The importance of traditional populations for the conservation of sociobiodiversity in the riozinho do anfrísio extractive reserve, Altamira, Pará
DOI:
https://doi.org/10.21170/geonorte.2025.V.16.N.53.417.436%20%20%20Keywords:
Sociobiodiversity, Landscape, BeiradeirosAbstract
The Extractive Reserves are Conservation Units aimed at ensuring the sustainable use of natural resources by traditional populations. The multiple use of natural resources is a common subsistence strategy among forest-dwelling populations. The study aims to identify useful plant species, their uses, and highlight the importance of traditional populations for the conservation of sociobiodiversity in the Riozinho do Anfrísio Extractive Reserve, Pará. Nineteen localities were visited. Data collection was done through participant observation and the application of semi-structured questionnaires, obtaining information about the respondents' profiles, useful species, their uses, and perceptions. Importance Value Indexes (IVs) and Consensus of Use (UCs) were calculated for qualitative analyses, and the Shannon-Wiener Diversity Index (H’) was used for quantitative analysis. A total of 161 botanical species belonging to 53 families were identified. Fabaceae and Arecaceae were the families with the highest number of citations. The species Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl., Attalea speciosa Mart., Carapa guianensis Aubl., and Euterpe precatoria Mart. presented the highest Importance Value Indexes. Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl. showed the highest IVs=1 and UCs=2.1 values. The most cited categories of use were food, medicinal, and commercial. The Shannon-Wiener diversity index was H’=2.15, demonstrating a high diversity of species knowledge. The diversity of knowledge among the populations of the Extractive Reserve highlights their importance for the conservation of biological and cultural diversities and their resilience in the face of the climate emergency we are facing.
Downloads
References
AB'SÁBER, AZIZ NACIB. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. Ateliê editorial, 2003.
ALARCON, DANIELA FERNANDES; TORRES, MAURÍCIO. “Não tem essa lei no mundo, rapaz!”: a Estação Ecológica da Terra do Meio e a resistência dos beiradeiros do alto Rio Iriri. São Paulo: ISA – Instituto Socioambiental; Altamira: AMORA – Associação de Moradores da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, 2014.
ALBUQUERQUE, U. P.; LUCENA, R. F. P.; CUNHA, L. V. F. C. Métodos e técnicas na pesquisa etnobotânica. 2ª edição. Recife: COMUNIGRAF, 2008.
ALCORN, J. B. The scope and aims of ethnobotany in a development world. Ethnobotany: evolution of a discipline, p. 23-39, 1995.
ALMEIDA, L. D., GAMA, J. R. V., OLIVEIRA, F. D. A., CARVALHO, J. O. P. D., GONÇALVES, D. C. M., ARAÚJO, G. C. Fitossociologia e uso múltiplo de espécies arbóreas em floresta manejada, Comunidade Santo Antônio, município de Santarém, Estado do Pará. Acta Amazonica, v. 42, p. 185-194, 2012.
BALÉE, WILLIAM L.; MOORE, DENNY. Similarity and variation in plant names in five Tupi-Guarani languages (Eastern Amazonia). Biological Science 35: 209-262, 1991.
BALÉE, WILLIAM. Culturas de distúrbio e diversidade em substratos amazônicos. As Terras Pretas de Índio da Amazônia: sua Caracterização e uso deste conhecimento na criação de novas áreas. Manaus: Embrapa Amazônia, p. 48-52, 2009.
BARROS, FLÁVIO BEZERRA. Etnoecologia da pesca na reserva extrativista Riozinho do Anfrísio–Terra do Meio, Amazônia, Brasil. Amazônica-Revista de Antropologia, v. 4, n. 2, p. 286-312, 2012.
BEGOSSI, ALPINA. Use of ecological methods in ethnobotany: diversity indices. Economic botany, p. 280-289, 1996.
BERTRAND, GEORGES. Paisagem e geografia física global. Esboço metodológico. Revista RAEGA-O Espaço Geográfico em Análise, n. 8, p. 141-152, 2004.
