A MOBILIDADE NA CIDADE E O FAZER-SE DE UMA FEIRA LIVRE EM “LUGAR” E “NÃO LUGAR”: OS COMPRADORES DE AÇAÍ IN NATURA NO COMPLEXO DO VER-O-PESO EM BELÉM DO PARÁ – BRASIL
Resumen
O açaí é uma fruta típica das áreas de várzea da Amazônia e nas últimas décadas ganhou notoriedade
e importância econômica no mercado intrarregional e internacional. Na cidade de Belém, capital do
estado do Pará, a mesma é comercializada em algumas férias livres localizadas na orla da cidade,
sendo a Feira do Açaí, um setor do complexo do Ver-o-Peso, a mais importante, onde diariamente
toneladas daquela fruta ainda in natura são comercializadas para, posteriormente, serem despolpada
em pontos de venda nos diversos bairros. Assim, utilizando como premissa a mobilidade na cidade,
este artigo analisa como os compradores de açaí in natura acionam (ou a eles são atribuídos)
identidades socioprofissionais em diferentes tempo-espaço, resultando, dessa dinâmica, a
transformação de uma feira em “lugar” e “não lugar”, sendo essa mobilidade o limiar de um processo
que, no geral, constitui uma das etapas da atividade de trabalho desempenhada cotidianamente por
esses agentes.