Os japoneses na Amazônia e sua contribuição ao desenvolvimento agrícola
DOI:
https://doi.org/10.29327/233099.9.1-8Palavras-chave:
Imigração japonesa, Amazônia, Desenvolvimento agrícola, Juta, Pimenta-do-reinoResumo
A imigração japonesa na Amazônia foi iniciada 21 anos depois da vinda dos primeiros imigrantes do Kasato Maru, cujo centenário foi comemorado em 18 de junho de 1908. Os primeiros colonos vieram para Tomé-Açu (1929), no Estado do Pará e, em Maués (1930) e Parintins (1931), no Estado do Amazonas. Na época em que foi iniciada a imigração japonesa na Amazônia, a economia regional era essencialmente extrativista e em estagnação, devido à crise da borracha, que chegou a participar como terceiro produto de exportação do País. O sucesso da colonização japonesa decorreu do modelo baseado na introdução de recursos da biodiversidade exógena, numa época em que era um comportamento normal. Recursos genéticos da Amazônia eram levados para outras partes do País e do mundo e por sua vez os migrantes trouxeram de outros locais para a região. O novo enfoque de desenvolvimento induzido pelos descendentes dos japoneses está baseado no aproveitamento da biodiversidade local associado com plantas exóticas introduzidas no passado e outras mais recentes de forma clandestina. O Japão poderia ajudar muito a Amazônia, mediante convênios técnico-científicos que sejam complementares, na recuperação das áreas degradadas e da fauna pesqueira, controle da poluição dos rios, tecnologia de madeira, aproveitamento dos recursos da biodiversidade na área de cosméticos, fármacos, corantes naturais, entre os principais. Quanto às exportações há necessidade de equilibrar a balança comercial dos Estados do Amazonas, Pará e Maranhão com o Japão, desfavorecida pelas importações da Zona Franca de Manaus e dos baixos preços dos produtos da natureza que são exportados.
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