A MALVA COMO SUCEDÂNEA DA JUTA NO BRASIL: DO ÊXITO AO FRACASSO

Autores

  • Aldenor da Silva Ferreira
  • Alfredo Kingo Oyama Homma

DOI:

https://doi.org/10.69696/somanlu.v23i1.13064

Resumo

Neste texto descreveremos o percurso histórico de utilização, no Brasil, da malva (Urena lobata L.), uma planta da flora nacional que é a sósia perfeita da juta (Corchorus olitorius e Corchorus capsularis), de origem indiana. O objetivo deste artigo é produzir conhecimentos acerca do processo de utilização dessa planta visando à produção de fibras destinadas à confecção de sacarias para embalar produtos agrícolas, bem como para outros usos na tecelagem. Para isso, analisamos o contexto histórico em que se deram as primeiras tentativas de cultivo da malva no Brasil, ocorridas entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Analisamos, ainda, o contexto atual de cultivo dessa planta, feito no nordeste paraense. Nessa região há, fundamentalmente, a coleta e/ou cultivo de malva para a produção de sementes e, no vizinho estado do Amazonas, ocorre o cultivo visando à produção de fibras. A metodologia utilizada foi a da pesquisa documental, realizada nos arquivos de três das principais instituições de pesquisa agrícola do país, a saber: IAC, ESALQ e Embrapa Amazônia Oriental. A relevância do tema reside no fato de que a malva praticamente substituiu a juta na Amazônia, não por haver diferenças no processo produtivo ou na eficiência e qualidade de suas fibras, mas, sim, por conta do abandono das pesquisas ligadas à juta na região e da disponibilidade de sementes. Essa omissão levou ao rareamento da produção e da oferta de sementes, fazendo com que os ribeirinhos, atualmente, passassem a cultivar quase que exclusivamente apenas a malva.

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Publicado

08-08-2023

Como Citar

FERREIRA, A. da S. .; HOMMA, A. K. O. . A MALVA COMO SUCEDÂNEA DA JUTA NO BRASIL: DO ÊXITO AO FRACASSO. Somanlu: Revista de Estudos Amazônicos, Manaus, v. 23, n. 1, p. 20–43, 2023. DOI: 10.69696/somanlu.v23i1.13064. Disponível em: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/13064. Acesso em: 8 nov. 2024.