Paisagens em desaparecimento na Amazônia: fotografia e memória

Autores/as

  • Camila Aranha dos Reis

Resumen

Este artigo pretende analisar a relação entre a fotografia e a memória como ferramentas que permitem recompor imageticamente as paisagens em desaparecimento na Amazônia oriental. Tem-se como ponto de interseção de discussão um estudo sobre o conceito de imagem para compreender em que medida a fotografia e a memória evocam imagens de diferentes naturezas, que recompõem a paisagem como um lugar dito. Como objeto de estudo se tem um álbum de fotografias de uma família de pequenos agricultores, que foi desapropriada no processo de implementação da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, situada na região da Volta Grande do Xingu, no sudoeste do Estado do Pará. Neste processo, muitas paisagens foram destruídas para dar espaço aos canais de reservatório da Usina e aos paredões da barragem no rio Xingu, o que resultou no bloqueio do fluxo natural do rio. Será discutido aqui como a fotografia contribui para a ressignificação da memória local, uma vez que a partir dela pessoas podem, por exemplo, rememorar o passado antes da hidrelétrica.

Palavras-chave: Paisagem, Memória, Fotografia, Imagem, UHE Belo Monte.

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Publicado

2017-06-29

Cómo citar

Reis, C. A. dos. (2017). Paisagens em desaparecimento na Amazônia: fotografia e memória. Revista Eletrônica Mutações, 8(14), 258–272. Recuperado a partir de //periodicos.ufam.edu.br/index.php/relem/article/view/3597