Brasil. 2000. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Dispõem sobre a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Diário Oficial da União, Brasília, 2000.
BRASIL. 2004. Lei nº 9.985, de 08 de novembro de 2004. Dispõem sobre a criação da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, no Município de Altamira, Pará. Brasília. 2004.
BYG, A., BALSLEV, H. Diversity and use of palms in Zahamena, eastern Madagascar. Biodiversity and Conservation. v. 10, p. 951-970, 2001.
CAMACHO, LAURA ISABEL CASTELLANOS. Conocimiento etnobotánico, patrones de uso y manejo de plantas útiles en la cuenca del río Cane-Iguaque (Boyacá-Colombia): una aproximación desde los sistemas de uso de la biodiversidad. Ambiente & Sociedade, v. 14, p. 45-75, 2011.
CLEMENT, C. R., ARAÚJO, M. C., EECKENBRUGGE, G. C., PEREIRA, A. A., Rodrigues, D. P. Origin and Domestication of Native Amazonian Crops. Diversity v. 2, n. 1, p. 72-106, 2010.
CUNHA, M. C., ALMEIDA, M. B. Enciclopédia da Floresta. Companhia das Letras, São Paulo. 2002.
CUNHA, MANUELA CARNEIRO DA; MAGALHÃES, SÔNIA B.; ADAMS, CRISTINA. Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil: contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças. SBPC, São Paulo, 2021.
COSTA, J. R., CASTRO, A. B. C., WANDELLI, E. V., CORAL, S. C. T., SOUZA, S. A. G. Aspectos silviculturais da castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) em sistemas agroflorestais na Amazônia Central. Acta Amazonica, n. 39, p. 843-850, 2009.
DIEGUES, ANTÔNIO CARLOS. Os saberes tradicionais e a biodiversidade no Brasil, 2000.
DOBLAS, JUAN. Rotas do saque: violações e ameaças à integridade territorial da Terra do Meio (PA). São Paulo: Instituto Socioambiental, 2015.
Dos Santos, Maria Aparecida Corrêa. Levantamento de espécies vegetais úteis das áreas do Sucuriju e região dos Lagos no Amapá. In: Costa-Neto (orgs.), Inventário biológico das áreas do Sucuriju e região dos Lagos no Amapá. MMA/PROBIO/IEPA, Amapá, p. 80–106. 2006.
FEARNSIDE, PHILIP M. Desmatamento na Amazônia: dinâmica, impactos e controle. Acta amazônica, v. 36, p. 395-400, 2006.
FONSECA-KRUEL, V. S, ARAUJO, D. S. D, SÁ, C. F. C., PEIXOTO, A. L. Quantitative ethnobotany of a restinga forest fragment in Rio de Janeiro, Brazil. Rodriguésia, v. 60, p. 187-202, 2009.
FERNANDES-PINTO, ÉRIKA. Unidades de conservação e populações tradicionais: possibilidades de contribuição da etnobotânica. In: ABSY, M. L; ALMEIDA, F. D.; AMARAL, I. L. (org.). Diversidade vegetal brasileira: conhecimento, conservação e uso. Manaus: LXI Congresso Nacional de Botânica, 2010. p. 165 – 175.
GANDOLFO, ELISA SERENA; HANAZAKI, NATÁLIA. Etnobotânica e urbanização: conhecimento e utilização de plantas de restinga pela comunidade nativa do distrito do Campeche (Florianópolis, SC). Acta botanica brasilica, v. 25, p. 168-177, 2011.
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais). Plano de Manejo da Reserva Extrativista Chico Mendes, Brasília. 2007.
ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Plano de Manejo da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, Brasília. 2009.
ISA (Instituto Socioambiental). De olho na Bacia do Xingu. In: VILLAS-BÔAS, A (orgs.), Série Cartô Brasil Socioambiental. Instituto Socioambiental, São Paulo, 2012.
MING, L. C. Manejo de plantas medicinais na Reserva Extrativista Chico Mendes Acre. Revista de Ciências Agroveterinárias, v. 5, p. 33-49, 2006.
