NOTAS SOBRE A SELEÇÃO DE ANOS-PADRÃO PARA O ESTUDO DA GÊNESE E DA DINÂMICA CLIMÁTICA NO ESTADO DO TOCANTINS: ASPECTOS METODOLÓGICOS A PARTIR DA INCLUSÃO DO CRITÉRIO ESPACIAL
Resumo
Ao primar pelo uso de dados absolutos em detrimento das médias, a técnica de análise rítmica em
Climatologia demanda uma amostragem temporal normalmente operacionalizada pelo ano-padrão. Em
climas cuja característica mais marcante é o regime das chuvas, o recorte no conjunto de dados busca
quase sempre representar os padrões de pluviosidade, tidos como habitual, seco ou chuvoso. Este
artigo, de cunho metodológico, tem como foco o modo de seleção desses anos-padrão, ao demonstrar
os procedimentos adotados com essa finalidade, no projeto de elaboração do Atlas Climático do
Estado do Tocantins. Por se tratar de um trabalho em escala regional, a preocupação com o critério
espacial norteou tais procedimentos, para se identificar os anos que melhor representassem os
diferentes padrões de pluviosidade em todo o estado. Logo, além das medidas convencionais de
tendência central e de dispersão empregadas para escolha de anos-padrão, adotou-se a representação
espacial dos padrões, por intermédio da interpolação dos resultados obtidos para as estações
climatológicas disponíveis. Tal procedimento permitiu uma seleção mais acurada dos anos-padrão,
tendo sido identificados os anos de 2000 (chuvoso), 2001 (habitual) e 2007 (seco) como ideais para a
análise rítmica no escopo do projeto.
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