Efeitos dos controles no desempenho de tarefas e no comportamento de cidadania organizacional mediados pela confiança

Autores

  • Edicreia Andrade dos Santos Universidade Federal do Paraná - UFPR
  • Iago França Lopes UNICENTRO
  • Rondineli Alves Fernandes
  • Flávio Luiz Lara
  • Rogério João Lunkes

DOI:

https://doi.org/10.47357/ufambr.v4i2.10502

Palavras-chave:

Instituição bancária, Trocas sociais, Controle Normativo, Controle de Processo, Controle de Saída

Resumo

Este estudo investiga a influência dos controles organizacionais no desempenho de tarefas e no comportamento de cidadania organizacional mediada pela percepção de confiança dos indivíduos de uma instituição bancária federal. Para tal, com base no estudo de Verburg et al. (2018) realizou-se uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, a partir de uma survey aplicada in loco, para 58 funcionários. Para o tratamento dos dados utilizou-se de estatísticas descritivas e da técnica de Modelagem de Equações Estruturais. Dentre os resultados obtidos constatou-se que o controle organizacional na sua dimensão processo influencia a confiança organizacional no ambiente da instituição bancária. No que tange ao papel mediador da confiança organizacional na relação entre os controles organizacionais e desempenho de tarefas e comportamento de cidadania, constatou-se que este não atua como interveniente. Em termos teóricos, os resultados da pesquisa ampliam o entendimento da posição do controle no escopo organizacional como antecedente ou consequente da confiança, do desempenho de tarefas e do comportamento de cidadania organizacional. Já em termos práticos, contribui-se com o ambiente bancário brasileiro, principalmente ao considerar que é um espaço altamente competitivo e que o trabalho em equipe é primordial para o desenvolvimento das atividades, tanto aquelas consideradas de Back Office quanto de Front Office. Com esses achados, a pesquisa sinaliza que em ambientes organizacionais há a necessidade de alinhamento entre desempenho, comportamento de cidadania organizacional e a confiança, lacuna a qual é fomentada nesta pesquisa.

Referências

Andrade, T. D., Costa, V. F., Estivalete, V. D. F. B., & Lengler, L. (2017). Comportamento de cidadania organizacional: um olhar à luz dos valores e da satisfação no trabalho. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 19, 236-262.

Andrade, T., Estivalete, V. D. F. B., Costa, V. F., Faller, L. P., & Costa, G. L. (2018). Interações entre os comportamentos de cidadania organizacional, confiança interpessoal, confiança organizacional e suporte organizacional. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, 11, 489-504.

Ayers, D. J., Gordon, G. L., & Schoenbachler, D. D. (2001). Integration and new product development success: the role of formal and informal controls. Journal of Applied Business Research, 17(2). https://doi.org/10.19030/jabr.v17i2.2079

Baron, R. M., & Kenny, D. A. (1986). The moderator–mediator variable distinction in social psychological research: Conceptual, strategic, and statistical considerations. Journal of personality and social psychology, 51(6), 1173.

Blau, P. M. (1964). Exchange and power in social life. New Brunswick.

Brislin, R. W. (1970). Back-translation for cross-cultural research. Journal of cross-cultural psychology, 1(3), 185-216. https://doi.org/10.1177/135910457000100301.

Cabrita, M. R. (2005). Capital intelectual desempenho organizacional no sector bancário português. Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, 4(2), 62-72.

Chin, W. W. et al. (1998). The partial least squares approach to structural equation modeling. Modern methods for business research, 295(2), 295-336. https://www.researchgate.net/publication/311766005_The_Partial_Least_Squares_Approach_to_Structural_Equation_Modeling

Clarke, C. A., Knights, D. (2015). Careering through academia: Securing identities or engaging ethical subjectivities? Human Relations, 68(12),1865-1888. https://doi.org/10.1177/0018726715570978

Coelho Junior, F. A., & Borges-Andrade, J. E. (2011). Efeitos de variáveis individuais e contextuais sobre desempenho individual no trabalho. Estudos de Psicologia (Natal), 16, 111-120.

Coletti, A. L., Sedatole, K. L., Towry, K. L. (2005). The effect of control systems on trust and cooperation in collaborative environments. The Accounting Review, 80(2), 477-500. https://doi.org/10.2308/accr.2005.80.2.477

Colquitt, J. A., Rodell, J. B. (2011). Justice, trust, and trustworthiness: A longitudinal analysis integrating three theoretical perspectives. Academy of Management Journal, 54(6), 1183-1206. https://doi.org/10.5465/amj.2007.0572

Cooper, D. R.; Schindler, P. S. (2011). Métodos de Pesquisa em Administração. 10ª edição. McGraw Hill: Brasil.

