ESCOLARIZAÇÃO E AS ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL

Autores

  • Paulo Ogalha Centurione Junior Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)
  • Mara Weber Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)

Palavras-chave:

Altas Habilidades/Superdotação. Escolarização. Psicologia Histórico-Cultural.

Resumo

Este estudo pretendeu compreender de que forma a inserção na sala de altas habilidades contribui para a escolarização de alunos com altas habilidades/superdotação, principalmente a partir da concepção do próprio aluno, e como a psicologia histórico-cultural de Vigotski contribui para o entendimento do fenômeno. A pesquisa foi realizada se baseando na metodologia construtiva-interpretativa de González-Rey, assim como a pesquisa qualitativa de Minayo. A estrutura se desenvolveu por meio de um estudo com uma adolescente de 13 anos, inserida em uma sala de recursos de altas habilidades artísticas no Distrito Federal. A mediação entre pares foi observada como fundamental para o desenvolvimento de habilidades, no entanto, a mediação por parte do professor não pode ser observada diretamente. A participante relatou que a sua inserção na sala de recursos, assim como as instruções de seu professor foram cruciais para o desenvolvimento de suas habilidades. Há indícios também de outros fenômenos que circundam a escolarização da participante, como o fenômeno do impostor, a relação trabalho-gênero, e a maternidade, afetando a percepção que ela tem de sua escolarização.

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Biografia do Autor

Paulo Ogalha Centurione Junior, Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)

Atualmente, é mestrando em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília (UnB). Possui graduação em Psicologia pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) em 2020. Pós-Graduando em Psicologia Humanista - ACP pela União de Estudos e Pós-Graduação (UNEPOS). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Humanista, atuando principalmente nos seguintes temas: Abordagem Centrada na Pessoa, psicoterapia, altas habilidades/superdotação, relacionamento familiar, terapia afirmativa, população LGBTQIA+.

Mara Weber, Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)

Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997), graduação em Pedagogia pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2016), mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2005) e doutorado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2009). É docemte do curso de Psicologia do Centro Universitário de Brasília desde 2018. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Escolar, atuando principalmente nos seguintes temas: psicólogo escolar,psicologia do desenvolvimento, psicologia da aprendizagem, psicologia da educação, educação básica, políticas públicas educacionais brasileiras, Estatuto da Criança e do Adolescente. Experiência em docência nos cursos de especialização lato sensu da área de Educação e Administração. É integrante do Grupo de Trabalho de Psicologia Escolar e Educacional da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (Anpepp).

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Publicado

2024-10-29

Como Citar

Ogalha Centurione Junior, P., & Weber, M. A. L. (2024). ESCOLARIZAÇÃO E AS ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL. Pesquisa E Prática Em Educação Inclusiva, 4(7), e7628. Recuperado de //periodicos.ufam.edu.br/index.php/educacaoInclusiva/article/view/7628