A AMAZÔNIA NO CONTEXTO DA GEOGRAFIA ESCOLAR, UMA DISCUSSÃO NECESSÁRIA A PARTIR DA PERCEPÇÃO DISCENTE
The Amazon in the context of school geography, a necessary discussion from student perception
DOI:
https://doi.org/10.21170/geonorte.2024.V.15.N.47.177.194Palavras-chave:
Amazônida; Percepção Discente; Ensino de Geografia; Norte mato-grossense.Resumo
Ao longo de décadas a Amazônia enfrenta formas variadas de saques, violações e espoliação, fenômenos que se intensificaram com o avanço do capital. Mediante a lógica capitalista, é vista apenas como recurso e fonte inesgotável de riquezas. Suas particularidades e sua sociobiodiversidade são desconsideradas e, muitas vezes, negadas. Esta pesquisa se caracteriza como exploratória, com abordagem quali-quantitativa, os procedimentos utilizados consistiram em levantamento e análise bibliográfica, documental e pesquisa de campo. O objetivo deste estudo é analisar como os estudantes do 8º do Ensino Fundamental de uma escola pública, localizada no norte do estado de Mato Grosso, percebem a Amazônia no contexto da Geografia Escolar. Parte dos resultados revelou que a maioria dos participantes identifica a Amazônia como uma “floresta”, habitada apenas por “índios e animais”, cuja manutenção é muito importante para a produção de oxigênio. Sobre a localização, muitos discentes responderam que a Amazônia fica no estado do Amazonas, portanto, não se identificam como amazônida. A situação é preocupante, pois esses alunos desconhecem a temática proposta e ocorre uma negativa voluntária ou involuntária da Amazônia em suas vidas, fato que pode colaborar para o descaso, a desconsideração e o desinteresse da sociedade no tocante à realidade socioambiental da maior floresta tropical do planeta.
Downloads
Referências
ALBAGLI, S. Amazônia: fronteira geopolítica da biodiversidade. Parcerias estratégicas, v. 6, n. 12, p. 05-19, 2010. Disponível em: <https://ridi.ibict.br/ bitstream/123456789/105/1/AlbagliParcerias2001.pdf>. Acesso em: 01 set. 2023.
BARBOSA, S. F.; ROCHA, G. O. R.da; LIRA, J. R. O. A noção de Amazônia e a categoria de região no ensino de geografia: das representações sociais dos alunos à construção de sua identidade. Revista Brasileira de Educação em Geografia, v. 11, n. 21, p. 05-27, 2021. Disponível em: <https://www.revistaedugeo.com.br/revistaedugeo/article/ view/994>. Acesso em: 15 ago. 2023.
BECKER, B. K. Amazônia. 5. ed. São Paulo: Ática, 1990.
COSTA JUNIOR, W. R.; THOMÉ, Z. R. C. Representações geográficas da Amazônia brasileira no livro didático de geografia do 4º ano do ensino fundamental: limites e desafios ao trabalho pedagógico do professor. Humanidades & Inovação, v. 9, n. 23, p. 243-257, 2022. Disponível em<https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/6121>. Acesso em: 10 set. 2023.
COSTA SILVA, R. G. da. A desamazonização da Amazônia: conflitos agrários, violência e agrobandidagem. Conflitos no Campo Brasil 2021. v. 1, p. 104-111, 2022. Disponível em: <https://www.cptnacional.org.br/>. Acesso em: 10 set. 2023.
FLORES, C. S.; OLIVEIRA, A. L. S. Por que a Amazônia não é o pulmão do mundo? X Congresso de Educação do Norte Pioneiro, Jacarezinho. 2010. Anais... UENP. Universidade Estadual do Norte do Paraná. Centro de Ciências Humanas e da Educação e Centro de Letras Comunicação e Artes. Jacarezinho, 2010. ISSN: 18083579. p. 602 a 610.
PORTO-GONÇALVES, C. W. Amazônia, amazônias. Editora Contexto, 2005.
LEFF, E. Complexidade, racionalidade ambiental e diálogo de saberes. Educação & Realidade, Porto Alegre, [S. l.], v. 34, n. 3, 2009. Disponível em: <https://seer.ufrgs. br/index.php/educacaoerealidade/article/view/9515>. Acesso em: 18 set. 2023.
NOBRE, A. D. O futuro climático da Amazônia. São Paulo: Green, 2014.
OLIVEIRA, A. U. A fronteira amazônica mato-grossense: grilagem, corrupção e violência. São Paulo: Landé Editorial, 2016.
PICOLI, F. Amazônia: o silêncio das árvores, uma abordagem sobre a indústria de transformação de madeiras. Sinop: Editora Fiorelo, 2004.
ROCHA, G. O. R. da; AMORAS, I. C. R. O ensino de geografia e a construção de representações sociais sobre a Amazônia. Terra Livre, v.1, n. 26, 2006. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2023.
SANTOS, D.; SALOMÃO, R.; VERÍSSIMO, A. Fatos da Amazônia 2021, Amazônia 2030. Centro de Empreendedorismo da Amazônia, Imazon. Disponível em: <https://amazonia2030.org.br/wp-content/uploads/2021/04/AMZ2030-Fatos-da-Amazonia-2021-3.pdf> Acesso em 05 de set. 2023.
SILVA, C. A. F. A fronteira agrícola capitalista da soja na Amazônia. Revista da Sociedade Brasileira de Geografia, v. 1, n. 1, 2006. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1414-753X2012000200002> Acesso em 05 de set. 2023.
SILVA, C. A. F. Fronteira agrícola capitalista e ordenamento territorial. In: SANTOS, Milton et al. Território, territórios: ensaios sobre o ordenamento territorial. Ed. Lamparina, 3.ed. Rio de Janeiro, 2007.
SILVA, R. M. Transformações socioeconômicas e ambientais do município de Vera/MT: discussões histórico-geográficas e o ensino de geografia no contexto. 2019. 213f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia. Universidade Estadual do Mato Grosso, UNEMAT, Campus Cáceres. Cáceres, MT, 2019.
SOUZA, L. P.; MENDONÇA, P. de L. V. Experiência educativa e estereótipo regional amazônico. Disponível em: <http://www.cbg2014.agb.org. br/resources/anais/1/1404324778_pdf>. Acesso em 05 de set. 2023.
TEIXEIRA, L. A colonização no norte de Mato Grosso: o exemplo da gleba celeste. 2006. 117 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologia. Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, São Paulo, SP, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).