Por uma teoria crítica do conhecimento:

a ciência em debate em uma sala de aula na Amazônia

Autores

  • Luiz Antonio Guerra Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Resumo

O presente artigo apresenta reflexões teóricas sobre a prática científica ocorrida na disciplina de Teoria do Conhecimento, ministrada em 2022 para discentes do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) na cidade de Parintins. O texto desenvolve-se em uma perspectiva crítica e descentrada dos espaços canônicos de produção de conhecimento, apresentando os conteúdos abordados, incluindo as principais referências bibliográficas utilizadas na disciplina ministrada. É um relato de experiência em sala de aula, com o objetivo de servir de exemplo para outros/as docentes e de referência para planejamentos pedagógicos e projetos de ensino, pesquisa ou extensão. Nesse sentido, reflito acerca dos resultados alcançados pelo curso, versando sobre os obstáculos enfrentados e sobre a construção coletiva sobre o fazer científico nas universidades brasileiras, a partir de um espaço acadêmico historicamente marginalizado na geopolítica da produção de conhecimento.

 

Referências

ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: Introdução ao jogo e às suas regras. São Paulo: Edições Loyola, 2000.

GALEANO, Eduardo. A função da arte/1. In: O livro dos abraços. Tradução de Eric Nepomuceno. 9. ed. - Porto Alegre: L&PM, 2002. p. 140.

HESSEN, Joannes. Teoria do conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. – Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

LÖWY, Michael.  As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen: marxismo e positivismo na sociologia do conhecimento, 7. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

MOSER, Paul; DWAYNE, Muler H.; TROUT, J. D. A teoria do conhecimento: uma introdução temática. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2008.

SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

SANTOS, B. S. Um Discurso sobre as Ciências. São Paulo: Cortez, 2008.

SANTOS, Boaventura de Sousa Santos; MENESES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições Almedina, 2009.

SCHIEBINGER, Londa. O feminismo mudou a ciência?. Bauru, SP: EDUSC, 2001.

SELL, Carlos Eduardo. Sociologia clássica: Durkheim, Weber e Marx. 7. edição. Petrópolis: Vozes, 2015.

SOUZA, Josias Ferreira.; ALBUQUERQUE, Renan; JUNQUEIRA, Carmen. Kapi: uma liderança clânica e afim. São Paulo: Alexa Cultural, 2020.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luiz Antonio Guerra, Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Licenciado, mestre e doutor em Sociologia. Em 2021, obteve o título de doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) com a tese "Mestres de ontem e de hoje: uma sociologia da viola caipira", que foi reconhecida com o Prêmio CAPES de Teses 2022 e o Prêmio Sílvio Romero do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (CNFCP-Iphan). É membro do Núcleo de Sociologia da Cultura da USP e professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Unidade de Parintins.

Downloads

Publicado

2022-10-10 — Atualizado em 2022-10-10

Como Citar

Guerra, L. A. (2022). Por uma teoria crítica do conhecimento:: a ciência em debate em uma sala de aula na Amazônia. Revista Eletrônica Mutações, 14(23), 39–53. Recuperado de //periodicos.ufam.edu.br/index.php/relem/article/view/10992