Miçangas e política tarëno: algumas aproximações

Autores

  • Cecília de Santarém Azevedo de Oliveira Mestra em Antroplogia Social pela FFLCH/USP, Assessora indigenista junto ao Iepé - Instituto de Pesquisa e Formação Indígena

Resumo

Neste artigo, proponho olhar para os potes de miçangas das mulheres Tarëno (Tiriyó, Katxuyana, Txikiyana, habitantes da Terra Indígena Parque do Tumucumaque, no norte do Pará) destacando relações importantes na política ameríndia, e mostrando como se fundamenta no contexto da festa. Assim, o texto passa pelas características do sistema gráfico tarëno, pela ligação intrínseca entre miçangas, estabelecimento de parcerias e generosidade, e pela importância do casal, mais do que do homem, no cotidiano da chefia na região. Assim, procuro evidenciar como a política ameríndia não se desassocia da estética própria desses povos, tendo a festa e a alteridade como seu local privilegiado de ativação.

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Publicado

2021-02-21

Edição

Seção

Dossiê Temático Memórias Sensíveis, Contramemórias e Patrimônios Incômodos