ENSINO DE LIBRAS PARA OUVINTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Resumo

A história da educação de surdos foi marcada por violências, desvalorização de sua cultura, integração e segregação, com os surdos sendo inseridos em escolas regulares sem preparo prévio para recebê-los e sem um canal satisfatório de comunicação com professores e colegas devido à diferença linguística. Para promover a inclusão e o desenvolvimento de todos os alunos, é indispensável construir uma comunicação por meio da Libras, mas há uma carência de propostas que promovam a língua de sinais na escola regular e interação entre surdos e ouvintes, bem como pesquisas voltadas para o processo de ensinar e aprender a Libras no contexto de sala de aula. O objetivo deste texto é contribuir para preencher essa lacuna, apontando possibilidades, desafios e metodologias que estão sendo utilizadas, bem como promover a Libras como segunda língua para ouvintes por ser uma habilidade socialmente útil e inclusiva. Autores como Valadão (2016), Lacerda e Morais (2013), Marques, Barroco e Silva (2014), Torres, Cruz e Henrique (2019) e Azevedo e Alencar (2020) foram utilizados como subsídio. A metodologia utilizada foi revisão de literatura. Conclui-se que ainda existem preconceitos em torno da Libras e surdos, mas os docentes têm consciência dos direitos de inclusão dos surdos e dos benefícios do ensino e aprendizagem da Libras. Além disso, que a formação dos pedagogos que atuam com alunos surdos não é suficiente para trabalhar com eles, que as metodologias mais utilizadas são as lúdicas e que cultura surda precisa ser mais valorizada.