Paisagens em desaparecimento na Amazônia: fotografia e memória

Autores

  • Camila do Socorro Aranha dos Reis Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Este artigo pretende analisar a relação entre a fotografia e a memória como ferramentas que permitem recompor imageticamente as paisagens em desaparecimento na Amazônia oriental. Tem-se como ponto de interseção de discussão um estudo sobre imagem para compreender em que medida a fotografia e a memória evocam imagens de diferentes naturezas, que recompõem essas paisagens perdidas. Como objeto de estudo se tem um álbum de fotografias de uma família de pequenos agricultores que foram desapropriados no processo de implementação da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, situada na região da Volta Grande do Xingu, no sudoeste do Estado do Pará. Neste processo muitas paisagens foram destruídas para dar espaço aos canais de reservatório da Usina e aos paredões da barragem no rio Xingu, o que resultou no bloqueio do fluxo natural do rio. Será discutido aqui como a fotografia contribui para a ressignificação da memória local, uma vez que a partir dela pessoas podem, por exemplo, rememorar o passado antes da hidrelétrica.

Biografia do Autor

Camila do Socorro Aranha dos Reis, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutoranda em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Bacharela e licenciada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

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Publicado

2017-12-01

Como Citar

Aranha dos Reis, C. do S. (2017). Paisagens em desaparecimento na Amazônia: fotografia e memória. Revista Eletrônica Mutações, 8(15), 0157–0170. Recuperado de https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/relem/article/view/3540