Dias Júnior, J. J. L. (2016). Adaptação e tradução de escalas de mensuração para o contexto brasileiro: Um método sistemático como alternativa a técnica back-translation. Métodos e Pesquisa em Administração, 1(2), 4-12.

Dirks, K. T., Ferrin, D. L. (2001). The role of trust in organizational settings. Organization science, 12(4), 450-467. https://doi.org/10.1287/orsc.12.4.450.10640

Drury, C. M. (2000). Management and cost accounting. Thomson Learning, London: UK.

Edwards, J. R., & Cable, D. M. (2009). The value of value congruence. Journal of Applied Psychology, 94(3), 654. https://doi.org/10.1037/a0014891

Eisenhardt, K. M. (1989). Agency theory: An assessment and review. Academy of Management Review, 14(1), 57-74. https://doi.org/10.5465/amr.1989.4279003

Falcão, P. F., Pina, M., Curto, J. D., & Oliveira, F. (2018). A inteligência emocional e o desempenho dos colaboradores. Estudo empírico numa instituição financeira. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa, 17(3), 18-34.

Falkenberg, L., Herremans, I. (1995). Ethical behaviours in organizations: directed by the formal or informal systems? Journal of business Ethics, 14(2), 133-143. https://doi.org/10.1007/BF00872018

Fornell, C., Larcker, D. F. (1981). Structural equation models with unobservable variables and measurement error: algebra and statistics. Journal of Marketing Research, 18(3), 382-388. https://doi.org/10.1177/002224378101800313

Gillespie, N. A., & Mann, L. (2004). Transformational leadership and shared values: The building blocks of trust. Journal of Managerial Psychology, 19(6), 588-607. https://doi.org/10.1108/02683940410551507

Hair Jr., J. F., Hult, T. M., Ringle, C. M., Sarstedt, M. A. (2014). Primer on Partial Least Squares Structural Equation Modeling (PLS-SEM). Los Angeles: Sage.

Hair Jr., J. F.; Babin, B., Money, A. H., Samouel, P. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman.

Hosmer, L. T. (1995). Trust: The connecting link between organizational theory and philosophical ethics. Academy of Management Review, 20(2), 379-403. https://doi.org/10.5465/amr.1995.9507312923

Jaworski, B. J. (1988). Toward a theory of marketing control: environmental context, control types, and consequences. Journal of Marketing, 52(3), 23-39. https://doi.org/10.1177/002224298805200303

Kramer, R. M. (1999). Trust and distrust in organizations: Emerging perspectives, enduring questions. Annual Review of Psychology, 50(1), 569-598. https://doi.org/10.1146/annurev.psych.50.1.569

Langfield-Smith, K. (1997). Management control systems and strategy: a critical review. Accounting, organizations and society, 22(2), 207-232. https://doi.org/10.1016/S0361-3682(95)00040-2

Mahama, H., Cheng, M. M. (2013). The effect of managers' enabling perceptions on costing system use, psychological empowerment, and task performance. Behavioral Research in Accounting, 25(1), 89-114. https://doi.org/10.2308/bria-50333

Mccauley, D. P., Kuhnert, K. W. (1992) A theoretical review and empirical investigation of employee trust in management. Public Administration Quarterly, 16(2) 265-284. https: // www. jstor .org / stable / 40862286

Mintzberg, H. (1983). Power in and around organizations. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.

Mota, C., & Silva, B. (2019). Determinantes da rentabilidade bancária: evidências para os maiores bancos portugueses. European Journal of Applied Business Management, 5, 78-96.

Nascimento, E. J. N., & Vieira, E. T. V. (2016). A Importância dos Controles Internos para a Gestão em Organizações e Instituições Financeiras. REPAE-Revista de Ensino e Pesquisa em Administração e Engenharia, 2(2), 273-289. https://doi.org/10.51923/repae.v2i2.92

Nyhan, R. C., Marlowe JR, H. A. (1997). Development and psychometric properties of the organizational trust inventory. Evaluation Review, 21(5), 614-635. https://doi.org/10.1177/0193841X9702100505

Organ, D. W. (1988). A restatement of the satisfaction-performance hypothesis. Journal of management, 14, (4), 547-557. https://doi.org/10.1177/014920638801400405

Organ, D., Podsakoff, P. M., Mackenzie, S. B. (2006). Organizational citizenship behaviors its nature, antecedents and consequences. USA: Sage Publications.

Otley, D. (2016). The contingency theory of management accounting and control: 1980–2014. Management accounting research, 31, 45-62. https://doi.org/10.1016/j.mar.2016.02.001

Ouchi, W. G. (1979). A conceptual framework for the design of organizational control mechanisms. Management science, 25(9), 833-848. https://doi.org/10.1287/mnsc.25.9.833

Ouchi, W. G., & Maguire, M. A. (1975). Organizational control: Two functions. Administrative science quarterly, 559-569.

