AS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NOS PLANOS DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR EM RELAÇÃO A SÍNDROME DE BURNOUT
Resumen
A importância de manter o local de trabalho saudável é notória, pois locais de trabalho com fatores estressantes, continuamente, ocasionam a síndrome de Burnout. A síndrome de Burnout é definida como um fenômeno psicossocial que ocorre como uma resposta crônica aos estressores interpessoais ocorridos no ambiente de trabalho (Maslach & Leiter, 2016). Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi “analisar as estratégias adotadas nos Planos de Desenvolvimento Institucional em relação a síndrome de Burnout no ambiente universitário brasileiro”. Para alcançar tal objetivo inicialmente foram analisados os Planos de Desenvolvimento Institucional (PDI) em relação as ações voltadas para a identificação e prevenção da síndrome de Burnout. O estudo caracteriza-se como uma pesquisa transversal e exploratória, com tratamento qualitativo. Para a análise de conteúdo foram utilizadas as dimensões da Escala de Categorização do Burnout (ECB), desenvolvida e validada no Brasil por Tamayo e Tróccoli (2009). Os resultados obtidos indicam que o tema não é abordado nas instituições, pois nenhuma ação institucionalizada específica foi identificada nos PDIs analisados.
Descargas
Citas
Brasil, (2006). Decreto nº 5.773, de 09 de maio de 2006. Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino. Disponivel em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/decreton57731.pdf
Brasil, (2017). Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017. Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação superior e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sistema federal de ensino. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-9-235-de-15-de-dezembro-de-2017-1101286-1101286
Brito, L. C., Reyes, E., & Ribas, F. T. T. (2010). As relações entre a síndrome de Burnout e a satisfação no trabalho: uma visão a partir do ambiente social das organizações. In: Encontro da Anpad, 34.
Caixeta, N. C., Silva, G. N., Queiroz, M. S. C., Nogueira, M. O., Lima, R. R., De Queiroz, V. A. M., ... & Amâncio, N. D. F. G. (2021). A síndrome de Burnout entre as profissões e suas consequências. Brazilian Journal of Health Review, 4(1), 593-610.
Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2017). Riscos psicossociais associados à síndrome de Burnout em professores universitários. Avances en Psicología Latinoamericana, 35(3), 447-457.
Carvalho, A. V. de (Org.). (2019). Terapia cognitivo-comportamental na síndrome de Burnout. Novo Hamburgo: Sinopsys.
De Camargo Dias, P. H. R., Sousa, J. C., & Dias, J. C. (2018). Um estudo de caso do planejamento estratégico do IFB. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 13(1), 89-106.
Goebel, D. K., & Carlotto, M. S. (2019). Preditores sociodemográficos, laborais e psicossociais da Síndrome de Burnout em docentes de educação a distância. Avances en Psicología Latinoamericana, 37(2), 295-311.
Gómez Ortiz, V., Perilla Toro, L. E., & Hermosa Rodríguez, A. (2015). Moderación de la Relación Entre Tensión Laboral y Malestar de Profesores Universitarios: Papel del Conflicto y la Facilitación Entre el Trabajo y la Familia. Revista Colombiana de Psicología, 24(1), 185-201.
Guedes, D., & Gaspar, E. (2016). “Burnout” em uma amostra de profissionais de Educação Física brasileiros. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 30, 999-1010.
Leite, T. I. D. A., Fernandes, J. P. C., Araújo, F. L. D. C., Pereira, X. D. B. F., Azevedo, D. M. D., & Lucena, E. E. D. S. (2019). Prevalência e fatores associados da síndrome de Burnout em docentes universitários. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, 17(2),170-179.
Maslach, C., & Pines, A. (1977). The burn-out syndrome in the day care setting. Child care quarterly, 6(2), 100-113.
Maslach, C. (1979). The emotional consequences of arousal without reason. In Emotions in personality and psychopathology (pp. 563-590). Springer, Boston, MA.
Maslach, C., & Jackson, S. E. (1979). Burned-out cops and their families. Psychology today, 12(12), 59-62.
Maslach, C., & Jackson, S. E. (1981). The measurement of experienced Burnout. Journal of organizational behavior, 2(2), 99-113.