MARTÍN, G. J. Etnobotanica- manual de métodos. Série People and Plantas. WWF, UNESCO e Royal Botanical Garden, Kew, 1997.
OVIEDO, ANTÔNIO, DOBLAS, JUAN. Instituto Socioambiental – Isa – Nota Técnica: As Florestas precisam das pessoas. 2022. Disponível em: < as_florestas_precisam_das_pessoas.docx (socioambiental.org) > Acesso em (08 de março de 2023).
ROBERT, P., GARCÉS, C. L., LAQUES, A. E., COELHO-FERREIRA, M. A beleza das roças: agrobiodiversidade Mebêngôkre-Kayapó em tempos de globalização. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas. Belém, v. 7, p. 339-369, 2012.
PILLA, MILENA ANDREA CURITIBA; AMOROZO, MARIA CHRISTINA DE MELLO. O conhecimento sobre os recursos vegetais alimentares em bairros rurais no Vale do Paraíba, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 23, p. 1190-1201, 2009.
SALOMÃO, R. P., VIEIRA, I. C. G., SUEMITSU, C., ROSA, N. A., ALMEIDA, S. S., AMARAL, D. D., MENEZES, M. P. M. As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia Oriental. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ciências Naturais, V. 2, p. 57-153. 2007.
SHANLEY, P., ROSA, N. A. Conhecimento em Erosão: Um Inventário Etnobotânico na Fronteira de Exploração da Amazônia Oriental. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ciências Naturais, v. 1, p. 147-171. 2005.
TOLEDO, VICTOR MANUEL MANZUR; BARRERA-BASSOLS, NARCISO. A etnoecologia: uma ciência pós-normal que estuda as sabedorias tradicionais. Desenvolvimento e Meio ambiente, v. 20, p. 31-45, 2009.
TOLEDO, V. M. Ethnoecology: A conceptual framework for the study of indigenous knowledge of nature. In: Ethnobiology and biocultural diversity: Proceedings of the 7th International Congress of Ethnobiology, Athens, Georgia, USA, October 2000. International Society of Ethnobiology, c/o University of Georgia Press, p. 511-522, 2002.
URAMOTO, KEIKO; WALDER, JULIO MM; ZUCCHI, ROBERTO A. Análise quantitativa e distribuição de populações de espécies de Anastrepha (Diptera: Tephritidae) no campus Luiz de Queiroz, Piracicaba, SP. Neotropical Entomology, v. 34, p. 33-39, 2005.
VELÁSQUEZ, C.; VILLAS BOAS, A.; SCHWARTZMAN, S. Desafio para a gestão ambiental integrada em território de fronteira agrícola no oeste do Pará. Revista de Administração pública, v. 40, p. 1061-1075, 2006.
VERÍSSIMO, A.; ROLLA, A.; VEDOVETO, M.; FUTADA, S. M. Áreas Protegidas na Amazônia brasileira: avanços e desafios. Belém: IMAZON/ São Paulo: Instituto Socioambiental, 2011.
VILLAS-BÔAS, A., GARZÓN, B.R., REIS, C., AMORIM, L. &LEITE, L. Dossiê Belo Monte: Não Há Condições para a Licença de Operação. Instituto Socioambiental (ISA), Brasília, DF. P. 55, 2015. Disponível em: http://t.co/zjnVPhPecW
ZEIDEMANN, V; KAINER, K. A.; STAUDHAMMER, C. L. Heterogeneity in NTFP quality, access and management shape benefit distribution in an Amazonian extractive reserve. Environ Conservation, v. 41, n. 3, p. 242-252, 2013.
XINGU+, 2021. Xingu sob Bolsonaro: análise do desmatamento na bacia do rio xingu (2018-2020). 2021. Disponível em: < https://xingumais.org.br/acervo/xingu-sob-bolsonaro-analise-desmatamento-bacia-rio-xingu-2018-2020 > Acesso em (31 de novembro de 2023).
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 REVISTA GEONORTE

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
