ANÁLISE MORFOMÉTRICA E DO USO DA TERRA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO DA ONÇA, PRESIDENTE PRUDENTE- SP

Morphometric analysis and land use of the hydrographic basin of córrego da Onça, Presidente Prudente- SP

Autores

  • Edmiler José Silva Degrande Unesp/Presidente Prudente
  • Glauber Verner Firmino Unesp/ Presidente Prudente

DOI:

https://doi.org/10.21170/geonorte.2020.V.11.N.38.125.145

Palavras-chave:

Morfometria; Bacia hidrográfica; Planejamento ambiental.

Resumo

O presente trabalho visa analisar as características morfométricas e do uso da terra na bacia hidrográfica do córrego da Onça, no município de Presidente Prudente- SP, como subsídio ao planejamento ambiental da área em questão. O estudo parte do pressuposto teórico metodológico exposto por Christofoletti (1980), sendo analisados dados referentes ás características morfométricas: linear, areal e hipsométricas da bacia e ainda de suas relações com u uso da terra Os dados base foram extraídos de imagens Shuttle Radar Topography MissionSRTM, os quais foram processados nos softwares Arc Gis 10.3 e Google Earth, e então, calculados os valores morfométricos, já o mapeamento do uso da terra foi realizado com o uso de imagens de satélite Landsat 7 e 8. A partir dos resultados quantitativos obtidos, a bacia hidrográfica do córrego da Onça foi classifica como de drenagem dendrítica, possuindo hierarquia de drenagem de 4ª ordem. Sua classificação como retangular, de forma alongada, lhe concede certa estabilidade quanto ao risco de cheias, considerando sua média de precipitação anual, sem eventos extremos. A baixa densidade de drenagem e o médio índice de rugosidade do relevo reforçam o caráter de estabilidade da bacia à picos de cheias, entretanto, a predominância de solos suscetíveis a erosão, além do processo de ocupação inadequada da área, demonstram a necessidade de procedimentos de uso e manejo da terra de modo sustentável. Dessa forma a metodologia aplicada e os resultados obtidos têm se mostrado importantes como ferramenta ao planejamento ambiental e consequentemente na atenuação de impactos ambientais adversos.

Biografia do Autor

Glauber Verner Firmino, Unesp/ Presidente Prudente

Mestrando em geografia pela Unesp de Presidente Prudente

Referências

BOIN, M.N. 2000. Chuvas e Erosões no Oeste Paulista: Uma Análise Climatológica Aplicada. Tese (Doutorado em Geociências e Meio Ambiente). Rio Claro: UNESP. 264p
DURY, H. G. Tidal Stream Action and Valley Meanders. Geographical Research, 1969.
BRASIL. Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Disponível em: <http:// www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9433-8-janeiro-1997-374778-norma-pl.html>. Acesso em: 10/8/2019.
CHRISTOFOLETTI, A. Análise morfométrica das bacias hidrográficas do Planalto de Poços de Caldas. 1970. 215p. Tese (Livre Docência). Faculdade de Filosofia, Universidade Estadual de São Paulo, Rio Claro, 1970.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blücher, 1980, 186p.
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação – Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 1999.
FUSHIMI, M. Vulnerabilidade ambiental aos processos erosivos lineares nas áreas rurais do município de Presidente Prudente – SP. 2012. 141f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente.
GODOY, M. C. T. F. Estudo hidrogeológico das zonas não saturada e saturada da formação Adamantina, em Presidente Prudente, Estado de São Paulo. 1999. 156f. Tese (doutorado em recursos minerais e hidrogeologia) - Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências, São Paulo.
GRANELL-PÉREZ, M. C. Trabalhando Geografia com as cartas topográficas. Ijuí: Ed. Unijuí, 128p. 2001.
GUERRA, A. J. T; CUNHA, S. B. C. Geomorfologia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
HORTON, R. E. Erosional development of streams and their drainage basins: Hydrographical approach to quantitative morphology. Geological Society of America Bulletin, v.56, n.2, p.275-370, 1945.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Geociências. Disponível em:
<https://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.htm>. Acesso em: 20/08/2019.
INPE – INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Banco de Dados Geomorfométricos do Brasil. Topodata. s.d. Disponível em: < http://www.dsr.inpe.br/topodata/dados.php>. Acesso em: 10/08/2019.
LEE, D.R; SALLE, G.T. Amethod of mensuaring shape. Geographic Review, p.555-563, 1970.
MELTON, M. A. An analysis of the relations among of climate, surface properties and
geomorphology. Technical Report, 1957, Dept. Geology, Columbia University.

