A CADEIA DE VALOR DA PIAÇAVA E TECNOLOGIAS E INOVAÇÕES SOCIAIS DO POVO WEREKENA NO RIO XIÉ, TERRA INDÍGENA ALTO RIO NEGRO – AMAZONAS/BRASIL

Piassava Value Chain: Social Technologies of the Werekena People in the Xié River – Amazonas/Brazil

Autores

  • Ivani Ferreira Faria Universidade Federal do Amazonas, UFAM
  • Diego Osoegawa Dabukuri Universidade Federal do Amazonas

DOI:

https://doi.org/10.21170/geonorte.2024.V.15.N.52.122.148

Palavras-chave:

Palavras-chave: Sociobiodiversidade; Bem viver; Manejo cultural, Economia Indígena; Conhecimentos ancestrais.

Resumo

Este artigo é resultado de pesquisa desenvolvida sobre o manejo da piaçava com o povo Werekena no Rio Xié/Terra indígena Alto rio Negro e tem como objetivo discutir uma proposta de reestruturação da cadeia de valor da piaçava. A institucionalização da participação dos povos indígena na cadeia de valor da piaçava é uma alternativa que vêm sendo discutida pelos Werekena como uma ferramenta de empoderamento e geração de relações mais justas na comercialização dessa fibra e seus produtos O resultado dessa atividade serviu como subsídio para esta proposta de reestruturação da cadeia de valor, tendo em vista os anseios e possibilidades de atuação vislumbrados pelos indígenas da região e uma recomendação de ações para que apoiem esse processo de transição que se fundamenta nas informações dos valores da economia indígena, nos dados da pesquisa, na sabedoria dos piaçabeiros e artesãos, nas experiências de outros projetos de sustentabilidade da região e nas possibilidades articulação local com órgãos do poder público.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ivani Ferreira Faria, Universidade Federal do Amazonas, UFAM

Departamento de Geografia

Diego Osoegawa, Dabukuri Universidade Federal do Amazonas

Graduado em Ecologia pela Universidade Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Especialista em Etnicidade, Desenvolvimento e Políticas Públicas na Amazônia (IFAM), Mestre em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Doutorando em Biotecnologia, Professor Colaborador do Curso Licenciatura Indígena: Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável (UFAM). Pesquisador do Grupo Interdisciplinar de Estudos Socioambientais e de Desenvolvimento de Tecnologias Apropriadas na Amazônia (Inter-ação), e do grupo de pesquisa Dabukuri (Planejamento e Gestão do Território na Amazônia - UFAM). Co-fundador do Instituto de Pesquisa em Direitos Humanos na Amazônia, Membro do Observatório de Direitos Socioambientais e Direitos Humanos na Amazônia e parecerista da Revista Culturas Jurídicas e Revista Videre. Possui experiência profissional nas Áreas de Educação Escolar Indígena, Educação para a Sustentabilidade, Direito Socioambiental, Ecologia Política, Etnodesenvolvimento, Inovações e Tecnologias Sociais, Cadeias de Valor da Sociobiodiversidade, Mapeamento Participante e SIG

Referências

AMAZONIA SOCIOAMBIENTAL. Tucumã de Ideias. Disponibilizado em: 2ª Oficina de Construção de Projetos Socioambientais e Tecnologias Sociais.

ALLEGRETTI, Mary Helena. Políticas para o uso dos recursos naturais renováveis. A região Amazônica e as atividades extrativas. In: CLÜSENER-GODT, Miguel.; SACHS, Ignacy. Extrativismo na Amazônia Brasileira: Perspectivas sobre o desenvolvimento regional. Compêndio MAB 18. Paris: Unesco, 1994.

ANDRADE, Alexandre Augusto Lopes Goulart. Artesãos da floresta. População tradicional e inovação tecnológica: o caso do "couro vegetal" na reserva extrativista do alto Juruá, Acre. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Econômico, Espaço e Meio Ambiente) – Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, 2003.

CARNEIRO-FILHO, Arnaldo. Un essai d’application de la télédétection à l’extractivisme : l’exemple de la piaçabeira. Em: EMPERAIRE, Laure (Org.) La Forêt en Jeu - L’extractivisme en Amazonie centrale. Marseille: IRD Éditions, 1996.

CRUZ, Aline da. Fonologia e Gramática do Nheengatú - A língua geral falada pelos povos Baré, Warekena e Baniwa. Tese (Doutorado em Linguística) - Vrije Universiteit Amsterdam (VU), Amsterdam/ Holanda, 2011.

FARIA, Ivani Ferreira de. Gestão do Conhecimento e território indígena: Por uma geografia participante. Manaus: Reggo Edições, 2015.

HOMMA, Alfredo Kingo Oyama. A dinâmica do extrativismo vegetal na Amazônia: Uma interpretação teórica. Belém: EMBRAPA - Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido, 1990.

IBGE. Brasil tem 1,7 milhão de indígenas e mais da metade deles vive na Amazônia Legal. Publicado em: 07/08/2023. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37565-brasil-tem-1-7-milhao-de-indigenas-e-mais-da-metade-deles-vive-na-amazonia-legal#:~:text=Em%202022%2C%20Manaus%20era%20o,%2C%20com%2034%2C5%20mil> Acesso em: 19/03/2024

JOSA, Ignacio Oliete. Piaçabeiros e piaçaba no médio rio Negro (Amazonas – Brasil), socioeconomia da atividade extrativista e ecologia da Leopoldinia piassaba Wallace. Dissertação (Ciências Agrárias). Programa Integrado de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais, INPA/UFAM, Manaus, 2008.

MELO, Flavia; COSTA, Elisângela Silva. As Mães do DMIRN – Conquistas e Desafios. Manaus: Edua, 2022

MORÁN, Emílio F. A Ecologia Humana das Populações da Amazônia. Petrópolis: Vozes, 1990.

SAHLINS, Marshall. O Pessimismo Sentimental e a experiência etnográfica: porque a cultura não é um “objeto” em via de extinção. Mana, V.3 nº1. Rio de Janeiro/Museu Nacional, Abr.1997.

SENAES (Secretaria Nacional de Economia Solidária – Ministério do Trabalho – Brasil. Plano Nacional de Economia solidária. Brasília: [s.n], 2015. Disponível em: < http://trabalho.gov.br/images/Documentos/EconomiaSolidaria/PlanoNacionalEcoSol.pdf> Acesso em:10/02/2024.

Downloads

Publicado

2024-12-13

Como Citar

Faria, I. F., & Osoegawa, D. . (2024). A CADEIA DE VALOR DA PIAÇAVA E TECNOLOGIAS E INOVAÇÕES SOCIAIS DO POVO WEREKENA NO RIO XIÉ, TERRA INDÍGENA ALTO RIO NEGRO – AMAZONAS/BRASIL: Piassava Value Chain: Social Technologies of the Werekena People in the Xié River – Amazonas/Brazil. REVISTA GEONORTE, 15(52). https://doi.org/10.21170/geonorte.2024.V.15.N.52.122.148

Edição

Seção

Artigos