Avaliação da suscetibilidade à erosão ao longo da RJ-165 (Estrada Paraty-Cunha) através da análise das propriedades físico-químicas dos solos

Autores

  • Luiz Fernando Tavares Cardoso da Silva
  • Antônio José Teixeira Guerra

Palavras-chave:

Erosão. Geomorfologia. Estrada Paraty-Cunha.

Resumo

O presente artigo propõe analisar a erodibilidade dos solos da Estrada Paraty-Cunha no estado do Rio de Janeiro através de ensaios e análises de solo do seu leito e entorno, verificando como estes materiais contribuem para torná-la mais ou menos suscetível à erosão. Também conhecida como RJ-165, esta estrada serviu, em parte, como rota de escoamento de ouro das Minas Gerais em direção ao porto de Paraty nos séculos XVIII e XIX. Após a criação do Parque Nacional da Serra da Bocaina em 1971 a estrada passa a ter restrições em relação às melhorias, ficando em estado de degradação. No que diz respeito às análises físicas dos solos, ocorreram amostras com alta concentração de areia fina e silte (645 g/kg) – partículas mais suscetíveis à erosão – bem como teores baixos de matéria orgânica no leito da estrada (0,1%) – elemento que contribui para a coesão do solo – e valores altos de compactação do solo (2,78 g/cm³), favorecendo o aumento do escoamento superficial. O ensaio de escoamento superficial demonstrou que grande quantidade de material (17292,5 kg/ha) pode ser erodido num evento pluviométrico com duração de uma hora e escoamento superficial constante de 50 ml/s. Em 2013 um acordo entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Governo do Estado do Rio de Janeiro viabilizou a pavimentação e a transformação desta via em estrada-parque, fato que visa a preservação ambiental e a consequente contenção da erosão dos solos.

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Publicado

2016-06-17

Como Citar

Cardoso da Silva, L. F. T., & Teixeira Guerra, A. J. (2016). Avaliação da suscetibilidade à erosão ao longo da RJ-165 (Estrada Paraty-Cunha) através da análise das propriedades físico-químicas dos solos. REVISTA GEONORTE, 6(25), 1–23. Recuperado de https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/revista-geonorte/article/view/10.21170.2015.6.25.1

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