Uma proposta de Ensino de Ciências na Amazônia por meio da epistemologia de Ludwik Fleck
Resumo
Este artigo apresenta os resultados de uma análise preliminar que busca refletir a epistemologia de Ludwik Fleck (2010), articulada as concepções de museus ao longo de várias gerações, até chegar a concepção de ecomuseu, representada na organização do Ecomuseu do Seringal Vila Paraíso (ESVP). A pesquisa de cunho etnográfico e abordagem qualitativa, é complementada com observações de campo in lócus realizadas durante o ano de 2016 em uma escola municipal localizada na zona leste da cidade de Manaus-AM. Destarte, o objetivo geral analisar os estilos de pensamento empregados na organização dos museus, tomando como base a epistemologia fleckiana, tendo em vista o Ecomuseu do Seringal Vila Paraíso, como um espaço natural e cultural do contexto amazônico. Como estratégia da pesquisa, foram realizadas aulas dialogadas, produções textuais, desenhos e visita ao (ESVP), como parte das atividades realizadas junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Os resultados apontam que mesmo com o surgimento de novas concepções de museus, as antigas concepções não entram em ruptura, mas passam por uma fase de tensão. O (ESVP), dispõe de espaços e artefatos que podem ser articulados ao estudo da história da ciência e seus respectivos avanços tecnológicos, considerando as percepções dos alunos sobre a malária, como ponto de articulação com problemáticas socioambientais enfrentadas na Amazônia Legal, no passado e no presente.