A memória do paladar na construção de narrativas decoloniais
Resumen
O presente ensaio fotográfico faz parte de um tímido esforço por capturar instantes que fazem parte da complexidade do processo alimentar, processo no qual a propriedade coletiva da terra é fundamental, incluindo uma concepção cosmogônica comunitária, a partir daí a comunidade não é entendida apenas em termos de relacionamento social, mas também de uma profunda relação com a vida (HUANACUNI, 2016). Reciprocidade, complementaridade e redistribuição se tornam princípios de vida multidimensionais com respeito, onde a individualidade não desaparece, mas emerge em sua dimensão complementar, fato que pode ser observado nestos corredores amazônicos, onde cada familia ou em comunidade trabalha a terra, a que é parte da memoria viva de seus antepassados, priorizando o comunal que não está presente apenas nas celebrações rituais de chuva ou semeadura, mas na constante troca material e simbólica não só de tudo o que nasce dela, mas de tudo o que ela –a terra- demanda