Podsakoff, P. M., MacKenzie, S. B., Moorman, R. H, Fetter, R. (1990). Transformational leader behaviors and their effects on followers' trust in leader, satisfaction, and organizational citizenship behaviors. The leadership quarterly, 1(2), 107-142. https://doi.org/10.1016/1048-9843(90)90009-7

Podsakoff, P. M., MacKenzie, S. B., Paine, J. B., Bachrach, D. G. (2000). Organizational citizenship behaviors: A critical review of the theoretical and empirical literature and suggestions for future research. Journal of management, 26(3), 513-563. https://doi.org/10.1016/S0149-2063(00)00047-7

Reis, J. C. D., Gomes, J. S., Dalbem, M. (2015). Controle de Gestão nos Maiores Bancos Múltiplos Brasileiros: o impacto da internacionalização e da convergência contábil sobre os sistemas de controle. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 9, (2), 6-21. http://atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-08/index.php/ufrj/article/view/2256/1962

Ringle, C. M., Silva, D., Souza, B. D. (2014). Modelagem de equações estruturais com utilização do SmartPLS. Revista Brasileira de Marketing, 13(2), 56-73. DOI: https://doi.org/10.5585/remark.v13i2.2717

Rousseau, D. M., Sitkin, S. B., Burt, R. S., Camerer, C. (1998). Not so different after all: A cross-discipline view of trust. Academy of management review, 23(3), 393-404. https://doi.org/10.5465/amr.1998.926617

Seal, W. B. (1998). Relationship banking and the management of Organisational trust. International Journal of Bank Marketing, 16(3), 102-107. https://doi.org/10.1108/02652329810213457

Silva, D. L., Quiraque, E. H., Cruz, A. P. C., Barbosa, M. A. G. (2020). Riscos e incertezas que impactam o sistema de controle gerencial de instituições financeiras do Brasil, Moçambique e Portugal. Brazilian Journal of Development, 6(3), 15690-15715. https://doi.org/10.34117/bjdv6n3-445

Simons, R. (1987). Accounting control systems and business strategy: an empirical analysis. Accounting, organizations and society, 12(4), 357-374. https://doi.org/10.1016/0361-3682(87)90024-9

Sitkin, S. B., & George, E. (2005). Managerial trust-building through the use of legitimating formal and informal control mechanisms. International Sociology, 20(3), 307-338.

Sitkin, S. B., Cardinal, L. B., Bijlsma-Frankema, K. (2010). Control in organizations: new directions in theory and research. Cambridge UK: Cambridge University Press.

Smith, C., Organ, D. W., Near, J. P. (1983). Organizational citizenship behavior: Its nature and antecedents. Journal of applied psychology, 68(4), 653-663. https://doi.org/10.1037/0021-9010.68.4.653

Snell, S. A. (1992). Control theory in strategic human resource management: The mediating effect of administrative information. Academy of management Journal, 35(2), 292-327. https://doi.org/10.5465/256375

Soares, M. C. G., & Carraro, W. B. W. H. (2013). A controladoria em instituições financeiras: uma análise comparativa da literatura com a prática. Revista De Contabilidade Dom Alberto, 2(4), 61-69.

Somech, A., & Drach‐Zahavy, A. (2004). Exploring organizational citizenship behaviour from an organizational perspective: The relationship between organizational learning and organizational citizenship behaviour. Journal of occupational and organizational psychology, 77(3), 281-298.

Verburg, R. M., Nienaber, A. M., Searle, R. H., Weibel, A., Den Hartog, D. N., Rupp, D. E. (2018). The role of organizational control systems in employees’ organizational trust and performance outcomes. Group & organization management, 43(2), 179-206. https://doi.org/10.1177/1059601117725191

Weibel, A., Den Hartog, D. N., Gillespie, N., Searle, R., Six, F., Skinner, D. (2016). How do controls impact employee trust in the employer? Human Resource Management, 55(3), 437-462. https://doi.org/10.1002/hrm.21733

Whitener, E. M., Brodt, S. E., Korsgaard, M. A., Werner, J. M. (1998). Managers as initiators of trust: An exchange relationship framework for understanding managerial trustworthy behavior. Academy of management review, 23(3), 513-530. https://doi.org/10.5465/amr.1998.926624

Downloads

Publicado

2022-12-22

Como Citar

Andrade dos Santos, E. ., França Lopes, I., Alves Fernandes, R. ., Luiz Lara, F. ., & João Lunkes, R. . (2022). Efeitos dos controles no desempenho de tarefas e no comportamento de cidadania organizacional mediados pela confiança . UFAM Business Review - UFAMBR, 4(2), 01–22. https://doi.org/10.47357/ufambr.v4i2.10502

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)