Maslach, C., Jackson, S. E., Leiter, M. P., Schaufeli, W. B., & Schwab, R. L. (1986). Maslach Burnout inventory (21), 3463-3464. Palo Alto, CA: Consulting Psychologists Press.
Maslach, C.; Jackson, S. E.; Leiter, M. P. (1996). The Maslach Burnout Inventory: test manual. Palo Alto: Consulting Psychologist Press.
Maslach, C., & Leiter, M. P. (2016). Understanding the Burnout experience: Recent research and its implications for psychiatry. World Psychiatry, 15(2), 103-111.
Mendanha, M. H., Bernardes, P. F., & Shiozawa, P. (2018). Desvendando o burn-out: uma análise interdisciplinar da síndrome do esgotamento profissional. São Paulo: LTr Editora Ltda.
Palazzo, L. S., Carlotto, M. S., & Aerts, D. R. G. C. (2012). Síndrome de Burnout: estudo de base populacional com servidores do setor público. Revista de Saúde Pública, 46(6), 1066-1073.
Paschoal, T., & Tamayo, Á. (2004). Validação da escala de estresse no trabalho. Estudos de Psicologia (Natal), 9(1), 45-52.
Pires J. C. S & Macedo K. B. (2006). Cultura organizacional em organizações públicas no Brasil. Rev Admin Publica. 40(1), 81-105.
Pinto, J., Nogueira, R., & Silva, L. (2020). Planejamento Estratégico em uma Universidade Federal: os principais benefícios e desafios da construção do Plano de Desenvolvimento Institucional a partir da percepção dos gestores. Revista de Administração de Roraima - RARR, 9(2), 219-244.
Prado, R. L., Bastianini, M. E., Cavalleri, M. Z., Ribeiro, S. F. R., Pizi, E. C. G., & Marsicano, J. A. (2017). Avaliação da síndrome de Burnout em professores universitários. Revista da ABENO, 17(3), 21-29.
Puertas-Molero, P., Zurita-Ortega, F., Chacón-Cuberos, R., Martínez-Martínez, A., Castro-Sánchez, M., & González-Valero, G. (2018). An explanatory model of emotional intelligence and its association with stress, Burnout syndrome, and non-verbal communication in the university teachers. Journal of clinical medicine, 7(12), 524.
Rezende, D. A. (2012). Planejamento estratégico público ou privado: guia para projetos em organizações de governo ou de negócios. (2a. ed.). São Paulo: Atlas.
Sandrin, L. (2019). Burnout: Como evitar a síndrome de esgotamento no trabalho e nas relações assistenciais. São Paulo: Paulinas.
Seijas-Solano, D. E. (2020). Riesgos psicosociales, estrés laboral y síndrome Burnout en trabajadores universitarios de una escuela de bioanálisis. Revista de Salud Pública, 21, 102-108.
Silva, J. E. O., Melo, P. A., Ramos, A. M., Amante, C. J. & Silva, F. M. (2013). Contribuições do PDI e do Planejamento Estratégico na Gestão de Universidades Federais. Revista GUAL, Florianópolis, 6(3), 269-287, set.
Silva, C. L. & Assis, L. (2016). Aplicabilidade do Planejamento Estratégico em Hospitais Universitários Federais. Revista de Gestão em Sistemas de Saúde – RGSS. 5(2) Julho/Dezembro.
Silva, L. A. M, Rodrigues V. R. M. C., Silveira A. F. & Bittar C. M. L. (2016) Intervenção grupal com professores com síndrome de Burnout: uma revisão integrativa. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, 1(1), 203-213.
Silva, M. C. C., Côrtes, J. M., Santos, J. F. & Barbosa, M. L. A. (2014). Contribuição do Plano de Desenvolvimento Institucional como ferramenta de Planejamento Estratégico na Gestão de uma Instituição Privada de Ensino Superior do Recife. Revista GUAL, Florianópolis, 7(3), 77-92, set.
Tamayo, M. R., & Tróccoli, B. T. (2009). Construção e validação fatorial da Escala de Caracterização do Burnout (ECB). Estudos de Psicologia (Natal), 14, 213-221.
Valle Filho, J. G. C. & Bregalda, L. (2020). Síndrome de Burnout: um alerta na área da saúde. São Paulo: Clube de autores.