MILLER, V.C. A quantitative geomorphic study of drainage basians characteristic in the Clinch Mountain area. Technical Report. [s.l.: s.n.],1953.
MONTEIRO CAF. 1973. A dinâmica climática e as chuvas do estado de São Paulo: estudo geográfico sob forma de atlas. São Paulo: USP. 130p.

NUNES, J. O. R.; FREIRE, R.; PEREZ, I. U. Mapeamento Geomorfológico do perímetro urbano do município de Presidente Prudente-SP. In: VI Simpósio Nacional de Geomorfologia; I.A.G. Regional Conference on Geomorfology, 2006, Goiânia. Anais... Goiânia: União da Geomorfologia Brasileira; International Association of Geomorphologists, 2006.
ROCHA, J.S.M. Manual de Projetos Ambientais. Santa Maria: Imprensa Universitária,1997.423p.
Rocha JSM, Kurtz SMJM (2001) (Org.) Manual de Manejo Integrado de bacias Hidrográficas. Santa Maria: Editora da UFSM, 282 p.
ROSS, J. L. S. Geomorfologia, Ambiente e Planejamento, Editora Contexto, São Paulo. 1990. 85p.
_________; MOROZ, I. C. Mapa geomorfológico do Estado de São Paulo. Rev. do Departamento de Geografia (USP), São Paulo, n. 10, 1996.

SANTOS, R. F. dos. Planejamento ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2004. 184 p
SOUSA, F.A; RODRIGUES, S.C. Aspectos morfométricos como subsídiomao estudo da condutividade hidráulica e sucetibilidade erosiva dos solos. Mercator, Fortaleza, v.11, n. 25, p. 141-151, mai/ago. 2012
STRAHLER, A.N. 1953, Hypsometric (area-altitude) analysis and erosional topography, Geological Society of America Bulletin v. 63, p. 1117-1142.
STRAHLER, A. N. 1957. Quantitative analysis of watershed geomorphology. Transactions of the American Geophysical Union, v.38, n.6, p.913–920, 1957.
STRALHER, A. Quantitative geomorphology of drainage basins and channel net work. Handbook of Applied Hidrology, p. 4-76, 1964.
SCHUMM, S. A. Sinuosity of alluvial rivers on the great plains. Bulletin of Geological Society of America. v. 74 , n. 9, 1963.
SUMMERFIELD, Michael A. Global Geomorphology: an introduction of the study of landforms. Essex. Longman Scientifi c & Technical. 1991.
Tonello, K. C. 2005, Análise Hidroambiental da Bacia Hidrográfica da Cachoeira das Pombas, Guanhães, MG, Dissertação de Mestrado, UFV.
VILLELA, Swami M.; MATTOS, Arthur. Hidrologia aplicada. São Paulo: McGraw-Hill, 1975.

Downloads

Publicado

2020-12-16

Como Citar

Degrande, E. J. S., & Firmino, G. V. (2020). ANÁLISE MORFOMÉTRICA E DO USO DA TERRA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO DA ONÇA, PRESIDENTE PRUDENTE- SP: Morphometric analysis and land use of the hydrographic basin of córrego da Onça, Presidente Prudente- SP. REVISTA GEONORTE, 11(38), 125–145. https://doi.org/10.21170/geonorte.2020.V.11.N.38.125.145

Edição

Seção

Artigos