O boi-bumbá como representação discursiva e ideológica da sociedade amazonense

Autores

  • Márcio Fernandes Conceição Universidade Federal do Amazonas

Resumo

A brincadeira de boi-bumbá é uma manifestação folclórica pertencente à cultura brasileira caracterizada como folguedo. É constituída de elementos teatrais, onde, profano e religioso se entrelaçam para contar a história de um boi que é morto e logo depois ressuscitado. Oriundo do Nordeste, esta manifestação cultural se espalhou por vários cantos do país recebendo diversos nomes. No Amazonas, em especial, na cidade de Parintins, essa brincadeira popular ganhou características culturais e sociais próprias da região amazônica, deixando de lado alguns traços principais como a morte-ressurreição do boi, para celebrar somente o boi-ressuscitado, junto a isso, foram atribuídos temas como a preservação da floresta, a cultura ribeirinha, as lendas amazônicas e a preservação dos costumes indígenas. Nesta perspectiva, o presente artigo objetiva analisar de forma discursiva a brincadeira de boi-bumbá, suas representações ideológicas, as classes sociais, as manifestações do poder e sua relação com a temática da preservação da natureza e do índio, usadas pelas classes dominantes e pelas construções midiáticas, bem como as novas tendências do boi de Parintins. Para essa análise utilizamos como fundamentação alguns pensadores da Análise do Discurso (AD) como: Antônio Gramsci, Mikhail Bakhtin e Louis Althusser. Uma análise baseada na análise de discurso de linha Francesa fará reflexão sobre a figura de cada parte da brincadeira de boi como símbolo metafórico, da sociedade amazonense.

Palavras-chave: Social; Sujeito; Representação; Discurso; Ideologia.

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Biografia do Autor

Márcio Fernandes Conceição, Universidade Federal do Amazonas

Graduando em Letras Língua e Literatura Portuguesa - Acadêmico do 8 período.

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Publicado

2015-09-24

Como Citar

Conceição, M. F. (2015). O boi-bumbá como representação discursiva e ideológica da sociedade amazonense. Revista Eletrônica Mutações, 6(11), 182–193. Recuperado de //periodicos.ufam.edu.br/index.php/relem/article/view/1004

Edição

Seção

DOSSIÊ ANÁLISE DO DISCURSO