SÍNDROME DE BURNOUT: UM ESTUDO EM RELAÇÃO AO TRABALHO FEMININO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
Resumo
A síndrome de Burnout é definida como um fenômeno psicossocial que ocorre como uma resposta crônica aos estressores interpessoais ocorridos no ambiente de trabalho (MASLACH; LEITER, 2016). Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi “analisar os níveis da síndrome de Burnout em relação a força de trabalho feminina no ambiente universitário brasileiro”. O estudo caracteriza-se como uma pesquisa transversal e exploratória, com tratamento quantitativo. Para a coleta de dados foi utilizado a Escala de Categorização do Burnout (ECB), desenvolvida e validada no Brasil por Tamayo e Tróccoli (2009), para identificar os casos e níveis da síndrome. A análise foi feita nos dados parciais coletados em uma pesquisa de doutorado, sendo considerado apenas as respondentes femininas que trabalham em universidades e institutos federais brasileiros. A escala ECB identificou altos índices de Burnout, no comparativo entre as instituições foi detectado níveis de aproximadamente 27% nas professoras e 23% nas técnicas administrativas nas universidades, já nos institutos federais os resultados encontrados foram ainda mais alarmantes em relação as docentes, pois 40% das professoras e 23% das técnicas administrativas possuem altos índices de Burnout. Em relação ao comparativo dos cargos observou-se que as docentes institutos apresentam maiores índices de Burnout que as docentes universitárias. Em relação as técnicas administrativas os índices são equiparados. Os resultados obtidos sugerem a continuidade da análise dos dados, bem como a aplicação de pesquisa longitudinal a fim de entender as relações e consequências do Burnout para as mulheres que trabalham no ambiente universitário.
Palavras-chave: Síndrome de Burnout. Trabalho feminino. Instituições de Ensino Superior. Universidades Federais. Institutos Federais.