A NEOTECTÔNICA E AS MUDANÇAS HIDROGEOLÓGICAS DO SISTEMA FLUVIAL SOLIMÕES-AMAZONAS: “ENCONTRO DAS ÁGUAS DE MANAUS - EAM” – AMAZONAS, BRASIL

Autores

  • Hailton Luiz Siqueira da Igreja

Palavras-chave:

O Encontro das Águas de Manaus, Sistema Fluvial Solimões-Amazonas, Hidro/geo/biodiversidades.

Resumo

A região do “Encontro das Águas de Manaus” (EAM) dos rios Negro e Solimões esta situada na faixa neotectônica transcorrente que controla a parte central da planície amazônica. Ela mostra importante arcabouço gerado pela neotectônica como dobras, falhas, fraturas e juntas desenvolvidas na parte aflorante da Formação Alter do Chão (multideformada), cretácica, nos lateritos e camadas de solos . A neotectônica origina formas peculiares de blocos e direciona os cursos dos rios. O último trecho do Solimões apresenta a direção N40E, transversal a desembocadura do Rio Negro. O último segmento do Rio Negro desenvolve-se ao longo de um pequeno gráben de direção estrutural N65W, denominado Paricatuba, situado entre o Bloco Manaus ao norte e o Bloco Cacau Pireira ao sul, que, por sua vez, limita ao norte o Rombográben Paciência. O “Encontro das Águas“ ocorre no cruzamento dos trends estruturais N40E e N65W que formam uma importante zona de restrição neotectônica. O afloramento de rochas silicificadas da Formação Alter do Chão na Ponta das Lajes, na margem esquerda, é a expressão geomorfológica superficial mais evidente daquela zona. As duas direções principais N40E e N65W, que governam a faixa central da bacia amazônica, junto com o trend N75E, nessa área, controlam os rombográbens Paciência, Manaus e Careiro, onde ocorre a sedimentação quaternária. Essas direções preferenciais favorecem a sedimentação sintectônica do Rombográben Manaus nas Ilhas Xiborena e Marchantaria, que levaram à restrição na desembocadura do Rio Negro, influenciam também o fluxo subterrâneo e produzem mudança no rumo do Rio Solimões: que passa de N75E para N40E, retornando ao trend anterior no “Encontro das Águas de Manaus”, configurando a maior, conspícua, bicolor, célebre e extravagante interseção/intercorrência do Sistema Fluvial Solimões-Amazonas.

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Publicado

2012-11-12

Como Citar

Siqueira da Igreja, H. L. (2012). A NEOTECTÔNICA E AS MUDANÇAS HIDROGEOLÓGICAS DO SISTEMA FLUVIAL SOLIMÕES-AMAZONAS: “ENCONTRO DAS ÁGUAS DE MANAUS - EAM” – AMAZONAS, BRASIL. REVISTA GEONORTE, 3(5), 20–33. Recuperado de //periodicos.ufam.edu.br/index.php/revista-geonorte/article/view/2055