Experiências cotidianas de um deficiente visual licenciando em Ciências e sua realidade inclusiva
DOI:
https://doi.org/10.29280/rappge.v5i1.8006Resumo
O processo de inclusão escolar e social ainda é uma das grandes dificuldades enfrentadas por pessoas com necessidades educacionais especiais (NEE). Nas universidades federais brasileiras, o ingresso de pessoas com deficiência é possível a partir de um conjunto de medidas, previstas em legislação, que asseguram não só o acesso, mas também condições plenas de participação e aprendizagem a todos os estudantes. O objetivo do presente trabalho foi conhecer as reais condições de inclusão de um aluno com deficiência visual de um curso de ensino superior de uma universidade federal, verificando se o acadêmico enfrentou barreiras de acessibilidade e identificando os fatores que garantiram a permanência do aluno no curso. Para tal, empregou-se a metodologia de aplicação de questionário aberto e abordagem qualitativa, no qual foram considerados seis tipos de acessibilidades: acessibilidade atitudinal, arquitetônica, comunicacional, instrumental, metodológica e programática. O procedimento utilizado foi a realização de uma entrevista semiestruturada, seguida de análise dos conteúdos coletados. Os resultados mostraram que é necessário investimento na formação de professores e planejamento em ações de conscientização sobre educação inclusiva junto à comunidade acadêmica, de maneira que sejam criadas condições de permanência para que os alunos com NEE concluam com êxito a sua graduação.