e Jatobá, Nordeste do Brasil. B. Geociências PETROBRÁS, v. 1, n. 2, p. 119-134, ago/dez. 1987.
MANOEL, J. L.; ROCHA, P. C. Composição hierárquica dos canais fluviais das bacias hidrográficas dos rios Aguapeí e Peixe. Revista Geonorte, v. 5, n. 20, p. 228-232, 2014.
MARQUES, F. O.; NOGUEIRA, F. C. C.; BEZERRA, F. H. R.; CASTRO, D. L. The Araripe Basin in NE Brazil: An intracontinental graben inverted to a high-standing horst. Tectonophysics, v. 630, n. 1, p. 251-264, 2014.
MISSURA, R. Bacia do Riacho Pioré - PE, Análise Morfotectônica e Morfoestratigráfica (Tese de Doutorado). Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2013.
NOGUEIRA, F. C. C.; MARQUES, F. O.; BEZERRA, F. H. R.; CASTRO, D. L. FUCK, R. A. Cretaceous intracontinental rifting and post-rift inversion in NE Brazil: Insights from the Rio do Peixe Basin. Tectonophysics, v. 644-645, n. 1, p. 92-107, 2015.
OLIVEIRA, G. P. Evolução morfoestrutural e morfotectônica pós-rifte de divisores de drenagem em ambientes de margem passiva: o caso do Nordeste oriental brasileiro. 2019. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco.
OLIVEIRA, G. P. de; MEDEIROS, D. B. S. de .; TEIXEIRA BATISTA, C. MAPEAMENTO E ANÁLISE MORFOESTRUTURAL DO MACIÇO DE JOÃO DO VALE (RN-PB). Revista de Geociências do Nordeste, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 18–27, 2020. DOI: 10.21680/2447-3359.2020v6n1ID20033. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revistadoregne/article/view/20033. Acesso em: 24 out. 2022.
OLIVEIRA, V. F. et al. Atividade neotectônica na borda norte da bacia do Araripe-CE: evidências a partir de índices morfométricos. Geosciences = Geociências, v. 37, n. 3, p. 523-541, 2018.
Peraro, A.A. 1995. Caracterização sísmica do tectonismo transcorrente na Bacia do Jatobá. In: Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica. Rio de Janeiro: Anais... p.1-3.
PIKE, R. J.; WILSON, S. E. Elevation-relief ratio, hypsometric integral, and geomorphic area-altitude analysis. Geological Society of America Bulletin, v. 82, n. 4, p. 1079-1084, 1971.
STRAHLER, A. N. Statistical analysis in geomorphic research. The journal of Geology, v. 62, n. 1, p. 1-25, 1954.
STRAHLER, A. N. Part II. Quantitative geomorphology of drainage basins and channel networks. Handbook of Applied Hydrology: McGraw-Hill, New York, p. 4-39, 1964
WHIPPLE, K. X., Wobus, C., Crosby, B., Kirby, E., & Sheehan, D. (2007). New tools for quantitative geomorphology: Extraction and interpretation of stream profiles from digital topographic data. GSA short course, 506, 1-26.
WOBUS, C. et al. Tectonics from topography: Procedures, promise, and pitfalls. Special paper geological Society of America 398: 55. 2006.
TAVARES, B. A. C. Evolução morfotectônica dos pedimentos embutidos no planalto da Borborema, Nordeste do Brasil. 2015. 251 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Programa de Pós Graduação em Geografia, Universidade Federal do Pernambuco, Recife, 2015.
TAVARES, B. A. C. et al. Modelagem de Imagens LANDSAT 5 TM e dados ASTER para identificação dos pedimentos na superfície de cimeira no Planalto da Borborema, Maciço da Serra da Baixa Verde, PE/PB. Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, 2011.
VASCONCELOS, D. L.; BEZERRA, F. H. R.; MEDEIROS, W. E.; CASTRO, D. L.; CLAUSEN, O. R.; VITAL, H; OLIVEIRA, R. G. Basement fabric controls rift nucleation and post-rift basin inversion in the continental margin of NE Brazil. Tectonophysics, v. 751, p. 23-40, 2019.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).